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19/08/2005
-
19h45
da Folha Online
Em menos de uma semana, o governo israelense retirou todos os colonos de 18 dos 21 assentamentos da faixa de Gaza --o mais recente deles, Gadid, esvaziado em poucas horas nesta sexta-feira.
De acordo com o Exército pouco menos de 25% dos 8 mil colonos que viviam na região permanecem na faixa de Gaza.
O Exército suspendeu as operações de retirada dos colonos logo após o início do shabat [dia de descanso dos judeus, que se inicia ao pôr-do-sol da sexta-feira e termina no anoitecer do sábado]. A ação deve ser retomada no próximo domingo (21).
No entanto, militares ficarão a postos durante o período, para evitar a entrada ilegal de palestinos ou de colonos judeus extremistas em Gaza.
Equipes militares também cavaram valas com profundidade de até oito metros --entre as áreas ocupadas por palestinos e as que estão sendo esvaziadas-- para evitar que palestinos entrem nos assentamentos, enquanto o plano de retirada não for finalizado.
Em Gadid, soldados removeram centenas de manifestantes ultranacionalistas --em sua maioria jovens-- de uma sinagoga do assentamento, onde estavam entrincheirados, a exemplo do que aconteceu ontem nas colônias de Neve Dekalim e Kfar Darom.
Foram retirados 15 famílias de colonos e 300 ativistas do local. Ônibus da polícia os levaram para Israel.
Mas ativistas israelenses conseguiram parar um dos ônibus. De acordo com fontes militares, ao menos 15 pessoas fugiram, e entraram em território palestino, quando o veículo passava pela área próxima a Gush Katif. A polícia só conseguiu recuperar dois dos fugitivos. Os outros ainda estão sendo procurados pela polícia.
Resistência
A maioria dos colonos deixaram a região por vontade própria, antes do início da retirada à força, na última quarta-feira (17), para não perderem parte da indenização que será paga pelo governo israelense.
Na quarta-feira, soldados começaram a invadir diversas colônias para expulsar os colonos, dando fim à ocupação israelense dos territórios palestinos, que já durava 38 anos.
Segundo fontes militares, a retirada --que deveria a princípio durar um mês-- terminará em pouco mais de uma semana, já que os soldados não encontraram tanta resistência quanto era esperado.
"Na próxima terça ou quarta-feira, os últimos colonos podem ser desalojados da faixa de Gaza", afirmou o general Dan Harel, chefe do comando militar do sul de Israel.
De acordo com o Exército, as colônias de Tal Katifa, Bedolach, Kerem Atzmona, Morag, Ganei Tal, Dougit, Gadid e Netzer Hazani já estão totalmente vazias.
Outros assentamentos vazios ou quase vazios --mas que oficialmente são declarados vazios --são: Rafiah Yam, Peat Sadeh, Nissanit, Shirat Hayam, Kfar Hayam, Slav, Elei Sinai, Gan Or, Neve Dekalim e Kfar Darom.
Além das 21 colônias de Gaza, o plano de retirada israelense prevê o esvaziamento de outros quatro assentamentos do norte da Cisjordânia. Dois deles já foram completamente esvaziados.
Demolição
Nesta sexta-feira, soldados israelenses iniciaram a demolição de casas na colônia de Kerem Atzmona, ao sul da faixa de Gaza.
Segundo o acordo realizado entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), a demolição das colônias em Gaza será monitorada pelo Banco Mundial, que administra os fundos israelenses que serão usados para pagar as empresas palestinas e egípcias que participam do processo.
Depois que os trabalhos de demolição forem completados --o que pode durar "dois meses", segundo o Ministério israelense da Defesa-- uma parte dos entulhos serão usados na construção de casas palestinas em Gaza. Outra parte será enterrada na península do Sinai (Egito) ou em Gaza.
O custo estimado da operação é de cerca de US$ 46 milhões.
Com agências internacionais
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Em menos de uma semana, o governo israelense retirou todos os colonos de 18 dos 21 assentamentos da faixa de Gaza --o mais recente deles, Gadid, esvaziado em poucas horas nesta sexta-feira.
De acordo com o Exército pouco menos de 25% dos 8 mil colonos que viviam na região permanecem na faixa de Gaza.
O Exército suspendeu as operações de retirada dos colonos logo após o início do shabat [dia de descanso dos judeus, que se inicia ao pôr-do-sol da sexta-feira e termina no anoitecer do sábado]. A ação deve ser retomada no próximo domingo (21).
No entanto, militares ficarão a postos durante o período, para evitar a entrada ilegal de palestinos ou de colonos judeus extremistas em Gaza.
Reuters |
Mulher é carregada por policiais israelenses após ser retirada de sua casa em Gadid |
Em Gadid, soldados removeram centenas de manifestantes ultranacionalistas --em sua maioria jovens-- de uma sinagoga do assentamento, onde estavam entrincheirados, a exemplo do que aconteceu ontem nas colônias de Neve Dekalim e Kfar Darom.
Foram retirados 15 famílias de colonos e 300 ativistas do local. Ônibus da polícia os levaram para Israel.
Mas ativistas israelenses conseguiram parar um dos ônibus. De acordo com fontes militares, ao menos 15 pessoas fugiram, e entraram em território palestino, quando o veículo passava pela área próxima a Gush Katif. A polícia só conseguiu recuperar dois dos fugitivos. Os outros ainda estão sendo procurados pela polícia.
Resistência
A maioria dos colonos deixaram a região por vontade própria, antes do início da retirada à força, na última quarta-feira (17), para não perderem parte da indenização que será paga pelo governo israelense.
Na quarta-feira, soldados começaram a invadir diversas colônias para expulsar os colonos, dando fim à ocupação israelense dos territórios palestinos, que já durava 38 anos.
Segundo fontes militares, a retirada --que deveria a princípio durar um mês-- terminará em pouco mais de uma semana, já que os soldados não encontraram tanta resistência quanto era esperado.
"Na próxima terça ou quarta-feira, os últimos colonos podem ser desalojados da faixa de Gaza", afirmou o general Dan Harel, chefe do comando militar do sul de Israel.
De acordo com o Exército, as colônias de Tal Katifa, Bedolach, Kerem Atzmona, Morag, Ganei Tal, Dougit, Gadid e Netzer Hazani já estão totalmente vazias.
Outros assentamentos vazios ou quase vazios --mas que oficialmente são declarados vazios --são: Rafiah Yam, Peat Sadeh, Nissanit, Shirat Hayam, Kfar Hayam, Slav, Elei Sinai, Gan Or, Neve Dekalim e Kfar Darom.
Além das 21 colônias de Gaza, o plano de retirada israelense prevê o esvaziamento de outros quatro assentamentos do norte da Cisjordânia. Dois deles já foram completamente esvaziados.
Demolição
Nesta sexta-feira, soldados israelenses iniciaram a demolição de casas na colônia de Kerem Atzmona, ao sul da faixa de Gaza.
Segundo o acordo realizado entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), a demolição das colônias em Gaza será monitorada pelo Banco Mundial, que administra os fundos israelenses que serão usados para pagar as empresas palestinas e egípcias que participam do processo.
Depois que os trabalhos de demolição forem completados --o que pode durar "dois meses", segundo o Ministério israelense da Defesa-- uma parte dos entulhos serão usados na construção de casas palestinas em Gaza. Outra parte será enterrada na península do Sinai (Egito) ou em Gaza.
O custo estimado da operação é de cerca de US$ 46 milhões.
Com agências internacionais
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