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13/10/2003
-
19h49
da France Presse, em Washington
da Folha Online
Os Estados Unidos expressaram hoje seu apoio ao presidente boliviano, Gonzalo Sánchez de Lozada, e afirmaram que "não vão tolerar" nenhum tipo de tentativa antidemocrática para derrocar este governo, em meio aos apelos e protestos cada vez mais violentos para que renuncie.
"O povo americano e seu governo apóiam o presidente democraticamente eleito da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, e seus esforços por construir um futuro mais próspero e justo para todos os bolivianos", declarou o Departamento de Estado dos EUA.
"Fazemos um apelo a todos os bolivianos para que rejeitem uma confrontação que possa levar à violência e feridos", disse o porta-voz Richard Boucher em um comunicado divulgado depois que Sánchez de Lozada reiterou que não renunciaria.
"A comunidade internacional compreende e apóia os legítimos interesses de todo o povo boliviano e insiste que os expressem e promovam apenas por meios democráticos e pacíficos", acrescentou.
"Todos os líderes políticos bolivianos devem expressar publicamente seu apoio à ordem democrática e constitucional", disse Boucher.
"A comunidade internacional e os Estados Unidos não vão tolerar nenhuma interrupção da ordem constitucional e não apoiarão nenhum regime que surja por meios antidemocráticos", acrescentou.
Declaração
Mais cedo, após uma reunião de gabinete e altos comandos militares, o presidente Sánchez de Lozada afirmou que não vai deixar o cargo, denunciando uma conspiração da oposição liderada pelo líder e produtor de coca Evo Morales e o chefe dos camponeses aymaras, Felipe Quispe, em uma coletiva de imprensa na residência presidencial.
"Eu não vou renunciar", afirmou o presidente liberal.
O conflito social iniciado há três semanas no país deixou cerca de 40 mortos até agora e um número indeterminado de feridos. Hoje, os distúrbios se estenderam às cidades de La Paz, Oruro e Cochabamba.
As manifestações populares protestam contra a venda de gás natural para fora do país, se persistirem as condições de benefícios para os consórcios petroleiros estrangeiros, que deixariam apenas 18% do negócio para o Estado.
Além disso, os manifestantes reivindicam a saída do presidente e que o país não exporte gás para os Estados Unidos via costa norte chilena --região disputada por Bolívia e Chile. O território era a única saída para o mar que a Bolívia possuía e foi perdido para Santiago na Guerra do Pacífico, em 1879.
Numa tentativa de desativar a crise, Sánchez de Lozada anunciou nesta madrugada que o governo não exportará gás natural a novos mercados enquanto não realizar consultas e debates sobre o setor energético com a sociedade civil até 31 de dezembro próximo.
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da Folha Online
Os Estados Unidos expressaram hoje seu apoio ao presidente boliviano, Gonzalo Sánchez de Lozada, e afirmaram que "não vão tolerar" nenhum tipo de tentativa antidemocrática para derrocar este governo, em meio aos apelos e protestos cada vez mais violentos para que renuncie.
"O povo americano e seu governo apóiam o presidente democraticamente eleito da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, e seus esforços por construir um futuro mais próspero e justo para todos os bolivianos", declarou o Departamento de Estado dos EUA.
"Fazemos um apelo a todos os bolivianos para que rejeitem uma confrontação que possa levar à violência e feridos", disse o porta-voz Richard Boucher em um comunicado divulgado depois que Sánchez de Lozada reiterou que não renunciaria.
"A comunidade internacional compreende e apóia os legítimos interesses de todo o povo boliviano e insiste que os expressem e promovam apenas por meios democráticos e pacíficos", acrescentou.
"Todos os líderes políticos bolivianos devem expressar publicamente seu apoio à ordem democrática e constitucional", disse Boucher.
"A comunidade internacional e os Estados Unidos não vão tolerar nenhuma interrupção da ordem constitucional e não apoiarão nenhum regime que surja por meios antidemocráticos", acrescentou.
Declaração
Mais cedo, após uma reunião de gabinete e altos comandos militares, o presidente Sánchez de Lozada afirmou que não vai deixar o cargo, denunciando uma conspiração da oposição liderada pelo líder e produtor de coca Evo Morales e o chefe dos camponeses aymaras, Felipe Quispe, em uma coletiva de imprensa na residência presidencial.
"Eu não vou renunciar", afirmou o presidente liberal.
O conflito social iniciado há três semanas no país deixou cerca de 40 mortos até agora e um número indeterminado de feridos. Hoje, os distúrbios se estenderam às cidades de La Paz, Oruro e Cochabamba.
As manifestações populares protestam contra a venda de gás natural para fora do país, se persistirem as condições de benefícios para os consórcios petroleiros estrangeiros, que deixariam apenas 18% do negócio para o Estado.
Além disso, os manifestantes reivindicam a saída do presidente e que o país não exporte gás para os Estados Unidos via costa norte chilena --região disputada por Bolívia e Chile. O território era a única saída para o mar que a Bolívia possuía e foi perdido para Santiago na Guerra do Pacífico, em 1879.
Numa tentativa de desativar a crise, Sánchez de Lozada anunciou nesta madrugada que o governo não exportará gás natural a novos mercados enquanto não realizar consultas e debates sobre o setor energético com a sociedade civil até 31 de dezembro próximo.
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