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24/07/2005 - 06h58

Polícia britânica pede desculpas à família de brasileiro morto em Londres

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da Folha Online

O chefe da Scotland Yard, Ian Blair, pediu desculpas neste domingo à família do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto pela polícia britânica na estação de Stockwell (sul de Londres), após confundi-lo com um terrorista ligado aos ataques da última quinta-feira na capital do Reino Unido.

Em entrevista à Sky News, Blair declarou que a morte de Jean foi uma "tragédia". "A polícia metropolitana aceita completa responsabilidade pelo ocorrido. Em relação à sua família, só posso expressar minhas mais profundas desculpas", disse Blair.

Família

Em entrevista à Folha Online neste sábado, a prima de Jean, Vivian Menezes, 21, com quem o brasileiro dividia um apartamento em Londres, se disse "indignada" com a sua morte.

"Meu primo foi vítima da incompetência, da injustiça. Ele era completamente inocente", disse.

Segundo Vivian, que chamou a morte do primo de "estupidez", Menezes correu da polícia porque estava atrasado para o trabalho.

Jean atuava como eletricista e estava na capital britânica havia cerca de três anos. Fazia apenas três meses que voltara de sua última visita ao município de Gonzaga (MG), onde vivem seus pais e familiares, para morar com Vivian e mais uma prima. "O objetivo dele era se estabelecer aqui. Ele gostava muito do país, do idioma", conta Vivian.

Itamaraty

O Itamaraty afirmou, por meio de um comunicado divulgado neste sábado, que o governo está "chocado e perplexo" com a morte do brasileiro.

De acordo com o comunicado, Menezes foi "aparentemente vítima de lamentável erro". Segundo o ministério, "o governo aguarda as explicações que as autoridades britânicas tenham a fornecer sobre as circunstâncias que teriam levado a essa tragédia".

O ministro Celso Amorim, que deveria viajar para Londres neste sábado, para participar de reuniões sobre a reforma da ONU (Organização das Nações Unidas), determinou à Embaixada do Brasil que solicitasse entrevista com o ministro das Relações Exteriores britânico, Jack Straw, para obter esclarecimentos sobre a morte.

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