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18/03/2010 - 14h59

Coalizão de premiê retoma liderança com 89% das urnas apuradas no Iraque

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da Efe, em Bagdá (Iraque)

da Folha Online

A coalizão do premiê iraquiano, Nouri Al Maliki, retomou a liderança nas eleições parlamentares realizadas no último dia 7, após a contagem de 89% dos votos. Nesta semana, Maliki denunciou fraude e chegou a pedir uma recontagem.

Em uma coletiva de imprensa, Karim al Tamimi, membro da Comissão Eleitoral, disse que a coalizão de Maliki, Estado de Direito, recebeu 2.448.452 votos.

Em segundo lugar, está a aliança opositora laica Al Iraqiya, liderada pelo ex-primeiro-ministro Ayad Allawi, com 2.408.547 votos.

Em terceiro lugar aparece a Aliança Nacional Iraquiana, dominada por grupos xiitas, com 1.059.606 votos.

A margem ainda é muito pequena e pode ser revertida. Os dados, além disso, dependem também das possíveis impugnações que podem ser apresentadas nos próximos dias --a contagem de votos tem sido lenta e marcada por alegações de fraude.

O porta-voz da Comissão Eleitoral iraquiana, Qasem al Obeidi, disse que os comitês encarregados de examinar os recursos e queixas continuam trabalhando.

Segundo Obeidi, até agora foram registradas 247 reclamações dentro do Iraque, enquanto outras 72 foram recebidas de iraquianos que votaram no exterior.

O Parlamento eleito, de 325 cadeiras, será encarregado de designar o próximo presidente iraquiano, que terá funções executivas limitadas. Os novos parlamentares também vão determinar a próxima coalizão governante, que assume a tarefa de garantir a segurança do país sem a ajuda das tropas americanas --que iniciaram a retirada, a ser encerrada em 2011.

Fraude

Maliki mandou nesta terça-feira (16) uma reclamação à CSEI (Comissão Suprema Eleitoral Independente) e seus consultores da ONU (Organização das Nações Unidas), informou à Associated Press o candidato Ali al Adeeb.

O oficial da comissão eleitoral Saad al Rawi confirmou ter recebido a reclamação, mas disse ser apenas "uma entre muitas" sem evidências concretas.

Observadores independentes e oficiais da ONU que aconselham a comissão eleitoral disseram não ter visto provas de fraude disseminada que pudesse pôr em dúvida o resultado final.

A coalizão de Al Maliki também pediu uma recontagem dos votos das mais de 50 mil pontos de votação, segundo Al Adeeb. Esta foi a segunda eleição parlamentar no Iraque desde a queda do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, em 2003.

 

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