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30/01/2005
-
18h58
da Folha Online
Com comparecimento de 60% dos eleitores inscritos, segundo contagem preliminar, as eleições legislativas no Iraque terminaram neste domingo com pelo menos 33 mortos. Apesar do número ser elevado, a polícia do país e o exército dos Estados Unidos esperavam mais violência. Em Washington, o presidente norte-americano, George W. Bush, comemorou a vitória "retumbante" da democracia no país, ocupado desde o início de 2003 pelas tropas aliadas em uma guerra considerada pelos críticos como o "Vietnã de Bush".
A Comissão Eleitoral iraquiana estimou, após o encerramento das eleições (às 12h no Brasil), que cerca de oito milhões de iraquianos votaram (de um total de 14,2 milhões de maiores de 18 anos inscritos e aptos a votar), o equivalente a 60%. A população total iraquiana é de cerca de 27 milhões de pessoas. Pesquisa divulgada pouco antes apontou participação de 72% do eleitorado na região central do Iraque.
"Porcentagens e número vêm apenas depois da contagem e serão anunciados quando isso terminar. É muito cedo para dizer que esses são números oficiais. Os números são apenas uma estimativa", disse o porta-voz da comissão Farid Ayar.
O que anima tanto os iraquianos quanto a Comissão Eleitoral é que, com essa participação, as eleições podem ter sua legitimidade garantida --apesar de muitas das localidades de maioria sunita no país a participação ter sido prejudicada por surtos de violência, ameaças e boicotes.
Na áreas xiitas e curdas do país, as filas foram longas e a participação chegou a 90% e 80%, respectivamente, segundo estimativas não oficiais. Apesar de o resultado final demorar até dez dias para sair, a ala xiita, aliada dos Estados Unidos, já anuncia uma "vitória avassaladora". Até a próxima terça-feira, devem ser divulgados dados preliminares.
O xiita Ammar al-Hakim, do Conselho Supremo pela Revolução Islâmica no Iraque (CSRII), integrante da Aliança Iraquiana Unida, afirmou neste domingo estar confiante de que a aliança conquistou a maioria dos votos para a Assembléia Nacional. "De acordo com nossas pesquisas de opinião, vencemos em todas as províncias", disse ele.
Bush e Blair
O presidente norte-americano, George W. Bush, disse hoje que o povo iraquiano mostrou seu "compromisso com a democracia", ao participar da "conquista histórica" que foram as eleições. "Foi um grande sucesso. Homens e mulheres controlaram um futuro de liberdade e paz", declarou em seu discurso.
Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, afirmou que o pleito foi um "golpe para o terrorismo internacional". Assim como Bush, ele destacou que a violência e as mortes não impediram o povo de comparecer às urnas.
Mortes
As informações sobre o número de mortos são conflitantes. A agência de notícias Associated Press divulga 44 mortos, citando fontes da polícia. A Agência Reuters, por sua vez, menciona 33 vítimas, com dados do Ministério do Interior.
O site do jornal americano "The New York Times", por sua vez, falava em 36 mortos, citando dados da agência de notícias France Presse.
Em um comunicado na internet, atribuído ao grupo Al Qaeda no Iraque, o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi um grande sucesso. Homens e mulheres controlaram um futuro de liberdade e paz", declarou em seu assumiu a autoria dos ataques.
Com agências internacionais
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Apesar de violência, 60% dos iraquianos comparecem à votação
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Com comparecimento de 60% dos eleitores inscritos, segundo contagem preliminar, as eleições legislativas no Iraque terminaram neste domingo com pelo menos 33 mortos. Apesar do número ser elevado, a polícia do país e o exército dos Estados Unidos esperavam mais violência. Em Washington, o presidente norte-americano, George W. Bush, comemorou a vitória "retumbante" da democracia no país, ocupado desde o início de 2003 pelas tropas aliadas em uma guerra considerada pelos críticos como o "Vietnã de Bush".
A Comissão Eleitoral iraquiana estimou, após o encerramento das eleições (às 12h no Brasil), que cerca de oito milhões de iraquianos votaram (de um total de 14,2 milhões de maiores de 18 anos inscritos e aptos a votar), o equivalente a 60%. A população total iraquiana é de cerca de 27 milhões de pessoas. Pesquisa divulgada pouco antes apontou participação de 72% do eleitorado na região central do Iraque.
"Porcentagens e número vêm apenas depois da contagem e serão anunciados quando isso terminar. É muito cedo para dizer que esses são números oficiais. Os números são apenas uma estimativa", disse o porta-voz da comissão Farid Ayar.
O que anima tanto os iraquianos quanto a Comissão Eleitoral é que, com essa participação, as eleições podem ter sua legitimidade garantida --apesar de muitas das localidades de maioria sunita no país a participação ter sido prejudicada por surtos de violência, ameaças e boicotes.
Na áreas xiitas e curdas do país, as filas foram longas e a participação chegou a 90% e 80%, respectivamente, segundo estimativas não oficiais. Apesar de o resultado final demorar até dez dias para sair, a ala xiita, aliada dos Estados Unidos, já anuncia uma "vitória avassaladora". Até a próxima terça-feira, devem ser divulgados dados preliminares.
O xiita Ammar al-Hakim, do Conselho Supremo pela Revolução Islâmica no Iraque (CSRII), integrante da Aliança Iraquiana Unida, afirmou neste domingo estar confiante de que a aliança conquistou a maioria dos votos para a Assembléia Nacional. "De acordo com nossas pesquisas de opinião, vencemos em todas as províncias", disse ele.
Bush e Blair
O presidente norte-americano, George W. Bush, disse hoje que o povo iraquiano mostrou seu "compromisso com a democracia", ao participar da "conquista histórica" que foram as eleições. "Foi um grande sucesso. Homens e mulheres controlaram um futuro de liberdade e paz", declarou em seu discurso.
Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, afirmou que o pleito foi um "golpe para o terrorismo internacional". Assim como Bush, ele destacou que a violência e as mortes não impediram o povo de comparecer às urnas.
Mortes
As informações sobre o número de mortos são conflitantes. A agência de notícias Associated Press divulga 44 mortos, citando fontes da polícia. A Agência Reuters, por sua vez, menciona 33 vítimas, com dados do Ministério do Interior.
O site do jornal americano "The New York Times", por sua vez, falava em 36 mortos, citando dados da agência de notícias France Presse.
Em um comunicado na internet, atribuído ao grupo Al Qaeda no Iraque, o terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi um grande sucesso. Homens e mulheres controlaram um futuro de liberdade e paz", declarou em seu assumiu a autoria dos ataques.
Com agências internacionais
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