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04/02/2010 - 16h47

Tremor no Haiti gerou pior crise de infância da história, diz Unicef

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da France Presse, em Genebra

O terremoto de 12 de janeiro no Haiti provocou a pior crise de proteção à infância da história, devido ao alto número de órfãos e de crianças separadas dos pais, afirmou nesta quinta-feira o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). "Estamos diante da pior crise da história no que se refere à proteção das crianças", afirmou Hilde Johnson, a diretora-geral do Unicef, durante uma entrevista em Genebra.

"Os riscos de tráfico de crianças e de adoção ilegal são significativos", disse, lembrando que "quase 40% dos haitianos têm menos de 14 anos" e que cerca de 300 mil crianças já viviam em orfanatos antes do terremoto, que deixou a capital Porto Príncipe virtualmente arrasada.

"Com o terremoto, o número de crianças desacompanhadas ou separadas dos pais aumentou de forma significativa", afirmou Johnson. "Não sabemos se os pais destas crianças ainda estão vivos, se podem ser encontrados, e se existe algum outro membro da família que possa assumi-las", explicou.

Na sexta-feira passada (29), dez membros de uma associação de caridade americana foram detidos no Haiti, perto da fronteira com a República Dominicana, com 33 crianças com idades entre 2 meses e 14 anos. Acusados de sequestro, eles aguardam a decisão da Justiça sobre um eventual processo.

Em entrevista por telefone, a atriz americana Mia Farrow, embaixadora de boa vontade da Unicef e mãe adotiva, qualificou o episódio de "lamentável". Antes do terremoto, o Unicef já estava preocupado com o crescimento no total de crianças abandonadas no Haiti, segundo um relatório humanitário publicado nesta quinta-feira.

Cerca de 40% das crianças haitianas já viviam na "pobreza absoluta" antes do terremoto, que deixou pelo menos 200 mil mortos e 1 milhão de desabrigados.

Assim como as demais agências humanitárias, o Unicef reforçou sua presença no Haiti depois do tremor. O Unicef também lançou nesta semana uma campanha de vacinação para 500 mil crianças menores de 7, que deverão ser imunizadas contra a rubéola, a difteria e o tétano.

 

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