Bomba mata soldado iraquiano dois dias após saída das tropas dos EUA

Um soldado iraquiano morreu e outros dez ficaram feridos nesta quinta-feira no primeiro atentado contra as forças de segurança iraquianas desde a retirada dos soldados americanos das grandes cidades do país há dois dias, anunciou o Ministério do Interior.

A explosão de uma bomba na rua Abu Nawas, à margem do rio Tigre na capital Bagdá, também feriu oito pessoas, incluindo dois soldados.

O Iraque retomou na terça-feira passada (30) o controle total de suas grandes cidades e povoados, seis anos depois da invasão americana.

As tropas dos Estados Unidos deram lugar a 500 mil policiais e 250 mil militares iraquianos, responsáveis pela segurança nas zonas urbanas. Os 133 mil soldados americanos restantes se limitam a um papel de apoio e de formação até sua retirada definitiva do país no fim de 2011.

A retirada das tropas foi considerada o primeiro grande passo para encerrar a Guerra do Iraque, um conflito que deixou mais de 4.000 soldados americanos mortos, se tornou muito impopular em todo mundo e que prejudicou o governo do republicano George W. Bush.

Os iraquianos declaram esta terça-feira feriado nacional, o Dia da Soberania Nacional.

A violência no Iraque caiu significativamente desde o envio de reforço de soldados em 2007, mas os insurgentes da rede terrorista Al Qaeda continuam a praticar ataques pelo país. O número de civis mortos em ataques violentos saltou em junho para 373 depois de uma baixa de 134 em maio.

Apoio

A Presidência sueca da União Europeia (UE) mostrou seu apoio à "disposição e responsabilidade" do governo do Iraque ao assumir a segurança de suas cidades, após a completa retirada das tropas americanas.

No entanto, manifestou sua "preocupação" com as "trágicas notícias" dos últimos ataques terroristas no país árabe, e deplorou a perda de vidas de civis nestes atentados, segundo comunicado.

"A UE celebra a vontade e determinação do governo do Iraque de assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento do país, como foi demonstrado com a retirada das tropas americanas das cidades iraquianas", assinalou a Presidência em comunicado.

Para a UE, a retirada das tropas americanas das cidades "significa uma responsabilidade maior" para as autoridades iraquianas, assim como para sua polícia e forças de segurança.

Com Reuters e France Presse