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07/01/2006
-
22h21
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera que a ONU (Organização das Nações Unidas) conduza uma investigação "imediata e ampla" sobre a morte do general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar, comandante da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti. A informação foi divulgada na noite deste sábado, em uma nota do Itamaraty.
Bacellar foi encontrado morto na manhã deste sábado no quarto do hotel onde estava hospedado, em Porto Príncipe --a agência de notícias Efe afirma que ele foi atingido por um tiro na cabeça.
Membros da ONU cogitam a hipótese de suicídio, mas a informação ainda não foi confirmada pelo Exército brasileiro. Segundo declaração do tenente coronel Fernando da Cunha Matos à agência Brasil, o general morreu em um "acidente com arma de fogo".
O traslado do corpo ao Brasil será feito pela FAB (Força Aérea Brasileira) ainda neste domingo. O mesmo avião que transportará uma delegação brasileira até o país, para participar das investigações, deve trazer o corpo de volta.
Lula orientou o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a expor ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, as expectativas do governo brasileiro em relação a esta investigação "imediata e ampla". Também pediu que a equipe dos órgãos brasileiros envolvidos se desloque imediatamente ao Haiti --a missão parte neste domingo.
A nota do Itamaraty diz também que Bacellar era conhecido por seu "preparo e competência", e "vinha conduzindo com excelência e grande responsabilidade a difícil tarefa de comandar" a missão brasileira no Haiti.
Suicídio
Um militar da Força da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, a Minustah, que pediu anonimato, disse à agência de notícia France Presse que "o general disparou uma bala na boca". O porta-voz da Minustah, Damian Onses-Cardona, rejeitou dar explicações sobre as circunstâncias da morte do oficial.
Em entrevista por telefone à BBC, o embaixador do Brasil no Haiti, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, disse que o general estava tenso, embora não desse sinais de "grande depressão" antes da sua morte.
Como prováveis motivos para esta tensão, o embaixador mencionou a falta de segurança e a indefinição eleitoral no país. A realização do que seriam as primeiras eleições desde a queda do então presidente Jean Bertrand Aristide já foi adiada quatro vezes.
Apesar da morte do general e deste cenário tenso, o Brasil não tem a intenção de deixar a missão. "O presidente reitera sua plena confiança no trabalho desenvolvido pelas tropas brasileiras no Haiti e reafirma a determinação do governo brasileiro de continuar apoiando o povo haitiano na construção da paz e normalização política daquele país", diz o comunicado do Itamaraty.
A missão conta 7.500 homens procedentes de 14 países, sendo que o Brasil tem o maior contingente no país --1.213 efetivos-- seguido pelo Nepal, Jordânia e Sri Lanka, com 750 militares cada um. Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Espanha e Marrocos também contribuem com soldados.
Crise
A crise no Haiti começou em 2004, com uma rebelião na cidade de Goinaves, que depois atingiu a capital Porto Príncipe.
O conflito levou o país a sofrer intervenção da ONU, que enviou forças de paz lideradas pelo Brasil à região. A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança em fevereiro de 2004, após a queda do então presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, em meio a uma profunda crise política.
A principal preocupação agora é que haja segurança para a realização das eleições, ainda sem data definida.
Com agências internacionais e agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera que a ONU (Organização das Nações Unidas) conduza uma investigação "imediata e ampla" sobre a morte do general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar, comandante da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti. A informação foi divulgada na noite deste sábado, em uma nota do Itamaraty.
Bacellar foi encontrado morto na manhã deste sábado no quarto do hotel onde estava hospedado, em Porto Príncipe --a agência de notícias Efe afirma que ele foi atingido por um tiro na cabeça.
AP |
Imagem de TV mostra o corpo do general Urano Teixeira da Matta Bacellar em quarto de hotel |
O traslado do corpo ao Brasil será feito pela FAB (Força Aérea Brasileira) ainda neste domingo. O mesmo avião que transportará uma delegação brasileira até o país, para participar das investigações, deve trazer o corpo de volta.
Lula orientou o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a expor ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, as expectativas do governo brasileiro em relação a esta investigação "imediata e ampla". Também pediu que a equipe dos órgãos brasileiros envolvidos se desloque imediatamente ao Haiti --a missão parte neste domingo.
A nota do Itamaraty diz também que Bacellar era conhecido por seu "preparo e competência", e "vinha conduzindo com excelência e grande responsabilidade a difícil tarefa de comandar" a missão brasileira no Haiti.
Suicídio
Um militar da Força da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, a Minustah, que pediu anonimato, disse à agência de notícia France Presse que "o general disparou uma bala na boca". O porta-voz da Minustah, Damian Onses-Cardona, rejeitou dar explicações sobre as circunstâncias da morte do oficial.
Em entrevista por telefone à BBC, o embaixador do Brasil no Haiti, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, disse que o general estava tenso, embora não desse sinais de "grande depressão" antes da sua morte.
Como prováveis motivos para esta tensão, o embaixador mencionou a falta de segurança e a indefinição eleitoral no país. A realização do que seriam as primeiras eleições desde a queda do então presidente Jean Bertrand Aristide já foi adiada quatro vezes.
Apesar da morte do general e deste cenário tenso, o Brasil não tem a intenção de deixar a missão. "O presidente reitera sua plena confiança no trabalho desenvolvido pelas tropas brasileiras no Haiti e reafirma a determinação do governo brasileiro de continuar apoiando o povo haitiano na construção da paz e normalização política daquele país", diz o comunicado do Itamaraty.
31.ago.2005/AP |
Circustâncias da morte do general Bacellar serão investigadas |
Crise
A crise no Haiti começou em 2004, com uma rebelião na cidade de Goinaves, que depois atingiu a capital Porto Príncipe.
O conflito levou o país a sofrer intervenção da ONU, que enviou forças de paz lideradas pelo Brasil à região. A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança em fevereiro de 2004, após a queda do então presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, em meio a uma profunda crise política.
A principal preocupação agora é que haja segurança para a realização das eleições, ainda sem data definida.
Com agências internacionais e agência Brasil
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