Publicidade
Publicidade
Governo interino de Honduras diz que culpará Brasil por violência
Publicidade
da Reuters, em Tegucigalpa (Honduras)
da Folha Online
O governo interino de Honduras disse nesta segunda-feira que responsabilizará o Brasil por possíveis atos de violência como consequência de ter dado refúgio ao presidente deposto, Manuel Zelaya, em sua embaixada na capital Tegucigalpa.
Veja a cronologia da crise política em Honduras
De volta a Honduras, Zelaya diz que agora é "restituição ou morte"
Zelaya convoca hondurenhos a Tegucigalpa
"A tolerância e a provocação que se realiza desde o local dessa representação do Brasil são contrárias às normas do direito diplomático e transformam a mesma e seu governo nos responsáveis diretos dos atos violentos que possam suscitar dentro e fora dela (embaixada)", disse a chancelaria do governo interino, em nota.
O governo interino afirmou ainda que é "inaceitável" que Zelaya possa formular "chamados públicos à insurgência e à mobilização política" da embaixada do Brasil.
Zelaya convocou na madrugada desta terça-feira os hondurenhos à capital Tegucigalpa para aumentar a pressão sobre o regime interino de Roberto Micheletti, que deve "ceder" e restaurar a "constitucionalidade".
Zelaya fez as declarações na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está refugiado já que o governo interino tem mandado de prisão contra ele.
O presidente interino, cujo governo não é reconhecido por nenhum país, pediu nesta segunda-feira que o Brasil entregasse o presidente deposto à Justiça para responder a acusações de desrespeito à Constituição.
"Faço um apelo ao governo do Brasil para que respeite a ordem judicial contra o senhor Zelaya e o entregue às autoridades competentes de Honduras", disse Micheletti em rede nacional de rádio e TV, ao lado de ministros, comandantes militares e empresários, que apoiaram a deposição de Zelaya.
O governo brasileiro, que apoia Zelaya, disse que acreditava que o governo interino respeitaria a inviolabilidade diplomática da embaixada e informou que não teve participação no planejamento do retorno de Zelaya, tendo atendido a um pedido de abrigo feito uma hora antes da chegada do presidente deposto à embaixada do país na capital hondurenha.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, que está em Nova York para a reunião da Assembleia geral da ONU, afirmou que o presidente deposto chegou por meios "próprios e pacíficos" e que agora está sob proteção brasileira e disse esperar que o retorno de Zelaya represente "um novo passo" nas negociações com o governo interino.
Segundo ele, Zelaya declarou a intenção de "iniciar um diálogo com as forças políticas para que se possa chegar a uma solução rápida".
Histórico
Zelaya foi deposto nas primeiras horas do dia 28 de junho, dia em que pretendia realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais que havia sido considerada ilegal pela Justiça. Com apoio da Suprema Corte e do Congresso, militares detiveram Zelaya e o expulsaram do país, sob a alegação de que o presidente pretendia infringir a Constituição ao tentar passar por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país.
O presidente deposto, cujo mandato termina no início do próximo ano, nega que pretendesse continuar no poder e se apoia na rejeição internacional ao que é amplamente considerado um golpe de Estado --e no auxílio financeiro, político e logístico do presidente venezuelano-- para desafiar a autoridade do presidente interino e retomar o poder.
Isolado internacionalmente, o presidente interino resiste à pressão externa para que Zelaya seja restituído e governa um país aparentemente dividido em relação à destituição, mas com uma elite política e militar --além da cúpula da Igreja Católica-- unida em torno da interpretação de que houve uma sucessão legítima de poder e de que a Presidência será passada de Micheletti apenas ao presidente eleito em novembro. As eleições estavam marcadas antes da deposição, e nem o presidente interino nem o deposto são candidatos.
Leia mais notícias sobre Honduras
- De volta a Honduras, Zelaya diz que agora é "restituição ou morte"
- OEA pede que governo interino garanta "integridade física" de Zelaya
- Zelaya convoca hondurenhos a Tegucigalpa para pressionar por "diálogo pacífico"
Leia mais notícias internacionais
- Grávida inseminada com embrião errado terá que entregar bebê aos pais
- Funcionária que revelou agressão de aluna é demitida no Reino Unido
- Casal de jovens mata sete familiares contra o relacionamento na Índia
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
avalie fechar
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
avalie fechar
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
avalie fechar