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02/08/2004 - 18h13

Brasil envia ajuda aos sobreviventes de incêndio no Paraguai

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da Folha Online

O Ministério da Saúde brasileiro anunciou nesta segunda-feira ter encaminhado um carregamento de 9,5 toneladas em medicamentos e equipamentos para atender às vítimas do incêndio ocorrido ontem em um centro comercial na periferia de Assunção, capital do Paraguai.

O incêndio causou a morte de ao menos 311 pessoas e deixou centenas de feridos, segundo o ministro do Interior do Paraguai, Orlando Fiorotto, que divulgou o novo balanço na tarde desta segunda-feira depois que equipes de resgate reiniciaram as operações de busca pelos corpos.

A doação brasileira partiu da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, e deve chegar ainda hoje ao Paraguai. A lista dos produtos foi preparada a partir de uma relação enviada pelo governo paraguaio das necessidades para garantir a assistência aos sobreviventes do incêndio.

Entre os medicamentos estão soros de reidratação intravenosa, analgésicos, antibióticos, psicotrópicos e corticóides. Além dos medicamentos, estão sendo encaminhados também respiradores, bolsas de transfusão de sangue, luvas, seringas descartáveis, sondas, luvas cirúrgicas, gaze, esparadrapo e ataduras.

A França também ofereceu de urgência ajuda ao Paraguai. O presidente francês, Jacques Chirac, enviou nesta segunda-feira uma carta em que expressa "horror e consternação" pelo ocorrido ao presidente paraguaio.

Homicídio

Juan Pío Paiva, dono do supermercado, será acusado de homicídio por ter mandado fechar as portas do local durante a tragédia, anunciou Edgar Sánchez, responsável pela investigação do caso. O presidente paraguaio, Nicanor Duarte Frutos, decretou luto oficial de três dias no país.

Os cerca de 700 clientes não puderam deixar o local na hora do fogo, provocado pela falha no sistema de gás de um restaurante, porque os responsáveis pelo supermercado ordenaram que as portas fossem fechadas para que ninguém saísse sem pagar a conta e evitar saques.

O capitão do Corpo de Bombeiros Voluntários do Paraguai, Hugo Onieva, disse que a maioria das vítimas morreu por inalação de fumaça quando as portas do local foram fechadas.

Os feridos, muitos deles com queimaduras graves, foram levados a diversos hospitais da região. As autoridades do país pediram ajuda por provisões médicas, inclusive a colaboração de estudantes de medicina que possam colaborar no auxílio das pessoas.

O incêndio ocorreu ontem no centro comercial Ikuá Bolaños, por volta das 11h30 locais (12h30 de Brasília), quando cerca de 700 pessoas, de acordo com fontes policiais, faziam compras e almoçavam no local.

Ao que tudo indica, o fogo começou com uma falha no sistema de gás do restaurante do supermercado, e se alastrou para a área comercial e para o estacionamento, onde muitas pessoas morreram dentro de seus veículos.

Com agências internacionais

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