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11/11/2004
-
03h29
da Folha Online
Iasser Arafat não preparou um substituto para liderar o povo palestino na criação de um Estado. Confira abaixo o perfil dos principais líderes palestinos, que poderão sucedê-lo.
Ahmed Korei
O primeiro-ministro palestino Ahmed Korei, 66, é um aliado veterano de Arafat e foi um dos principais negociadores em Oslo [Noruega] quando foi firmado um acordo sobre a extensão da autonomia da Cisjordânia. Korei, também conhecido como Abu Ala, ganhou reputação como um dos mais sábios políticos palestinos em seu trabalho pela legislação palestina.
Mas, ao contrário de Arafat, críticos consideram que Korei tem pouco carisma, além de não ser muito popular entre os palestinos. Como primeiro-ministro, ameaçou deixar o líder palestino diversas vezes, acusando Arafat de não conceder a ele poder suficiente.
Mahmoud Abbas [Abu Mazen]
Considerado o nº2 na ANP, Mahmoud Abbas, 69, mais conhecido como Abu Mazen, foi um dos homens que ajudou na organização do tratado de paz interino efetuado em Oslo, há mais de uma década, ao lado de Korei.
Ele atuou como primeiro-ministro durante quatro meses em 2003, mas demitiu-se depois de uma luta por conquista de poder com Arafat. Mazen tem evitado despertar a atenção pública, tanto quanto o líder palestino procura ficar em evidência na mídia e na opinião pública.
MAzen criticou duramente o uso da violência durante a Segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em setembro de 2000] e tentou dialogar com militantes islâmicos, para o fim dos ataques contra Israel. Como Korei, MAzen também não é muito popular entre os palestinos.
Marwan Barghouthi
Marwan Barghouthi, 45, um dos líderes do Fatah (facção política de Arafat) é prisioneiro de Israel sob a acusação de comandar assassinatos, o que ele nega. É também conhecido como um dos principais líderes políticos e coordenadores da primeira Intifada, ocorrida entre 1987 e 1993.
Barghouthi foi visto como um possível sucessor de Arafat durante um longo tempo, antes de ser aprisionado em Israel.
É considerado ótimo orador, e seus discursos são sempre bem-articulados. Por conta disso, tornou-se um dos mais populares líderes palestinos depois de Arafat, posição que também é sustentada por sua distância da corrupção que está entre as principais esferas de poder palestinas.
Mohammed Dahlan
Mohammed Dahlan já foi ministro do Interior e chefe da segurança em Gaza, sem ter, entretanto, um posto oficial. Mas ele continua sendo um dos homens mais poderosos em um território varrido por lutas entre facções.
Dahlan se destacou como sendo um dos mais importantes políticos de uma geração pró-reformista que desafiou a autoridade de Arafat.
Mediadores internacionais consideram Dahlan como um dos únicos homens capazes de instituir a ordem em Gaza, depois da retirada dos assentamentos judeus planejados pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e prevista para acontecer em 2005.
Ele está entre os políticos palestinos que acompanharam Arafat para França na última sexta-feira, quando o líder deu entrada em um hospital francês.
Rawhi Fatuh
Rawhi Fatuh,55, é o líder do Parlamento palestino e, pela lei, torna-se presidente da ANP durante 60 dias, caso o líder palestino morra. Apesar disso, Fattouh não é considerado, por analistas internacionais, como uma liderança proeminente entre os palestinos.
Com agências internacionais
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Ahmed Korei
O primeiro-ministro palestino Ahmed Korei, 66, é um aliado veterano de Arafat e foi um dos principais negociadores em Oslo [Noruega] quando foi firmado um acordo sobre a extensão da autonomia da Cisjordânia. Korei, também conhecido como Abu Ala, ganhou reputação como um dos mais sábios políticos palestinos em seu trabalho pela legislação palestina.
Mas, ao contrário de Arafat, críticos consideram que Korei tem pouco carisma, além de não ser muito popular entre os palestinos. Como primeiro-ministro, ameaçou deixar o líder palestino diversas vezes, acusando Arafat de não conceder a ele poder suficiente.
Mahmoud Abbas [Abu Mazen]
Considerado o nº2 na ANP, Mahmoud Abbas, 69, mais conhecido como Abu Mazen, foi um dos homens que ajudou na organização do tratado de paz interino efetuado em Oslo, há mais de uma década, ao lado de Korei.
Ele atuou como primeiro-ministro durante quatro meses em 2003, mas demitiu-se depois de uma luta por conquista de poder com Arafat. Mazen tem evitado despertar a atenção pública, tanto quanto o líder palestino procura ficar em evidência na mídia e na opinião pública.
MAzen criticou duramente o uso da violência durante a Segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em setembro de 2000] e tentou dialogar com militantes islâmicos, para o fim dos ataques contra Israel. Como Korei, MAzen também não é muito popular entre os palestinos.
Marwan Barghouthi
Marwan Barghouthi, 45, um dos líderes do Fatah (facção política de Arafat) é prisioneiro de Israel sob a acusação de comandar assassinatos, o que ele nega. É também conhecido como um dos principais líderes políticos e coordenadores da primeira Intifada, ocorrida entre 1987 e 1993.
Barghouthi foi visto como um possível sucessor de Arafat durante um longo tempo, antes de ser aprisionado em Israel.
É considerado ótimo orador, e seus discursos são sempre bem-articulados. Por conta disso, tornou-se um dos mais populares líderes palestinos depois de Arafat, posição que também é sustentada por sua distância da corrupção que está entre as principais esferas de poder palestinas.
Mohammed Dahlan
Mohammed Dahlan já foi ministro do Interior e chefe da segurança em Gaza, sem ter, entretanto, um posto oficial. Mas ele continua sendo um dos homens mais poderosos em um território varrido por lutas entre facções.
Dahlan se destacou como sendo um dos mais importantes políticos de uma geração pró-reformista que desafiou a autoridade de Arafat.
Mediadores internacionais consideram Dahlan como um dos únicos homens capazes de instituir a ordem em Gaza, depois da retirada dos assentamentos judeus planejados pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e prevista para acontecer em 2005.
Ele está entre os políticos palestinos que acompanharam Arafat para França na última sexta-feira, quando o líder deu entrada em um hospital francês.
Rawhi Fatuh
Rawhi Fatuh,55, é o líder do Parlamento palestino e, pela lei, torna-se presidente da ANP durante 60 dias, caso o líder palestino morra. Apesar disso, Fattouh não é considerado, por analistas internacionais, como uma liderança proeminente entre os palestinos.
Com agências internacionais
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