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Arcebispo pede justiça para vítimas de abuso da igreja na Alemanha
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colaboração para a Folha Online
O arcebispo de Munique, Reinhard Marx, pediu nesta quinta-feira que seja feita justiça para as vítimas de abuso sexual dentro da Igreja Católica na Alemanha. Ele disse que elas precisam sentir que, finalmente, podem falar abertamente sobre seu sofrimento.
Marx acrescentou que os bispos católicos da Bavária, Estado no sul da Alemanha e terra natal do papa Bento 16, sentem "profunda consternação e vergonha" sobre os relatos de abuso de crianças em escolas e instituições mantidas pela igreja, revelados nas últimas semanas.
"A prioridade é buscar a verdade e alcançar uma atmosfera que dê às vítimas coragem para falar sobre o que aconteceu a elas", disse Marx após encontro com os bispos da Bavária. Os bispos concordaram em investigar cada denúncia e iriam contatar as autoridades de maneira adequada, disse Marx.
Crise na Igreja
Na Alemanha, as denúncias de abuso físico ou sexual contra padres católicos chegam a pelo menos 300 e teriam ocorrido entre as décadas de 1970 e 1980 em escolas jesuítas locais.
O caso envolveu até mesmo o sacerdote Georg Ratzinger, irmão do papa Bento 16, que liderava os rapazes do coro da catedral de Regensburg. O sacerdote negou saber dos casos de abusos e foi inocentado pelo Vaticano.
Outros casos já foram denunciados em estabelecimentos protestantes e laicos.
Na Holanda, a Igreja Católica recebeu 350 denúncias de pessoas que afirmam ter sofrido abusos sexuais por parte de membros do clero entre os anos 50, 60 e 70.
A Igreja Católica da Irlanda foi criticada por ocultar, segundo relatório de uma investigação oficial publicado em novembro passado, os abusos sexuais cometidos por padres da região de Dublin envolvendo centenas de crianças durante várias décadas.
O documento, de mais de 700 páginas, fala sobre a atitude da hierarquia católica no arcebispado de Dublin entre os anos 1975 a 2004. Acusa, principalmente, quatro arcebispos por não terem denunciado à polícia que sabiam dos abusos sexuais, cometidos a partir dos anos 60.
Na semana passada, na Áustria, a imprensa local noticiou supostos casos de abusos cometidos em dois institutos religiosos nas décadas de 1970 e 1980.
"Se o papa não se desculpar pelo que a Igreja cometeu nas últimas décadas ao acobertar denúncias, então nossos fiéis vão ficar ainda mais decepcionados do que já estão", disse à TV pública austríaca ORF o padre Udo Fischer, responsável por uma paróquia na vila de Paudorf. "Jesus certamente não teria ficado calado", disse Fischer.
Com Associated Press
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