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Ataques suicidas refletem nova tática rebelde no Cáucaso
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da Folha Online
Os ataques suicidas ocorridos ontem na república russa da Tchetchênia, que se seguem a atentado semelhante na vizinha Inguchétia no início desta semana, revelam uma mudança de tática em um conflito que desde 1994 já deixou cerca de 100 mil mortos, informa a correspondente da Folha em Genebra (Suíça), Luciana Coelho, na edição deste sábado (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Ontem ao menos quatro policiais foram mortos em Grozni (capital tchetchena), em ataques coordenados a postos policiais que usaram homens-bomba em bicicletas. Especialistas consultados pela Folha alertam para uma mudança de tática. A nova geração de líderes rebeldes no norte do Cáucaso é descrita como mais radical e bem financiada do que seus predecessores, exterminados na ofensiva promovida pelo governo russo ao longo da década.
Os rebeldes que deixaram a Tchetchênia sob a ofensiva do governo local --desde 2004 nas mãos do controverso ex-rebelde convertido pelo Kremlin Ramzan Kadirov-- estão hoje espalhados pelos vizinhos mais frágeis, Inguchétia e Daguestão. O ministro do Interior inguchétio foi tirado do posto pelo Kremlin após o ataque nesta semana. O do Daguestão foi morto em junho por rebeldes.
Os atentados terroristas, comumente atribuídos aos rebeldes islâmicos, aumentaram significativamente nos últimos meses na Tchetchênia, no Daguestão e na Inguchétia --esta última foi cenário de um ataque suicida contra uma delegacia que deixou 25 mortos e feriu mais de 160.
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