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28/06/2006 - 19h14

Tropas de Israel prendem ministro palestino membro do Hamas

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da Folha Online

Tropas israelenses prenderam na madrugada desta quinta-feira (noite de quarta-feira no Brasil) o ministro palestino do Trabalho, Mohammed Barghouti, em um posto de controle na região de Ramallah, na Cisjordânia, informaram fontes da segurança palestina e pessoas ligadas à autoridade palestina.

Barghouti, que é membro do movimento islâmico extremista Hamas, foi parado e levado pelos soldados de Israel quando seguia de carro para o norte de Ramallah. O Exército se recusou a fazer qualquer comentário, alegando que a operação militar ainda estava em curso.

Responsáveis pelos serviços de segurança palestinos afirmaram também que cerca de 50 veículos militares israelenses entraram em Ramallah na noite de quarta-feira, como parte da ofensiva de Israel para resgatar um soldado seqüestrado por extremistas palestinos.

Aviões do Exército israelense começaram a lançar panfletos no norte da faixa de Gaza aconselhando a população palestina a não se movimentar pela região, informou a rádio pública israelense.

Nos folhetos, o Exército afirma que, se não quiserem ser feridos, os palestinos da região devem ficar em casa. A medida acontece após a decisão do ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, de aprovar a ampliação da operação israelense em Gaza.

Um militar de alta patente israelense, que pediu para não ter o nome revelado, confirmou que Peretz havia "dado sinal verde ao prosseguimento da operação" e que existe a possibilidade de que novas tropas entrem no território palestino "nas próximas horas".

Um helicóptero israelense lançou mísseis contra um alvo no sul da faixa de Gaza nesta quarta-feira, um dia depois de Israel ter iniciado uma ofensiva militar terrestre no território para pressionar pela libertação do soldado seqüestrado.

O Exército israelense confirmou ter promovido um ataque aéreo contra uma fábrica de armamentos em Khan Younis. "Nossos aviões atacaram um prédio em Khan Yunes, que servia para guardar armas e de local para a fabricação de foguetes", afirmou a porta-voz do Exército.

De acordo com testemunhas e autoridades dos serviços de segurança palestinos, ao menos dois mísseis israelenses atingiram um campo aberto utilizado como área de treinamento do grupo islâmico extremista Hamas, sem deixar vítimas.

O soldado Gilad Shalit, 19, foi seqüestrado no domingo (25), em um ataque contra um posto militar israelense em Kerem Shalom, na região da fronteira com Gaza.

Ontem --apenas dois dias depois do primeiro seqüestro-- o grupo extremista Comitês de Resistência Popular anunciou que mantém como refém o colono israelense Eliyahu Pinchas Asheri, 18, também desaparecido no domingo (25).

Asheri, estudante que mora no assentamento judaico de Itamar, na Cisjordânia, foi visto pela última vez na noite de domingo (25) tentando pegar uma carona perto de Beitar.

Nesta quarta-feira, o porta-voz do grupo, Abu Abir, mostrou um documento do refém durante uma coletiva de imprensa em Gaza. O cartão de identidade mostrado exibia o número de identificação e a data de nascimento corretas, o que levou autoridades de Israel a acreditar que ele é autêntico.

Abir não forneceu informações sobre o estado de saúde de Asheri, mas reiterou a ameaça de matar o colono caso Israel não interrompa a operação em Gaza e retire suas tropas da região.

Nesta quarta-feira, as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa --grupo armado ligado ao Fatah--- anunciaram que mantém em cativeiro um terceiro refém israelense.

Um comunicado assinado por Abu Fouad, porta-voz das Brigadas em Gaza, diz que o grupo mantém refém um israelense não-identificado de 62 anos, que seria morador da cidade de Rishon Lezion. De acordo com o anúncio, o homem foi seqüestrado na segunda-feira (26).

Segundo o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld, há relatos do desaparecimento de um morador de 62 anos da região na segunda-feira. No entanto, a polícia não confirmou o seqüestro.

Com agências internacionais

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