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24/07/2005
-
20h50
da Folha Online
O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) deve se reunir com o colega britânico Jack Straw nesta segunda-feira, quando deve ouvir novas explicações sobre a morte do brasileiro Jean Charles Menezes, confundido com um terrorista na última sexta-feira.
Também nesta segunda, Amorim deverá levar pessoalmente uma mensagem de condolências à família de Jean, que foi morto com cinco tiros pela polícia em uma estação de metrô no sul de Londres.
Durante este domingo, o ministro brasileiro conversou com o subsecretário de Estado da chancelaria britânica, David Treisman, de quem ouviu a promessa de que a investigação sobre a morte será "plena".
"A garantia que me deram é de que haverá uma investigação plena. Não só das circunstâncias da morte [de Menezes], mas de todo o processo que levou a ela", disse ele.
O governo britânico ainda não liberou o corpo do brasileiro, que deverá ser enterrado no Brasil, nem tratou de uma possível indenização à família pelo assassinato.
Menezes, 27, foi confundido com um dos terroristas responsáveis pelos ataques a estações de metrôs da última quinta-feira, que não tiveram vítimas. Ele nasceu em Gonzaga (MG), mas morava há três anos em Londres, onde trabalhava legalmente como eletricista.
O chefe da Scotland Yard, Ian Blair, pediu desculpas à família do jovem. "Isso é uma tragédia. A polícia metropolitana aceita a completa responsabilidade pelo sucedido. À família só posso expressar minhas profundas desculpas", declarou Blair.
Ele, no entanto, afirmou que a polícia de Londres tem tido que tomar decisões "em circunstâncias aterradoras" neste momento e continuará a atirar em terroristas "para matar".
Já o ministro da Justiça britânico, Charles Clarke, manifestou seu "profundo pesar" à família de Menezes, mas afirmou à BBC "só ter elogios e admiração" pela maneira como a polícia cumpriu sua função no episódio, apesar da morte do brasileiro.
Questionada se as polêmicas afirmações das autoridades britânicas teriam gerado mal-estar entre representantes do governo brasileiro, a assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que não teria como fazer comentários sobre o assunto.
Durante o dia de hoje, dezenas de brasileiros que moram em Londres participaram de um protesto em frente ao Parlamento britânico para protestar contra a morte do compatriota.
Com agências internacionais
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Amorim deve ouvir explicações de colega britânico sobre morte de brasileiro
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O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) deve se reunir com o colega britânico Jack Straw nesta segunda-feira, quando deve ouvir novas explicações sobre a morte do brasileiro Jean Charles Menezes, confundido com um terrorista na última sexta-feira.
Também nesta segunda, Amorim deverá levar pessoalmente uma mensagem de condolências à família de Jean, que foi morto com cinco tiros pela polícia em uma estação de metrô no sul de Londres.
Durante este domingo, o ministro brasileiro conversou com o subsecretário de Estado da chancelaria britânica, David Treisman, de quem ouviu a promessa de que a investigação sobre a morte será "plena".
"A garantia que me deram é de que haverá uma investigação plena. Não só das circunstâncias da morte [de Menezes], mas de todo o processo que levou a ela", disse ele.
O governo britânico ainda não liberou o corpo do brasileiro, que deverá ser enterrado no Brasil, nem tratou de uma possível indenização à família pelo assassinato.
Menezes, 27, foi confundido com um dos terroristas responsáveis pelos ataques a estações de metrôs da última quinta-feira, que não tiveram vítimas. Ele nasceu em Gonzaga (MG), mas morava há três anos em Londres, onde trabalhava legalmente como eletricista.
O chefe da Scotland Yard, Ian Blair, pediu desculpas à família do jovem. "Isso é uma tragédia. A polícia metropolitana aceita a completa responsabilidade pelo sucedido. À família só posso expressar minhas profundas desculpas", declarou Blair.
Ele, no entanto, afirmou que a polícia de Londres tem tido que tomar decisões "em circunstâncias aterradoras" neste momento e continuará a atirar em terroristas "para matar".
Já o ministro da Justiça britânico, Charles Clarke, manifestou seu "profundo pesar" à família de Menezes, mas afirmou à BBC "só ter elogios e admiração" pela maneira como a polícia cumpriu sua função no episódio, apesar da morte do brasileiro.
Questionada se as polêmicas afirmações das autoridades britânicas teriam gerado mal-estar entre representantes do governo brasileiro, a assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que não teria como fazer comentários sobre o assunto.
Durante o dia de hoje, dezenas de brasileiros que moram em Londres participaram de um protesto em frente ao Parlamento britânico para protestar contra a morte do compatriota.
Com agências internacionais
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