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23/07/2005
-
22h39
ÉRICA FRAGA
da Folha de S.Paulo, em Londres
da Folha Online
A polícia britânica matou por engano nesta sexta-feira o brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, na estação de Stockwell (sul de Londres) após confundi-lo com um terrorista ligado aos ataques da última quinta-feira na capital do Reino Unido.
Hoje, a Scotland Yard admitiu o erro e informou que o brasileiro foi atingido cinco vezes na cabeça depois de ter se recusado a obedecer a ordens da polícia de parar dentro de um vagão do metrô.
"Um homem morrer nestas circunstâncias é uma tragédia e a Polícia Metropolitana lamenta", afirmou a Scotland Yard.
Segundo a polícia britânica, ele teria saído de uma casa que era vigiada pelas forças de ordem por suspeitas de que pudesse ter um vínculo com os atentados de quinta-feira contra três estações do metrô e um ônibus.
Os ataques desta quinta-feira (21) foram registrados às 12h30 (8h30 em Brasília) nos metrôs Warren Street (centro), Oval (sul) e Shepherd's Bush (oeste). Outro artefato explodiu em um ônibus que estava em Hackney Road, próximo à Columbia Road (leste). Ninguém ficou ferido.
Antes, no dia 7 deste mês, três explosões em trens e uma em um ônibus de dois andares deixaram 52 mortos. Outras 700 pessoas ficaram feridas.
Família
Em entrevista à Folha Online neste sábado, a prima de Jean, Vivian Menezes, 21, com quem o brasileiro dividia um apartamento em Londres, se disse "indignada" com a sua morte.
"Meu primo foi vítima da incompetência, da injustiça. Ele era completamente inocente", disse.
Segundo Vivian, que chamou a morte do primo de "estupidez", Menezes correu da polícia porque estava atrasado para o trabalho.
Jean atuava como eletricista e estava na capital britânica havia cerca de três anos. Fazia apenas três meses que voltara de sua última visita ao município de Gonzaga (MG), onde vivem seus pais e familiares, para morar com Vivian e mais uma prima. "O objetivo dele era se estabelecer aqui. Ele gostava muito do país, do idioma", conta Vivian.
Itamaraty
O Itamaraty afirmou, por meio de um comunicado divulgado neste sábado, que o governo está "chocado e perplexo" com a morte do brasileiro.
De acordo com o comunicado, Menezes foi "aparentemente vítima de lamentável erro". Segundo o ministério, "o governo aguarda as explicações que as autoridades britânicas tenham a fornecer sobre as circunstâncias que teriam levado a essa tragédia".
O ministro Celso Amorim, que deveria viajar para Londres hoje, para participar de reuniões sobre a reforma da ONU (Organização das Nações Unidas), determinou à Embaixada do Brasil que solicitasse entrevista com o ministro das Relações Exteriores britânico, Jack Straw, para obter esclarecimentos sobre a morte.
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Polícia britânica mata brasileiro por engano após confundi-lo com terrorista
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da Folha de S.Paulo, em Londres
da Folha Online
A polícia britânica matou por engano nesta sexta-feira o brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, na estação de Stockwell (sul de Londres) após confundi-lo com um terrorista ligado aos ataques da última quinta-feira na capital do Reino Unido.
Hoje, a Scotland Yard admitiu o erro e informou que o brasileiro foi atingido cinco vezes na cabeça depois de ter se recusado a obedecer a ordens da polícia de parar dentro de um vagão do metrô.
"Um homem morrer nestas circunstâncias é uma tragédia e a Polícia Metropolitana lamenta", afirmou a Scotland Yard.
Segundo a polícia britânica, ele teria saído de uma casa que era vigiada pelas forças de ordem por suspeitas de que pudesse ter um vínculo com os atentados de quinta-feira contra três estações do metrô e um ônibus.
Os ataques desta quinta-feira (21) foram registrados às 12h30 (8h30 em Brasília) nos metrôs Warren Street (centro), Oval (sul) e Shepherd's Bush (oeste). Outro artefato explodiu em um ônibus que estava em Hackney Road, próximo à Columbia Road (leste). Ninguém ficou ferido.
Antes, no dia 7 deste mês, três explosões em trens e uma em um ônibus de dois andares deixaram 52 mortos. Outras 700 pessoas ficaram feridas.
Família
Em entrevista à Folha Online neste sábado, a prima de Jean, Vivian Menezes, 21, com quem o brasileiro dividia um apartamento em Londres, se disse "indignada" com a sua morte.
"Meu primo foi vítima da incompetência, da injustiça. Ele era completamente inocente", disse.
Segundo Vivian, que chamou a morte do primo de "estupidez", Menezes correu da polícia porque estava atrasado para o trabalho.
Jean atuava como eletricista e estava na capital britânica havia cerca de três anos. Fazia apenas três meses que voltara de sua última visita ao município de Gonzaga (MG), onde vivem seus pais e familiares, para morar com Vivian e mais uma prima. "O objetivo dele era se estabelecer aqui. Ele gostava muito do país, do idioma", conta Vivian.
Itamaraty
O Itamaraty afirmou, por meio de um comunicado divulgado neste sábado, que o governo está "chocado e perplexo" com a morte do brasileiro.
De acordo com o comunicado, Menezes foi "aparentemente vítima de lamentável erro". Segundo o ministério, "o governo aguarda as explicações que as autoridades britânicas tenham a fornecer sobre as circunstâncias que teriam levado a essa tragédia".
O ministro Celso Amorim, que deveria viajar para Londres hoje, para participar de reuniões sobre a reforma da ONU (Organização das Nações Unidas), determinou à Embaixada do Brasil que solicitasse entrevista com o ministro das Relações Exteriores britânico, Jack Straw, para obter esclarecimentos sobre a morte.
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