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Alta comissária da ONU se diz surpresa com violência no Irã
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da Folha Online
A alta comissária de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Navi Pillay, disse nesta quarta-feira que está surpresa com a violência no Irã e pediu às autoridades que contenham a repressão contra os manifestantes. "Estou totalmente surpresa com a eclosão de mortos, feridos e detenções", disse Pillay, em comunicado distribuído hoje, em Genebra.
No comunicado, Pillay disse que, apesar de as circunstâncias sobre a morte de sete pessoas domingo passado (27) ainda não estarem claras, "a informação da qual dispomos sugere um uso excessivo da força por forças de segurança e paramilitares de milícias Basij". "O governo tem o dever de assegurar que a violência não aumente."
Pillay também demonstrou preocupação com as informações sobre as detenções arbitrários de ativistas políticos, jornalistas, defensores dos direitos humanos e outros civis. "As pessoas têm o direito de expressar suas convicções e de manter protestos pacíficos, sem que sejam maltratadas, detidas e presas", disse. "Os já detidos, seja qual for a razão, deverão ter um processo justo que esteja alinhado aos padrões internacionais de direitos humanos."
O comunicado lembra que o Irã faz parte da Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, segundo a qual "ninguém estará sujeito a detenções arbitrárias, todo mundo tem o direito à liberdade de expressão e à reunião pacífica".
O chefe da polícia iraniana, o general Esmail Ahmadi Moghadam, disse nesta quarta-feira que o país prendeu mais de 500 pessoas suspeitas de envolvimento nos protestos de domingo das quais cerca de 300 permanecem sob a custódia do Estado.
Entre os presos há pelo menos dez importantes nomes da oposição reformista do país, além da irmã da advogada iraniana Shirin Ebadi, prêmio Nobel da Paz em 2003, e o jornalista sírio Reza al Basha, 27, que trabalha para a TV oficial de Dubai.
Moghadam afirmou ainda que 120 policiais ficaram feridos nos protestos e que cerca de 60 deles continuam internados. Entre os civis, estão confirmadas oito mortes, uma delas a do sobrinho do líder opositor Mir Hussein Mousavi.
No domingo, dia em que os xiitas celebram sua festa mais sagrada, a Ashura, a oposição do Irã voltou a tomar as ruas de várias cidades do país para protestar contra o governo. Houve confrontos com as forças de segurança --que, conforme testemunhas, chegaram a atirar em manifestantes. Nos distúrbios, morreram oito pessoas, segundo dados oficiais --os opositores dizem que foram 15.
Foram os distúrbios mais graves registrados no país desde junho passado, quando o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito sob denúncias de fraude.
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