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24/11/2009 - 12h08

Irã proíbe circulação de jornal por publicar foto de templo banido

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da Reuters, em Teerã (Irã)

O governo iraniano proibiu nesta segunda-feira a circulação do jornal popular conservador "Hamshahri" por publicar a foto de um templo da religião Baha'i --proibida no país. O jornal é crítico do governo do ultraconservador presidente Mahmoud Ahmadinejad.

"Hamshahri" pertence à prefeitura de Teerã e é o jornal de maior circulação do país. Ele foi fechado após a publicação de um anúncio de primeira página de uma viagem de turismo à Índia que mostrava o templo de Baha'i.

O governo xiita iraniano considera que a crença de Baha'i é um ramo herético do Islã. Líderes Baha'i no exílio alegam que centenas de seguidores da fé foram presos e executados no Irã nas três décadas passadas. O governo nega que deteve ou executou pessoas por sua religião.

Os fiéis da Baha'i reverenciam o fundador da fé, no século 19, Baha-ula como o mais recente em uma linha de profetas, que incluem a Maomé, Moisés, Zoraster, Buda, Krishna e Jesus. Eles defendem a paz no mundo e seus locais mais sagrados ficam onde hoje é Israel, considerado arqui-inimigo do Irã.

O prefeito de Teerã, Mohammad Baqer Qalibaf, conservador pragmático, é visto como rival político de Ahmadinejad.

Os editores de outro jornal iraniano, "Khabar", ligado ao rival conservador de Ahmadinejad, decidiu interromper a publicação devido a pressão não especificada, afirma o jornal "Etemad".

"Etemad", que cita o vice-ministro de Cultura, Mohammad Ali Ramin, diz que ambos os jornais violaram as leis de mídia do país e receberam alertas do comitê de supervisão da imprensa ligado ao governo iraniano.

No começo de novembro, o corpo de supervisão da imprensa baniu a publicação de um jornal de negócios diário chamado "Sarmayeh", que criticava as políticas econômicas do governo.

 

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