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22/09/2009 - 18h44

Polícia de Honduras prende ao menos 150 em meio a crise política

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da Folha Online

Pelo menos 150 pessoas foram presas nesta terça-feira na capital hondurenha, Tegucigalpa, em meio à crise política do país. Conforme o delegado David Molina, aproximadamente cem pessoas foram detidas por "não respeitar o toque de recolher" que foi imposto pelo governo interino desde as 16h de segunda-feira (19h no horário de Brasília) enquanto mais 49 foram detidas por participar de distúrbios.

De acordo com o jornal hondurenho "El Heraldo", que defende o governo interino, os presos somam mais de 200.

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De volta, Zelaya diz que é "restituição ou morte"

Oswaldo Rivas/Reuters
Policiais hondurenhos patrulham entorno da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa após confronto para dispersar simpatizantes de Zelaya
Policiais hondurenhos patrulham entorno da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa após confronto para dispersar simpatizantes de Zelaya

Nesta terça-feira, nas ruas da capital, diversas pessoas violavam o toque de recolher para comprar alimentos para o caso de a crise se prolongar. Os hospitais atendiam dezenas de simpatizantes de Zelaya após a repressão dos militares e policiais em manifestações, mas não há registro de casos graves.

Pela manhã, na área de El Picacho, perto da embaixada dos Estados Unidos, simpatizantes de Zelaya bloquearam a rua queimando pneus e acabaram reprimidos com bombas de gás lacrimogêneo. O entorno da embaixada do Brasil permanece isolado por militares e policiais que impedem a passagem inclusive de jornalistas.

Durante a madrugada, ao menos três dirigentes da frente de resistência que acompanhava Zelaya conseguiram sair da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa e se refugiar em casas. Em entrevista à agência de notícias Efe, o dirigente camponês Rafael Alegria, disse que ele e dois de seus companheiros de movimento, os sindicalistas Juan Barahona e Israel Salinas, estão "fora de perigo".

Mais cedo, cerca de 4.000 seguidores de Zelaya que cercavam a embaixada brasileira foram expulsos pelas forças de segurança hondurenhas.

Bertha Oliva, do Centro de Familiares de Detidos e Desaparecidos de Honduras, afirmou que há "detenções em massa". "O problema é que as forças da ordem estão levando as pessoas sem fazer qualquer tipo de ocorrência. Como se tivessem um cheque em branco por causa do toque de recolher."

"Estamos vivendo uma situação de caos total. As forças policiais fazem prisões em massa, mas não informam quem está sendo preso", revelou Tirza Flores, juíza e membro da Associação de Juízes para a Democracia.

O policial Daniel Molina disse à agência de notícias France Presse que os detidos estão sendo levados para um estádio e negou as acusações de violação dos direitos humanos. Ele afirmou também que as instituições privadas e a Cruz Vermelha são testemunhas de que os suspeitos são respeitados. "Não é verdade que estejam sendo torturados", enfatizou.

Os protestos dos simpatizantes de Zelaya continuam em várias zonas da cidade, segundo relatórios parciais da imprensa local.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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