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UE condena manifestação contra Embaixada da Itália no Irã
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da Ansa, em Bruxelas e Roma
A União Europeia (UE) condenou "fortemente" nesta quarta-feira o que classificou como um ataque contra a Embaixada da Itália em Teerã, capital do Irã. O chanceler italiano, Franco Frattini, denunciou nesta terça-feira que integrantes da milícia iraniana pró-governo Basij realizaram uma manifestação "hostil" contra a sede diplomática. O governo iraniano disse que eram apenas estudantes universitários.
O Parlamento europeu pediu que as autoridades locais garantam "a segurança das missões diplomáticas".
Os eurodeputados aprovaram uma resolução na qual exprimem "preocupação pela natureza dos protestos ocorridos em frente às embaixadas da UE em fevereiro, orquestrados por milícias Basij".
Ao mesmo tempo, o parlamento "condena firmemente o recurso à violência da parte das autoridades iranianas no confronto dos manifestantes que procuram exercitar sua liberdade de expressão e seu direito de reunião pacífica".
Frattini afirmou que cerca de cem milicianos do Basij participaram da ação contra a embaixada e chegaram a tentar invadir a representação diplomática, sem sucesso. Ninguém ficou ferido.
Ainda de acordo com o chanceler, os milicianos estavam "vestidos como civis" e entoavam cânticos de "morte à Itália e morte a [o premiê da Itália, Silvio] Berlusconi".
Em discurso ao Senado, o chanceler italiano disse que embaixadas da França e da Holanda também sofreram ataques.
Autoridades iranianas negaram que o protesto tenha sido orquestrado pelo governo e afirmaram que os ativistas eram "apenas estudantes universitários".
A iniciativa seria uma reação às palavras do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que em visita a Israel na semana passada condenou o programa nuclear iraniano e pediu à comunidade internacional "fortes sanções" contra Teerã.
Réplica
O site da rádio e TV estatais do governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, divulgou nesta quarta-feira uma carta aberta a Frattini na qual ataca o governo italiano.
De acordo com o texto, os Basij não têm "medo de declarar o que fazem". "A polícia iraniana impediu danos à vossa embaixada e só consentiu que os estudantes entoassem seus slogans, como é justo que aconteça em uma democracia: quereis que impeçamos as manifestações?", questiona a carta.
Nesta quarta-feira, Frattini voltou a criticar a ação contra a sede diplomática, mas disse "não ter preocupações" quanto a novos episódios hostis. "Nossa embaixada permanece aberta. Obviamente insistiremos para que haja uma garantia absoluta de segurança para o pessoal italiano", afirmou.
"O Irã deve compreender que não pode nem mesmo imaginar dividir-nos. A Europa continuará unida", completou o chanceler. "Felizmente, pedimos e obtivemos que houvesse uma só voz da Europa para condenar as violências e as provocações", informou.
Ele também reafirmou que o mundo tem visto "provocações inauditas e gestos absolutamente irrefletidos" e que é "tempo das sanções". "Acredito que para a comunidade internacional hoje seja uma prova de credibilidade: se não conseguirmos pensar rapidamente sobre um pacote de sanções divididas, demonstramos nossa fraqueza", declarou Frattini.
"Queremos que o Irã torne às mesas de negociação e para fazê-lo é preciso estarmos unidos. Se nos dividimos, eles continuarão a enriquecer urânio", comentou Frattini, lembrando o anúncio feito nesta semana por Ahmadinejad de que seu país passaria a enriquecer urânio a 20%, violando resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) e contrariando os esforços de diálogo das potências ocidentais.
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