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10/06/2005
-
09h53
da EFE, em Sucre
O novo presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez Veltzé, pediu uma trégua aos setores sociais mobilizados, a fim de encontrar uma solução para as suas reivindicações, pelas quais paralisaram o país.
Rodríguez, titular do Supremo Tribunal de Justiça, tomou posse como chefe de Estado boliviano na madrugada desta sexta-feira, em substituição a Carlos Mesa, que teve a renúncia aceita pelo Congresso.
A designação do novo governante, realizada em uma sessão extraordinária, foi conseqüência da renúncia dos presidentes das duas câmaras legislativas do país, Hormando Vaca Díez e Mario Cossío, ao direito de sucessão constitucional concedido pela lei.
Em seu discurso ao Congresso, na cidade de Sucre, o novo governante pediu aos líderes das organizações em greve há um mês que utilizem "a capacidade de reencontrar o dia de amanhã, a possibilidade de dar as mãos novamente, em paz".
"Quero pedir a todos os bolivianos que estão em situação de dificuldade, de exercer um direito de protesto e de pedir mudanças, que construamos juntos uma capacidade de atender às reivindicações, talvez em paz e em um grande acordo nacional", disse.
O novo governante confirmou que será realizado um processo eleitoral, antecipando a data prevista, para renovar os poderes Executivo e Legislativo, como pediram os grevistas, mas esclareceu que sua realização depende de uma lei que deve ser ditada pelo Congresso.
Rodríguez acrescentou que sua responsabilidade, limitada a um breve mandato de transição, incluirá o pedido de convocação de uma Assembléia Constituinte e de um plebiscito para decidir a implantação de um regime autônomo no país. É possível que os dois assuntos sejam votados em um só ato eleitoral.
Segundo ele, os bolivianos devem ser capazes de fazer autocríticas e de vencer suas atuais incapacidades, entre elas a discriminação em relação aos excluídos.
O presidente também aderiu à exigência nacional de recuperar a propriedade dos combustíveis, conforme estabelece a Constituição, e prometeu executar a norma complementar à Lei de Hidrocarbonetos que deve ser sancionada pelo Parlamento.
No entanto, Rodríguez afirmou que para o pedido de nacionalização dos campos de gás e de petróleo não há "uma resposta imediata" e que sua resolução cabe ao Congresso.
O novo presidente também assegurou que o país cumprirá seus compromissos comerciais com os organismos internacionais e os países vizinhos.
A equipe de colaboradores de Rodríguez ainda não foi formada. Rodríguez ressaltou seu objetivo de cumprir seu mandato "excepcional", que será breve, e disse que quer voltar ao cargo de juiz do Supremo Tribunal.
Ainda não está claro quando o novo governante se mudará para a sede do governo, na cidade de La Paz, onde estão concentrados a greve dos moradores de El Alto e o bloqueio das estradas para exigir a convocação da Assembléia Constituinte e a nacionalização dos hidrocarbonetos.
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O novo presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez Veltzé, pediu uma trégua aos setores sociais mobilizados, a fim de encontrar uma solução para as suas reivindicações, pelas quais paralisaram o país.
Jose M.Gomez/Reuters |
O novo presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez |
A designação do novo governante, realizada em uma sessão extraordinária, foi conseqüência da renúncia dos presidentes das duas câmaras legislativas do país, Hormando Vaca Díez e Mario Cossío, ao direito de sucessão constitucional concedido pela lei.
Em seu discurso ao Congresso, na cidade de Sucre, o novo governante pediu aos líderes das organizações em greve há um mês que utilizem "a capacidade de reencontrar o dia de amanhã, a possibilidade de dar as mãos novamente, em paz".
"Quero pedir a todos os bolivianos que estão em situação de dificuldade, de exercer um direito de protesto e de pedir mudanças, que construamos juntos uma capacidade de atender às reivindicações, talvez em paz e em um grande acordo nacional", disse.
O novo governante confirmou que será realizado um processo eleitoral, antecipando a data prevista, para renovar os poderes Executivo e Legislativo, como pediram os grevistas, mas esclareceu que sua realização depende de uma lei que deve ser ditada pelo Congresso.
Rodríguez acrescentou que sua responsabilidade, limitada a um breve mandato de transição, incluirá o pedido de convocação de uma Assembléia Constituinte e de um plebiscito para decidir a implantação de um regime autônomo no país. É possível que os dois assuntos sejam votados em um só ato eleitoral.
Segundo ele, os bolivianos devem ser capazes de fazer autocríticas e de vencer suas atuais incapacidades, entre elas a discriminação em relação aos excluídos.
O presidente também aderiu à exigência nacional de recuperar a propriedade dos combustíveis, conforme estabelece a Constituição, e prometeu executar a norma complementar à Lei de Hidrocarbonetos que deve ser sancionada pelo Parlamento.
No entanto, Rodríguez afirmou que para o pedido de nacionalização dos campos de gás e de petróleo não há "uma resposta imediata" e que sua resolução cabe ao Congresso.
O novo presidente também assegurou que o país cumprirá seus compromissos comerciais com os organismos internacionais e os países vizinhos.
A equipe de colaboradores de Rodríguez ainda não foi formada. Rodríguez ressaltou seu objetivo de cumprir seu mandato "excepcional", que será breve, e disse que quer voltar ao cargo de juiz do Supremo Tribunal.
Ainda não está claro quando o novo governante se mudará para a sede do governo, na cidade de La Paz, onde estão concentrados a greve dos moradores de El Alto e o bloqueio das estradas para exigir a convocação da Assembléia Constituinte e a nacionalização dos hidrocarbonetos.
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