Publicidade
Publicidade
18/02/2006
-
15h00
da Folha Online
Mais de 15 mil pessoas protestaram neste sábado no centro de Londres contra a publicação das charges do profeta Maomé em jornais europeus, que causaram violentos protestos em vários países islâmicos.
Ontem, onze pessoas morreram --entre elas, quatro estrangeiros-- e outras 35 ficaram feridas em violentos protestos na em frente ao consulado italiano na Líbia, anunciou neste sábado o governo líbio.
Ônibus traziam manifestantes de várias cidades do Reino Unido até o Trafalgar Square, que marcharam até o Hyde Park, onde se dispersaram no final da tarde. Não houve registro de violência nem de prisões.
Segundo a polícia, 15 mil pessoas participaram da manifestação. Os organizadores estimam que havia 40 mil manifestantes no local.
"Todos os muçulmanos acreditam no conceito básico de nossa fé, que é a importância de Maomé para suas vidas", afirmou Taji Mustafa,porta-voz do Comitê de Ação Muçulmana, que organizou o evento. "Portanto, quando ele é ridicularizado, os mais novos e os mais velhos são profundamente afetados. Enquanto estes abusos existirem, os protestos continuarão."
Segundo Mustafa, as charges são similares aos ataques contra os judeus em publicações européias na década de 30. "Agora, a comunidade muçulmana está sendo desrespeitada, então, precisamos nos manifestar, para evitar que aconteça novamente algo como o Holocausto", diz.
Protesto
Os manifestantes iniciaram a passeata com uma hora de atraso, para que pudessem rezar em uma área de orações.
Durante a marcha, as pessoas eram separadas por sexo, com os homens à frente e as mulheres atrás. Alguns manifestantes usavam trajes muçulmanos, inclusive algumas mulheres que cobriam os rostos com véus. Outros utilizavam trajes ocidentais, como calças jeans e camisetas.
O que aconteceu não deveria ter acontecido", afirmou Younas Yousas, 33, um dos manifestantes. "A liberdade de expressão deles deveria ser controlada porque fere a nossa religião", diz.
Manifestantes carregavam placas que diziam "A Europa não respeita as outras culturas" e "Não se ensina boas maneiras na Dinamarca?"
Polêmica
Os desenhos foram publicados pela primeira vez em 30 de setembro no jornal "Jyllands Posten".
Posteriormente, foram reproduzidos em jornais da África do Sul, Alemanha, Austrália, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Fiji, Holanda, Hungria, Iêmen, Itália, Japão, Jordânia, Malásia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Suíça e Ucrânia.
A publicação causou violentos protestos em vários países muçulmanos, como no Afeganistão, em Bangladesh, no Egito, na Índia, na Indonésia, em Gaza, no Paquistão e na Turquia.
Com agências internacionais
Leia mais
Ministro que usou camiseta estampada com charge renuncia na Itália
Polícia fere quatro em protestos contra charges no Paquistão
Saiba mais sobre os protestos contra caricaturas de Maomé
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as charges de Maomé
Mais de 15 mil protestam contra charges de Maomé em Londres
Publicidade
Mais de 15 mil pessoas protestaram neste sábado no centro de Londres contra a publicação das charges do profeta Maomé em jornais europeus, que causaram violentos protestos em vários países islâmicos.
Ontem, onze pessoas morreram --entre elas, quatro estrangeiros-- e outras 35 ficaram feridas em violentos protestos na em frente ao consulado italiano na Líbia, anunciou neste sábado o governo líbio.
Reuters |
Manifestantes protestam contra publicação de charges de Maomé em Londres |
Segundo a polícia, 15 mil pessoas participaram da manifestação. Os organizadores estimam que havia 40 mil manifestantes no local.
"Todos os muçulmanos acreditam no conceito básico de nossa fé, que é a importância de Maomé para suas vidas", afirmou Taji Mustafa,porta-voz do Comitê de Ação Muçulmana, que organizou o evento. "Portanto, quando ele é ridicularizado, os mais novos e os mais velhos são profundamente afetados. Enquanto estes abusos existirem, os protestos continuarão."
Segundo Mustafa, as charges são similares aos ataques contra os judeus em publicações européias na década de 30. "Agora, a comunidade muçulmana está sendo desrespeitada, então, precisamos nos manifestar, para evitar que aconteça novamente algo como o Holocausto", diz.
Protesto
Os manifestantes iniciaram a passeata com uma hora de atraso, para que pudessem rezar em uma área de orações.
Durante a marcha, as pessoas eram separadas por sexo, com os homens à frente e as mulheres atrás. Alguns manifestantes usavam trajes muçulmanos, inclusive algumas mulheres que cobriam os rostos com véus. Outros utilizavam trajes ocidentais, como calças jeans e camisetas.
O que aconteceu não deveria ter acontecido", afirmou Younas Yousas, 33, um dos manifestantes. "A liberdade de expressão deles deveria ser controlada porque fere a nossa religião", diz.
Manifestantes carregavam placas que diziam "A Europa não respeita as outras culturas" e "Não se ensina boas maneiras na Dinamarca?"
Polêmica
Os desenhos foram publicados pela primeira vez em 30 de setembro no jornal "Jyllands Posten".
Posteriormente, foram reproduzidos em jornais da África do Sul, Alemanha, Austrália, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Fiji, Holanda, Hungria, Iêmen, Itália, Japão, Jordânia, Malásia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Suíça e Ucrânia.
A publicação causou violentos protestos em vários países muçulmanos, como no Afeganistão, em Bangladesh, no Egito, na Índia, na Indonésia, em Gaza, no Paquistão e na Turquia.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice