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Zelaya pode ficar "cinco ou dez anos" em embaixada se quiser, diz Micheletti
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da Folha Online
O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, disse nesta terça que não tem a intenção de confrontar o Brasil ou entrar à força na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde o presidente deposto, Manuel Zelaya, se refugiou nesta segunda-feira ao retornar ao país. Micheletti disse que Zelaya pode ficar "cinco ou dez anos" na embaixada, desde que o governo brasileiro conceda formalmente a ele o status de asilado político.
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Governo interino religa água e luz na embaixada
De volta, Zelaya diz que é "restituição ou morte"
"Nós não vamos fazer absolutamente nada para confrontar outra nação irmã. Nós queremos que eles entendam que eles devem dar-lhe asilo político ou entregá-lo às autoridades de Honduras para ser julgado", disse Micheletti em entrevista à agência de notícias Reuters.
Edgard Garrido/Reuters |
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, dorme na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa; ele chegou de surpresa |
Diante de uma pergunta sobre se fará algo imediatamente em relação à embaixada brasileira, que sofreu com falta de água e luz durante parte desta segunda-feira, respondeu: "não, nada, temos muita reflexão sobre o tema".
Zelaya, que foi deposto em 28 de junho, terminou quase três meses de exílio ao entrar no país de forma oculta nesta segunda-feira, após duas frustradas e televisadas tentativas anteriores.
Milhares de seguidores do presidente deposto que se reuniram em torno da embaixada depois que seu retorno mantiveram-se no local após a decretação de um toque de recolher nesta segunda-feira e foram dispersados nesta terça-feira por policiais e soldados, que dispararam bombas de gás lacrimogêneo, ferindo 20 pessoas.
As forças de segurança estão em torno da embaixada. O governo brasileiro e os Estados Unidos advertiram Honduras que entrar na sede diplomática brasileira violaria a lei internacional.
Micheletti disse que não determinará a invasão da embaixada para prender Zelaya, acusado pelo Congresso, o Supremo Tribunal e os militares de corrupção e tentativa de violar a Constituição para permitir a reeleição presidencial.
"Vamos respeitar o direito internacional e nacional. Se [Zelaya] quer permanecer lá por cinco ou dez anos, não temos qualquer problema que ele viva ali", disse Micheletti.
Mesmo sob crescente pressão internacional, reavivada pelo retorno de Zelaya, Micheletti negou-se a aceitara a proposta de mediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, que prevê o retorno do presidente deposto, com poderes limitados, à frente de um governo de união nacional, e o abandono das pretensões de mudar a Constituição.
O presidente interino qualificou de "correto" que Lula tenha pedido a Zelaya que não dê argumentos para que a embaixada seja invadida pelas forças de segurança hondurenhas para detê-lo, depois de dispersar hoje simpatizantes do líder deposto dos arredores do edifício.
"É o correto, que [Lula] tenha feito a chamada" a Zelaya, porque "está asilado em uma de suas embaixadas e é certo que não continue provocando mais a população nem siga incitando a violência da casa de um país irmão", disse.
Histórico
Zelaya foi deposto nas primeiras horas do dia 28 de junho, dia em que pretendia realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais que havia sido considerada ilegal pela Justiça. Com apoio da Suprema Corte e do Congresso, militares detiveram Zelaya e o expulsaram do país, sob a alegação de que o presidente pretendia infringir a Constituição ao tentar passar por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país.
O presidente deposto, cujo mandato termina no início do próximo ano, nega que pretendesse continuar no poder e se apoia na rejeição internacional ao que é amplamente considerado um golpe de Estado --e no auxílio financeiro, político e logístico do presidente venezuelano, Hugo Chávez-- para desafiar a autoridade do presidente interino e retomar o poder.
Isolado internacionalmente, o presidente interino resiste à pressão externa para que Zelaya seja restituído e governa um país aparentemente dividido em relação à destituição, mas com uma elite política e militar --além da cúpula da Igreja Católica-- unida em torno da interpretação de que houve uma sucessão legítima de poder e de que a Presidência será passada de Micheletti apenas ao presidente eleito em novembro. As eleições estavam marcadas antes da deposição, e nem o presidente interino nem o deposto são candidatos.
Com Reuters e Efe
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Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
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Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
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