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Dubai acusa Israel de falsificar passaportes em larga escala
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da Folha Online
O chefe de polícia de Dubai, general Dahi Khalfan, acusou Israel de organizar uma "falsificação em larga escala" de passaportes ocidentais e afirmou que o país detectou recentemente novos documentos "manipulados". Este é o mais recente episódio da série de acusações públicas e amplamente noticiadas de Dubai contra Israel pela morte do comandante do grupo islâmico palestino Hamas Mahmoud Al Mabhouh.
Mabhouh, um dos fundadores do braço militar do Hamas, foi encontrado morto em seu quarto em um hotel de Dubai no último dia 20 de janeiro, um dia após sua morte. Até então, a polícia de Dubai revelou que 26 pessoas --20 homens e 6 mulheres-- são suspeitos de serem os responsáveis pelo assassinato e acusa o Mossad, o serviço secreto israelense.
Eles utilizaram 12 passaportes britânicos, seis irlandeses, quatro francês, um alemão e três australianos para deixar o país após o crime --o que causou uma saia justa entre os países europeus, que alegam falsificação dos documentos, e Israel. Nesta terça-feira, o governo australiano revelou que um quarto australiano está sendo investigado por suposto vínculo com o crime.
"Faço o alerta: Israel se dedica a uma operação de falsificação em larga escala de passaportes ocidentais. O mundo ocidental deve opor-se a estas práticas sem precedentes executadas por um Estado", declarou Khalfan.
O general Khalfan afirmou ainda que, após o caso Mabhouh, o serviço de segurança do emirado passou a submeter os ocidentais que chegam a Dubai a controles mais rígidos e descobriram "dezenas de passaportes que foram manipulados da mesma maneira".
Ele não revelou os motivos das viagens dos donos dos passaportes, mas deu a entender que poderia se tratar de espionagem.
Australiano
Também nesta terça-feira, o governo australiano informou que um quarto titular de passaporte australiano está sendo procurado pela Interpol por possível relação com o assassinato do comandante do Hamas.
O ministro de Relações Exteriores da Austrália, Stephen Smith, informou que o documento de viagem pertence a Joshua Krycer, um médico que trabalha em Jerusalém. No entanto, garantiu que os quatro passaportes australianos envolvidos são duplicados, obtidos de forma fraudulenta.
Agentes da polícia australiana estão em Israel para investigar o assunto e interrogar Nicole McCabe, Adam Korman e Joshua Bruce, seus outros três cidadãos envolvidos na morte de Mabhouh.
Viagem
Os suspeitos viajaram para Dubai procedentes de seis cidades europeias e de Hong Kong, e vários deles usaram o mesmo cartão de crédito para realizar reservas de hotéis e comprar bilhetes de avião, enquanto o resto pagou em dinheiro vivo.
Após o assassinato de Mabhouh, eles abandonaram Dubai com destino à África do Sul, Irã e Hong Kong.
Com France Presse e Efe
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