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18/10/2003 - 08h46

Ex-presidente boliviano Sánchez de Lozada chega aos EUA

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da France Presse, em Miami (EUA)

O ex-presidente boliviano Gonzalo Sánchez de Lozada chegou hoje a Miami, após renunciar ao cargo na noite passada.

Segundo o Moisé Garmusz Levy, cônsul geral boliviano, Lozada partirá logo mais para Washington.

O ex-mandatário boliviano viaja com sua mulher, uma filha e outros quatro familiares, além de seus principais colaboradores, os agora ex-ministros de Governo (Interior), Yerko Kukoc, de Defesa, Carlos Sánchez Berzaín, e da Saúde, Javier Tórrez Goitia.

Sánchez de Lozada renunciou ontem à Presidência da Bolívia sob pressão popular, após cumprir apenas 14 meses de um mandato de cinco anos.

O Congresso boliviano designou o vice-presidente Carlos Mesa para a primeira magistratura, depois de uma onda de protestos de um mês, que deixou mais de 80 mortos.

Momento terrível

Sánchez de Lozada pediu na noite desta sexta-feira sua renúncia à Presidência da Bolívia, em uma carta dirigida ao Congresso. Na carta, Lozada afirma que este é um "momento terrível para a democracia". O Congresso aceitou a renúncia, por 84 votos a favor e 26 contra.

"Minha renúncia que apresento ao Congresso deveria ser suficiente para solucionar os problemas nacionais, e apesar de desejar fervorosamente, temo que a solução não seja tão simples", diz o texto enviado ao Congresso e lido pelo secretário da Casa devido à ausência do presidente.

Após a leitura da carta de renúncia, o presidente do Senado, Hormando Vaca, realizou uma votação nominal e o pedido foi aceito no Congresso por 84 votos a 26.

A leitura da carta de renúncia foi interrompida várias vezes pelos gritos de "assassino" por parte dos parlamentares da oposição.

Sánchez de Lozada foi obrigado a renunciar após uma onda de protestos que atingiu o país no último mês.

Ontem, milhares de índios e mestiços bolivianos participaram da maior manifestação no país nos últimos 20 anos para exigir a renúncia de Lozada.

Um projeto para exportar gás pelo Chile para Estados Unidos e México, em condições consideradas desvantajosas por várias organizações bolivianas, foi o estopim da convulsão social.

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