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17/11/2009 - 14h47

Zelaya volta a acusar EUA de tentarem encobrir golpe em Honduras

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da Folha Online
da France Presse, em Tegucigalpa

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, voltou a acusar os Estados Unidos de se unirem ao governo interino presidido por Roberto Micheletti --que ele e virtualmente todos os países da região consideram ilegal-- para "fazer a lavagem" de sua deposição, ocorrida em 28 de junho passado.

Em entrevista à agência de notícias France Presse, Zelaya disse que a manobra consiste que Micheletti renuncie à Presidência ante o Congresso em troca de que este aceite um gabinete de transição. "Se eu aceito integrar esse gabinete de transição, ele renuncia e legitima o golpe de Estado. É uma manobra na qual eu não vou cair", afirmou Zelaya, para quem a "manobra" irá acontecer nesta sexta-feira (20).

Esteban Felix/AP
Manuel Zelaya, para quem EUA manobram para "encobrir golpe" ocorrido em Honduras
Manuel Zelaya, para quem EUA manobram para "encobrir golpe" ocorrido em Honduras

Conforme Zelaya, foi por esse motivo que, no sábado (14), ele enviou uma dura carta para o presidente dos EUA, Barack Obama, na qual afirmava que não aceitaria mais nenhum acordo com o governo interino, mesmo que o documento previsse seu retorno ao cargo, porque isso seria "encobrir o golpe de Estado".

No fim do mês passado, Zelaya e Micheletti assinaram um acordo mediado pelos EUA, chamado de Acordo Tegucigalpa/San José Diálogo de Guaymuras, que estabelecia a criação de um governo de unidade entre as duas partes até a aprovação, pelo Congresso, do retorno de Zelaya ao poder. Ele, então, deveria aceitar as eleições e deixar o cargo, na data da posse do seu sucessor eleito.

Entretanto, 15 dias depois, o único passo concluído do acordo foi a criação de uma comissão de verificação da sua aplicação. Não houve governo de unidade, porque apenas Micheletti fez sugestões de nomes --Zelaya insistia em liderar o grupo--; e o Congresso hondurenho sequer agendou debates sobre o retorno do deposto ao poder, sob o argumento de que deve, antes, receber um parecer da Suprema Corte.

Para Zelaya, o acordo não avançou porque Micheletti quer evitar o retorno ao poder, adiando a decisão até as eleições. O próprio Micheletti já afirmou publicamente ter garantias dos EUA de que o vencedor das eleições será reconhecido, desde que o pleito seja "transparente".

Na segunda-feira (16), os EUA já haviam afirmado, por meio do porta-voz do Departamento de Estado americano, Ian Kelly, que continuam comprometidos desde o início com o processo de reconciliação e com o retorno do "presidente constitucional e democraticamente eleito" em Honduras, e que a posição do país não mudou.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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