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26/11/2009 - 13h16

EUA prometem vigiar eleições em Honduras, sem se aliar a ninguém

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JARDI ZAMORA
da France Presse, em Washington

Os Estados Unidos garantiram que irão vigiar atentamente as eleições deste domingo (29) em Honduras e depois decidir se irão reconhecê-las, uma arriscada postura que pode manchar a imagem do governo de Barack Obama na região. "Os EUA, com toda comunidade internacional, vigiarão as eleições hondurenhas com grande interesse", afirmou o Departamento de Estado à agência de notícias France Presse.

"Para que a vontade popular possa se expressar claramente, as eleições devem ser realizadas em um contexto que permita aos candidatos, a todos, fazer campanha em um ambiente de paz e segurança", declarou o novo vice-secretário de Estado para a América Latina, Arturo Valenzuela, em sua apresentação na OEA (Organização dos Estados Americanos).

O governo de Obama insiste ante o governo interino de Honduras que está preocupado com as violações dos direitos humanos. Mas Washington não tomará decisão antecipada sobre as eleições porque, acima de tudo, os hondurenhos têm direito de escolher seus representantes, e porque a eleição já estava inscrita no calendário legal do país, indicou Valenzuela na OEA.

De forma mais discreta, fontes oficiais reconhecem que esta situação instável, com o presidente deposto Manuel Zelaya, abrigado na embaixada do Brasil, e atos suspeitos de violência em diversos pontos do país, esboça um panorama muito mais complexo. Mas, em vez de enviar uma missão para monitorar de perto esta situação, o governo Obama se aliou por enquanto a seis sócios da OEA, que ignoram ferozmente o regime de fato.

Os EUA vão elaborar uma lista de observadores independentes, de fundações conservadoras a exilados cubanos (inclinados ao governo interino), assim como ONGs (muito críticas aos atuais governantes).

"O desafio para Valenzuela é encontrar uma fórmula para aproveitar as eleições e resolver a crise, sem polarizar ainda mais as relações interamericanas", considerou Peter Hakim, do centro de análises Diálogo Interamericano. Longe de ignorar a crise, Washington assumiu as rédeas da mediação, gerando aplausos em Honduras.

Foram os EUA que conseguiram que tanto Zelaya como o presidente interino, Roberto Micheletti, assinassem o Acordo de Tegucigalpa/San José que entreabriu, com soluções concretas, a porta para a solução da crise. As fontes oficiais americanas querem dar a impressão de ter a delicada situação sob controle em seus contatos com a imprensa em Washington. Isso já começa a provocar desencanto nas capitais latino-americanas.

A política do presidente Obama gera "um certo sabor de decepção", comentou na quarta-feira Marco Aurélio García, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Comentários dos leitores
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Luciano Filgueiras (94) 02/02/2010 17h52
Sobre o comentário do nosso estimado Diplomata, dizendo ele, que o nosso país inspira o desarmamento mundial; apenas brinco: "Nosso Amorim é um gozador!... sem opinião
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sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
sebastião chaves (9) 02/02/2010 15h19
como tem pirado escrevendo e enviando os seus comentários. os textos chegam ser manifestações de humorismo involuntário.
Peço àqueles que discordam das bobagens escritas, sejam condescentes com os pirados da silva.
Pai, perdoi, eles não sabem o que escrevem. Descansem em paz, pirados.
sem opinião
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John Reed (41) 02/02/2010 03h21
John Reed (41) 02/02/2010 03h21
A realidade é inexorável.
Ideologias fajutas não passam de blá-blá-blá porque são míopes para enxergar qualquer coisa. Mas certamente não querem ver nada porque acham que já pensaram em tudo. Aí quando a realidade contraria a 'verdade' ideológica as coisas começam a ficar violentas.
Já viu uma criança contrariada? Pois é. Parece que o brinquedo favorito do Coronel Presidente Hugo Chávez se recusa a funcionar como ele deseja. E isso acaba refletindo em alguns nesse fórum, que contrariados produzem textos violentos tanto no estilo quanto no conteúdo.
Uma política carioca, médica, disse (isso ninguém me contou), no ocaso dos países comunista pós Muro, que o ideal e modelo de país a ser seguido eram os da Albânia. Caramba! Isso tem 20 anos.
É pra dar medo: o que a crença em ideologias ou dogmas pode fazer com uma pessoa culta e inteligente. Como já disse, a realidade é desagradavelmente real para alguns.
2 opiniões
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