Publicidade
Publicidade
10/06/2005
-
22h28
da France Presse, em La Paz
da Folha Online
Um grupo de indígenas desocupou nesta sexta-feira sete campos de petróleo da espanhola Repsol e da britânica British Petroleum no leste da Bolívia, informou a imprensa local.
Os campos haviam sido ocupados durante a onda de protestos que exigiam a nacionalização dos hidrocarbonetos, a convocação de uma Assembléia Constituinte e a antecipação de eleições gerais.
Grupos de camponeses guaranis desocuparam os campos da Repsol na região de Santa Cruz (900 km a leste de La Paz).
Outros grupos indígenas abandonaram os campos explorados pela British Petroleum, que ficam a cerca de 120 km de Santa Cruz.
Os camponeses aymarás abriram as válvulas da estação de bombeamento de Sisa Sica, na região da fronteira com o Chile, liberando o fornecimento de petróleo para a região andina e para o porto chileno de Arica.
Trégua
Nesta sexta-feira, o novo presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez Veltzé, 49, deu início a sua gestão e conseguiu acertar uma trégua de dez dias com os mineiros e agricultores.
Mais tarde, Abel Mamani, presidente da Federação das Juntas Vicinais de El Alto [cidade vizinha à capital La Paz], propôs uma trégua de 72 horas ao presidente Rodríguez --período em que o novo chefe de Estado deverá regularizar a nacionalização da exploração de gás e petróleo no país, e ameaçou radicalizar os protestos.
A decisão dos manifestantes confirmou anúncio do líder da esquerda e dos cocaleros, Evo Morales, feito horas antes, quando disse que os grupos de protestantes ligados ao MAS (Movimento ao Socialismo, de oposição) interromperiam suas manifestações.
"Nós vamos suspender os protestos, gradativamente, porque os camponeses precisam voltar a trabalhar para viver. Mas vamos dar a Rodríguez dez dias de prazo para anunciar o pleito geral ou voltaremos a bloquear as estradas", disse o líder dos camponeses, Roman Loayza, que representa os indígenas de Santa Cruz de la Sierra, Tarija, Cochabamba e outras localidades.
Sucessor
Rodríguez, que presidia o supremo Tribunal de Justiça, foi designado sucessor constitucional do demissionário Carlos Mesa, devido à renúncia dos presidentes das duas câmaras do Congresso, Hormando Vaca Díez e Mario Cossío.
Após uma breve reunião com seus ex-colegas do Supremo Tribunal , Rodríguez pediu aos setores que protagonizam os protestos uma trégua, para poder dar início a sua gestão.
Tomara "que os bolivianos marchemos em paz", declarou Rodríguez aos jornalistas diante da Corte Suprema.
A exemplo do que fez nesta quinta-feira, Rodríguez voltou a "invocar o sentido de irmandade e de paz, para que seja possível trabalhar pela solução dos conflitos que paralisam a Bolívia há quase um mês".
O novo presidente indicou que "ainda é cedo" para conhecer os nomes de seus próximos colaboradores no governo, que provavelmente terá seis meses de duração, até que sejam realizadas eleições gerais.
Com agências internacionais
Leia mais
Mineiros e agricultores da Bolívia iniciam trégua de 10 dias
Aeroporto de La Paz começa a normalizar vôos
Novo presidente da Bolívia fez carreira na área jurídica
Especial
Leia cobertura completa sobre a crise na Bolívia
Leia o que já foi publicado sobre a crise na Bolívia
Indígenas desocupam campos de petróleo na Bolívia
Publicidade
da Folha Online
Um grupo de indígenas desocupou nesta sexta-feira sete campos de petróleo da espanhola Repsol e da britânica British Petroleum no leste da Bolívia, informou a imprensa local.
Os campos haviam sido ocupados durante a onda de protestos que exigiam a nacionalização dos hidrocarbonetos, a convocação de uma Assembléia Constituinte e a antecipação de eleições gerais.
Grupos de camponeses guaranis desocuparam os campos da Repsol na região de Santa Cruz (900 km a leste de La Paz).
Outros grupos indígenas abandonaram os campos explorados pela British Petroleum, que ficam a cerca de 120 km de Santa Cruz.
Os camponeses aymarás abriram as válvulas da estação de bombeamento de Sisa Sica, na região da fronteira com o Chile, liberando o fornecimento de petróleo para a região andina e para o porto chileno de Arica.
Trégua
Nesta sexta-feira, o novo presidente da Bolívia, Eduardo Rodríguez Veltzé, 49, deu início a sua gestão e conseguiu acertar uma trégua de dez dias com os mineiros e agricultores.
Mais tarde, Abel Mamani, presidente da Federação das Juntas Vicinais de El Alto [cidade vizinha à capital La Paz], propôs uma trégua de 72 horas ao presidente Rodríguez --período em que o novo chefe de Estado deverá regularizar a nacionalização da exploração de gás e petróleo no país, e ameaçou radicalizar os protestos.
A decisão dos manifestantes confirmou anúncio do líder da esquerda e dos cocaleros, Evo Morales, feito horas antes, quando disse que os grupos de protestantes ligados ao MAS (Movimento ao Socialismo, de oposição) interromperiam suas manifestações.
"Nós vamos suspender os protestos, gradativamente, porque os camponeses precisam voltar a trabalhar para viver. Mas vamos dar a Rodríguez dez dias de prazo para anunciar o pleito geral ou voltaremos a bloquear as estradas", disse o líder dos camponeses, Roman Loayza, que representa os indígenas de Santa Cruz de la Sierra, Tarija, Cochabamba e outras localidades.
Sucessor
Rodríguez, que presidia o supremo Tribunal de Justiça, foi designado sucessor constitucional do demissionário Carlos Mesa, devido à renúncia dos presidentes das duas câmaras do Congresso, Hormando Vaca Díez e Mario Cossío.
Após uma breve reunião com seus ex-colegas do Supremo Tribunal , Rodríguez pediu aos setores que protagonizam os protestos uma trégua, para poder dar início a sua gestão.
Tomara "que os bolivianos marchemos em paz", declarou Rodríguez aos jornalistas diante da Corte Suprema.
A exemplo do que fez nesta quinta-feira, Rodríguez voltou a "invocar o sentido de irmandade e de paz, para que seja possível trabalhar pela solução dos conflitos que paralisam a Bolívia há quase um mês".
O novo presidente indicou que "ainda é cedo" para conhecer os nomes de seus próximos colaboradores no governo, que provavelmente terá seis meses de duração, até que sejam realizadas eleições gerais.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice