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04/12/2009 - 11h31

Grupo armado mata ao menos 35 em mesquita no Paquistão

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da Folha Online

Um novo balanço das autoridades paquistanesas aumenta para ao menos 35 o número de mortos no ataque de um grupo armado contra uma mesquita em uma instalação militar na cidade de Rawalpindi, perto da capital Islamabad. O número de mortos, contudo, pode ser ainda maior já que a agência de notícias Reuters, que cita policiais, e a rede de televisão CNN dizem que ao menos 40 pessoas morreram.

Paquistão vive onda de atentados terroristas; veja cronologia

O ataque aconteceu durante a oração muçulmana da sexta-feira, por volta das 14h (7h no horário de Brasília), quando um grupo de terroristas --algumas agências dizem quatro e outras citam sete-- abriu fogo e lançou três granadas em uma mesquita frequentada por militares perto do quartel-general das Forças Armadas.

Adrees Latif/Reuters
Helicóptero sobrevoa região de um ataque terrorista contra mesquita dentro de instalação militar; ao menos 35 morreram
Helicóptero sobrevoa região de um ataque terrorista contra mesquita dentro de instalação militar; ao menos 35 morreram

Ao menos 200 pessoas, incluindo mulheres e crianças, estavam na mesquita no momento do ataque. A estrutura do prédio ficou gravemente abalada e as forças de segurança isolaram o local.

Segundo a agência de notícias Associated Press, que cita Yasir Nawaz, policial da cidade, vários homens armados causaram uma explosão para passar por um posto de checagem no perímetro de uma instalação militar de Rawalpindi.

Testemunhas dizem que dois dos homens chegaram a entrar na mesquita, enquanto outros correram para outros prédios da instalação militar. Os repórteres foram proibidos de se aproximar do local, mas a agência de notícias Associated Press afirma que os militantes e as forças de segurança trocaram tiros por quase uma hora antes de detonarem os explosivos ou serem mortos.

O porta-voz do Exército paquistanês, Athar Abbas, afirmou que as forças de segurança mataram ao menos quatro dos terroristas, mas três continuam na área --que foi isolada e está sendo sobrevoada por helicópteros militares.

O presidente paquistanês, Asif Alí Zardari, e o primeiro-ministro, Yusuf Razá Guilani, condenaram o ataque e ordenaram uma investigação, segundo a agência de notícias estatal APP.

Rawalpindi, onde ficam a sede do Estado-Maior das Forças Armadas e vários quartéis onde são alojados militares e suas famílias, é alvo frequente de ataques islamitas.

Em 10 de outubro passado, um comando formado por dez terroristas protagonizou um ataque de mais de 20 horas de duração, com reféns, ao quartel-general do Exército em Rawalpindi. Neste ataque, 13 membros das forças de segurança e nove terroristas morreram.

Pouco depois, o governo ordenou que o Exército lançasse uma operação em grande escala na região tribal do Waziristão do Sul, considerada o principal reduto da insurgência taleban no Paquistão.

Nos últimos dois meses, o Paquistão registrou uma onda de violência em retaliação pela ofensiva, com cerca de 30 atentados que causaram a morte de mais de 500 pessoas.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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