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08/01/2006
-
18h36
da Folha Online
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou na noite deste sábado que considera pouco provável a hipótese de o general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar ter se suicidado. O comandante da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti, a Minustah, foi encontrado morto com um tiro ontem, no quarto de um hotel em Porto Príncipe (capital).
Segundo a agência Brasil, Amorim disse não descartar qualquer hipótese para a morte do oficial. No entanto, "nada do que tenhamos ouvido poderia prever o que aconteceu, considerando a hipótese de suicídio", afirmou.
A Folha de S.Paulo diz que a possibilidade de suicídio é tratada com extrema cautela porque, segundo o jargão militar, o general não apresentava nenhum "sintoma" e ontem teria jantado normalmente com a tropa em Porto Príncipe.
Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que leva representantes do governo federal ao Haiti deve chegar na noite deste domingo à capital do país.
No vôo, foram um delegado e dois peritos da Polícia Federal, um médico do Instituto Médico Legal do Distrito Federal e um representante da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Também partiram um general e um coronel do Exército Brasileiro e um promotor do Ministério Público Militar.
O grupo irá se juntar a Gonzalo Mello Mourão, chefe do Departamento de América do Norte e Caribe do Ministério das Relações Exteriores. O mesmo avião que leva o grupo deve trazer o corpo do oficial para o Brasil.
Missão
Ainda de acordo com a agência Brasil, os ministros de Relações Exteriores da França e do Canadá, além da secretária norte-americano de Estado, Condoleezza Rice, e do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Anan, manifestaram apoio para que o Brasil continue a frente da missão no Haiti.
"Todos demonstraram solidariedade ao Brasil e confiança de retorno à democracia. O país irá reiterar a vontade de permanecer no comando da operação", afirmou Amorim.
Uma nota divulgada ontem pelo Itamaraty segue esta mesma linha. "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reitera sua plena confiança no trabalho desenvolvido pelas tropas brasileiras no Haiti e reafirma a determinação do governo brasileiro de continuar apoiando o povo haitiano na construção da paz e normalização política daquele país", diz o texto.
A missão conta 7.500 homens procedentes de 14 países, sendo que o Brasil tem o maior contingente no país --1.213 efetivos-- seguido pelo Nepal, Jordânia e Sri Lanka, com 750 militares cada um. Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Espanha e Marrocos também contribuem com soldados.
Crise
A crise no Haiti começou em 2004, com uma rebelião na cidade de Goinaves, que depois atingiu a capital Porto Príncipe.
O conflito levou o país a sofrer intervenção da ONU, que enviou forças de paz lideradas pelo Brasil à região. A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança em fevereiro de 2004, após a queda do então presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, em meio a uma profunda crise política.
A principal preocupação agora é que haja segurança para a realização das eleições, ainda sem data definida.
Com agências internacionais e agência Brasil
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Leia o que já foi publicado sobre a morte de Urano Teixeira da Matta Bacellar
Amorim considera suicídio de general "pouco provável"
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O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou na noite deste sábado que considera pouco provável a hipótese de o general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar ter se suicidado. O comandante da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti, a Minustah, foi encontrado morto com um tiro ontem, no quarto de um hotel em Porto Príncipe (capital).
31.ago.2005/AP |
Circustâncias da morte do general Bacellar serão investigadas |
A Folha de S.Paulo diz que a possibilidade de suicídio é tratada com extrema cautela porque, segundo o jargão militar, o general não apresentava nenhum "sintoma" e ontem teria jantado normalmente com a tropa em Porto Príncipe.
Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que leva representantes do governo federal ao Haiti deve chegar na noite deste domingo à capital do país.
No vôo, foram um delegado e dois peritos da Polícia Federal, um médico do Instituto Médico Legal do Distrito Federal e um representante da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Também partiram um general e um coronel do Exército Brasileiro e um promotor do Ministério Público Militar.
O grupo irá se juntar a Gonzalo Mello Mourão, chefe do Departamento de América do Norte e Caribe do Ministério das Relações Exteriores. O mesmo avião que leva o grupo deve trazer o corpo do oficial para o Brasil.
Missão
Ainda de acordo com a agência Brasil, os ministros de Relações Exteriores da França e do Canadá, além da secretária norte-americano de Estado, Condoleezza Rice, e do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Anan, manifestaram apoio para que o Brasil continue a frente da missão no Haiti.
"Todos demonstraram solidariedade ao Brasil e confiança de retorno à democracia. O país irá reiterar a vontade de permanecer no comando da operação", afirmou Amorim.
Uma nota divulgada ontem pelo Itamaraty segue esta mesma linha. "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reitera sua plena confiança no trabalho desenvolvido pelas tropas brasileiras no Haiti e reafirma a determinação do governo brasileiro de continuar apoiando o povo haitiano na construção da paz e normalização política daquele país", diz o texto.
A missão conta 7.500 homens procedentes de 14 países, sendo que o Brasil tem o maior contingente no país --1.213 efetivos-- seguido pelo Nepal, Jordânia e Sri Lanka, com 750 militares cada um. Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Espanha e Marrocos também contribuem com soldados.
Crise
A crise no Haiti começou em 2004, com uma rebelião na cidade de Goinaves, que depois atingiu a capital Porto Príncipe.
O conflito levou o país a sofrer intervenção da ONU, que enviou forças de paz lideradas pelo Brasil à região. A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança em fevereiro de 2004, após a queda do então presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, em meio a uma profunda crise política.
A principal preocupação agora é que haja segurança para a realização das eleições, ainda sem data definida.
Com agências internacionais e agência Brasil
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