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07/11/2009 - 09h20

Governo afegão critica ONU e pede respeito à soberania do país

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da Efe
da Folha Online

O governo afegão criticou neste sábado a ONU (Organização das Nações Unidas) e "alguns círculos políticos" estrangeiros por tentarem influenciar suas decisões nos últimos dias, marcados pelo criticado desenlace do processo eleitoral com a reeleição do presidente Hamid Karzai, favorecido por extensa fraude no primeiro turno, diante da desistência do rival Abdullah Abdullah de concorrer no segundo turno.

Em nota, o Ministério de Relações Exteriores se referiu explicitamente ao enviado especial da ONU no país, Kai Eide, por fazer "comentários que ultrapassam as normas internacionais e sua autoridade como representante de uma organização internacional imparcial".

Os comentários citados pelo ministério referem-se a uma entrevista a jornalistas concedida por Eide há dois dias, na qual sugeriu a Karzai que inicie um processo de reforma e inclua ministros "competentes" em seu gabinete.

Eide também pediu ao novo governo que dedique todos os seus esforços à luta contra a corrupção.

A corrupção é endêmica na política afegã e uma das maiores críticas contra o governo de Karzai. O Ocidente, que apoiou sua reeleição, pediu reiteradamente que ele priorize o combate à corrupção como forma de legitimar seu mandato.

Em sua nota, a Chancelaria afegã não esclareceu que parte do discurso de Eide provocou sua reação. Mas destacou que "nos últimos dias, alguns círculos políticos, diplomatas e agências de propaganda de certos países estrangeiros intervieram nos assuntos internos do Afeganistão".

Segundo o governo, estes agentes, cujos nomes não foram citados, deram "instruções sobre a composição dos órgãos governamentais afegãos e sobre as políticas [do Executivo]". "Estas instruções violaram o respeito à soberania nacional do Afeganistão", frisa o comunicado.

O Ministério lembrou ainda que, em sua primeira entrevista depois que foi declarado presidente, Karzai prometeu combater a corrupção e consolidar o Estado de Direito durante seu próximo mandato.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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