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27/06/2006
-
11h12
da Folha Online
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, chegaram a um acordo para reconhecer o Estado de Israel implicitamente, o que pode pôr fim à crise dentro do governo palestino, que já dura semanas e deixou mortos e feridos entre membros de dois partidos políticos e grupos terroristas, Hamas e Fatah [este último ligado à ANP].
Até agora, o Hamas [no governo desde que foi eleito democraticamente, em janeiro deste ano] se negava a reconhecer a existência de Israel e pregava sua destruição.
O documento firmado entre o Hamas e a ANP, chamado de Plano dos Prisioneiros, deve ser assinado ainda hoje, mas não há informações detalhadas sobre a forma como foi redigido o texto. Também não foi informado se Abbas cancelará o referendo popular que tinha convocado para 26 de julho sobre o plano.
O Plano dos Prisioneiros, entre outras coisas, prevê a criação de um Estado palestino nas fronteiras determinadas antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967. Este ponto supõe o reconhecimento implícito do Estado de Israel.
A notícia, que apareceu de surpresa, pode sinalizar também o fim do seqüestro de um soldado israelense ocorrido no último domingo (25). Em uma ação ousada, membros de grupos terroristas palestinos invadiram área de controle israelense através de um túnel. O saldo da ação palestina contra militares israelenses, a mais bem-sucedida em 12 anos, foi quatro mortos [dois extremistas palestinos e dois soldados israelense] e um soldado seqüestrado. O Exército de Israel aguarda ordem para invadir os territórios palestinos para libertar o soldado raptado.
A iniciativa do documento Plano dos Presos é de Marwan Barghuti, político carismático e muito popular [do Fatah] que cumpre uma condenação de prisão perpétua em uma cadeia israelense. As coisas começaram a tomar um rumo incerto no momento em que presos do Hamas e do Jihad Islâmico mudaram de idéia e decidiram retirar seu apoio ao plano, derrubando o caráter de consenso entre os grupos.
A tensão entre os governos palestino e israelense tornou-se mais latente desde que o grupo radical Hamas assumiu o poder. Desde então, a crise econômica, que sempre castigou os territórios palestinos, aumentou. Após a vitória do Hamas, foi cortada a ajuda estrangeira que compõe metade do Orçamento da ANP --US$ 1,5 bilhão, aproximadamente.
Com agências internacionais
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, chegaram a um acordo para reconhecer o Estado de Israel implicitamente, o que pode pôr fim à crise dentro do governo palestino, que já dura semanas e deixou mortos e feridos entre membros de dois partidos políticos e grupos terroristas, Hamas e Fatah [este último ligado à ANP].
Até agora, o Hamas [no governo desde que foi eleito democraticamente, em janeiro deste ano] se negava a reconhecer a existência de Israel e pregava sua destruição.
O documento firmado entre o Hamas e a ANP, chamado de Plano dos Prisioneiros, deve ser assinado ainda hoje, mas não há informações detalhadas sobre a forma como foi redigido o texto. Também não foi informado se Abbas cancelará o referendo popular que tinha convocado para 26 de julho sobre o plano.
O Plano dos Prisioneiros, entre outras coisas, prevê a criação de um Estado palestino nas fronteiras determinadas antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967. Este ponto supõe o reconhecimento implícito do Estado de Israel.
A notícia, que apareceu de surpresa, pode sinalizar também o fim do seqüestro de um soldado israelense ocorrido no último domingo (25). Em uma ação ousada, membros de grupos terroristas palestinos invadiram área de controle israelense através de um túnel. O saldo da ação palestina contra militares israelenses, a mais bem-sucedida em 12 anos, foi quatro mortos [dois extremistas palestinos e dois soldados israelense] e um soldado seqüestrado. O Exército de Israel aguarda ordem para invadir os territórios palestinos para libertar o soldado raptado.
A iniciativa do documento Plano dos Presos é de Marwan Barghuti, político carismático e muito popular [do Fatah] que cumpre uma condenação de prisão perpétua em uma cadeia israelense. As coisas começaram a tomar um rumo incerto no momento em que presos do Hamas e do Jihad Islâmico mudaram de idéia e decidiram retirar seu apoio ao plano, derrubando o caráter de consenso entre os grupos.
A tensão entre os governos palestino e israelense tornou-se mais latente desde que o grupo radical Hamas assumiu o poder. Desde então, a crise econômica, que sempre castigou os territórios palestinos, aumentou. Após a vitória do Hamas, foi cortada a ajuda estrangeira que compõe metade do Orçamento da ANP --US$ 1,5 bilhão, aproximadamente.
Com agências internacionais
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