Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/06/2009 - 12h38

Julgamento de presidente do Sudão pode levar anos, diz procurador

Publicidade

da Efe, em Johanesburgo

O presidente do Sudão, Omar Hassan Ahmad al Bashir, comparecerá ao Tribunal Penal Internacional (TPI) mesmo que o julgamento leve anos, segundo declarou nesta sexta-feira o procurador-chefe do órgão, Luis Moreno Ocampo.

Na cidade do Cabo, onde participa do Fórum Econômico Mundial para a África, Ocampo disse que Bashir "será processado" e, por isso, "o governo do Sudão tem a obrigação legal de prendê-lo" por supostos crimes de guerra e de lesa-humanidade na região sudanesa de Darfur.

O procurador-chefe do Tribunal de Haia acrescentou que o presidente sudanês terá de comparecer perante a justiça internacional, "mesmo que o julgamento leve dois meses, dois anos ou seis anos". Ocampo acrescentou que as viagens que o presidente do Sudão realizou, nos últimos meses a vários países africanos e árabes "mostram a situação desesperadora" dele.

Bashir viajou nos últimos três meses, sem enfrentar problemas, ao Catar, Arábia Saudita, Egito, Eritreia, Etiópia, Líbia e Zimbábue.

O TPI emitiu a ordem de detenção contra Bashir em março e, desde então, o governo do Sudão reiterou que não colaborará com o tribunal, enquanto a União Africana (UA) e a Liga Árabe se negaram a reconhecer a ordem e pediram que o processo seja adiado.

O conflito de Darfur teve início em fevereiro de 2003, quando dois grupos insurgentes se rebelaram contra o regime de Cartum em protesto pela pobreza e a marginalização que os habitantes da região sofriam.

Desde então, 300 mil pessoas morreram e outros dois milhões e meio foram obrigadas a abandonar suas casas, segundo cálculos da ONU.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página