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26/05/2004
-
08h51
da Folha Online
Os Estados Unidos "sacrificaram os direitos humanos" na Guerra do Iraque e em sua luta contra o terrorismo, afirmou a Anistia Internacional (AI), que divulgou nesta quarta-feira em Londres seu relatório anual sobre o abuso dos direitos humanos no mundo em 2003.
O documento informa sobre a situação dos direitos humanos em 157 países e denuncia violações em diversos países, mas insiste em destacar os abusos cometidos pelos EUA em nome da "guerra contra o terrorismo".
A guerra unilateral declarada para expulsar Saddam Hussein do poder teve o efeito de "quase paralisar" a ONU (Organização das Nações Unidas), diz a AI, que se questiona se os acontecimentos de 2003 não foram "um golpe fatal contra as esperanças de uma justiça mundial".
"Curto-circuito"
Segundo a entidade de defesa dos direitos humanos, a ONU sofreu "um curto-circuito como conseqüência do conflito no Iraque, depois ficou à margem na gestão do país durante o pós-guerra e desacreditada por sua aparente maleabilidade pelas grandes potências". Atualmente, a ONU parece "incapaz de obrigar os Estados a responder por seus atos", disse a AI.
Os EUA têm uma responsabilidade específica nesta situação, segundo a AI. "Não pode haver segurança duradoura sem respeito aos direitos humanos", escreve Irene Khan, secretária-geral da AI. "As ações na busca da segurança mundial do governo dos EUA carecem de princípios".
"Não é sacrificando os direitos humanos em nome da segurança interna, fechando os olhos aos atentados contra os direitos fundamentais cometidos no estrangeiro e recorrendo sem restrição aos ataques militares preventivos, que um governo pode esperar o reforço da segurança ou a defesa da liberdade."
Em um anexo, o relatório lembra a carta aberta enviada por Khan ao presidente dos EUA, George W. Bush, no dia 7 de maio, na qual afirma que "os supostos abusos cometidos por militares na prisão de Abu Ghraib são crimes de guerra e pede ao governo americano que faça uma investigação profunda".
Guantánamo
A base naval de Guantánamo, em Cuba, continua sendo "um tema de preocupação", declarou a AI.
Outros dois grandes países, Rússia e China, são objeto de longas observações.
A AI indica que na Tchetchênia "as forças de segurança russas continuavam gozando de uma impunidade quase total em relação às graves violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário".
A China evoluiu em alguns pontos, segundo o relatório. Mas Pequim não tomou "nenhuma iniciativa destacada" para acabar com a tortura, que continuou "ampliada", segundo o relatório.
No Oriente Médio, tanto Israel como a Autoridade Nacional Palestina são criticados por atentar contra os direitos humanos. A AI considera algumas ações do Exército israelense como "crimes de guerra".
Com agências internacionais
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EUA "sacrificaram os direitos humanos", diz Anistia Internacional
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Os Estados Unidos "sacrificaram os direitos humanos" na Guerra do Iraque e em sua luta contra o terrorismo, afirmou a Anistia Internacional (AI), que divulgou nesta quarta-feira em Londres seu relatório anual sobre o abuso dos direitos humanos no mundo em 2003.
O documento informa sobre a situação dos direitos humanos em 157 países e denuncia violações em diversos países, mas insiste em destacar os abusos cometidos pelos EUA em nome da "guerra contra o terrorismo".
A guerra unilateral declarada para expulsar Saddam Hussein do poder teve o efeito de "quase paralisar" a ONU (Organização das Nações Unidas), diz a AI, que se questiona se os acontecimentos de 2003 não foram "um golpe fatal contra as esperanças de uma justiça mundial".
"Curto-circuito"
Segundo a entidade de defesa dos direitos humanos, a ONU sofreu "um curto-circuito como conseqüência do conflito no Iraque, depois ficou à margem na gestão do país durante o pós-guerra e desacreditada por sua aparente maleabilidade pelas grandes potências". Atualmente, a ONU parece "incapaz de obrigar os Estados a responder por seus atos", disse a AI.
Os EUA têm uma responsabilidade específica nesta situação, segundo a AI. "Não pode haver segurança duradoura sem respeito aos direitos humanos", escreve Irene Khan, secretária-geral da AI. "As ações na busca da segurança mundial do governo dos EUA carecem de princípios".
"Não é sacrificando os direitos humanos em nome da segurança interna, fechando os olhos aos atentados contra os direitos fundamentais cometidos no estrangeiro e recorrendo sem restrição aos ataques militares preventivos, que um governo pode esperar o reforço da segurança ou a defesa da liberdade."
Em um anexo, o relatório lembra a carta aberta enviada por Khan ao presidente dos EUA, George W. Bush, no dia 7 de maio, na qual afirma que "os supostos abusos cometidos por militares na prisão de Abu Ghraib são crimes de guerra e pede ao governo americano que faça uma investigação profunda".
Guantánamo
A base naval de Guantánamo, em Cuba, continua sendo "um tema de preocupação", declarou a AI.
Outros dois grandes países, Rússia e China, são objeto de longas observações.
A AI indica que na Tchetchênia "as forças de segurança russas continuavam gozando de uma impunidade quase total em relação às graves violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário".
A China evoluiu em alguns pontos, segundo o relatório. Mas Pequim não tomou "nenhuma iniciativa destacada" para acabar com a tortura, que continuou "ampliada", segundo o relatório.
No Oriente Médio, tanto Israel como a Autoridade Nacional Palestina são criticados por atentar contra os direitos humanos. A AI considera algumas ações do Exército israelense como "crimes de guerra".
Com agências internacionais
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