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29/06/2006 - 14h00

Israel suspende ofensiva, mas mantém soldados em Gaza

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da Folha Online

Forças de defesa israelenses suspenderam uma nova ofensiva militar que teria início na faixa de Gaza nesta quinta-feira, depois que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, se reuniu com o ministro da Defesa, Amir Peretz, e com autoridades da área de segurança.

Tanques e homens armados do Exército de Israel, que deveriam receber ordens para entrar em Beit Hanun durante a noite, receberam instruções para permanecer em suas posições.

"Nós nos encontramos em um momento crítico das novas regras do jogo contra as organizações terroristas", afirmou Peretz . "Qualquer operação terá que ser cuidadosamente examinada".

Anteriormente, Peretz havia autorizado a continuidade da incursão em Gaza e pedido que as tropas monitorassem a situação humanitária na faixa de Gaza.

Segundo o jornal israelense "Haaretz", o adiamento da ação militar é uma resposta a um pedido do Egito para que Israel suspenda a ofensiva e tente uma negociação diplomática pela libertação do soldado Gilad Shalit, 19, seqüestrado por extremistas no último domingo (25).

As forças de Israel não suspenderam totalmente as atividades militares em Gaza, mas adiaram o início de novas ofensivas neste momento. A incursão militar foi detonada no sul de Gaza na noite de terça-feira (27), com um ataque aéreo que destruiu pontes e uma estação elétrica.

Segundo Israel, o objetivo da operação, batizada de "Chuva de Verão", é resgatar Shalit.

Morte

Milhares de pessoas compareceram nesta quinta-feira ao funeral do colono judeu Eliyahu Pinchas Asheri, 18, morto por extremistas palestinos após ser seqüestrado no domingo (25).

O corpo de Asheri foi encontrado enterrado em Ramallah, na Cisjordânia. Seu seqüestro foi reivindicado pelo grupo Comitês de Resistência Popular (PRC, na sigla em inglês), que também seria responsável pelo seqüestro do soldado Gilad Shalit, 19.

O colono, que morava no assentamento de Itamar, na Cisjordânia, foi visto pela última vez no domingo, tentando pegar uma carona perto de Beitar.

Agentes do Shin Bet e membros das forças especiais do Exército encontraram seu corpo e concluíram que o refém foi morto com um tiro na cabeça pouco depois de seu seqüestro.

Na manhã desta quarta-feira, o porta-voz do PRC mostrou o documento de identidade de Asheri e afirmou que ele seria "executado em frente às câmeras de TV" se Israel não desse fim à ação militar em Gaza. Agentes de segurança suspeitavam de que o colono já estivesse morto.

Prisões

Forças de segurança de Israel prenderam mais de 30 membros do governo liderado pelo Hamas [grupo terrorista e partido político] nesta quinta-feira, em uma medida que o grupo qualificou como uma "tentativa de derrubar" a atual liderança palestina.

Entre os membros do Hamas detidos por Israel, estão cerca de dez ministros e mais de 20 deputados, além dos prefeitos das cidades de Jenin e Kalkilia.

O ministro do Interior de Israel, Ronie Bar On, negou que as lideranças do Hamas serão usadas como moeda de troca para resgatar o soldado. 'Eles foram detidos sob suspeita de participação em atividades terroristas contra Israel', disse.

As forças de segurança israelense também detiveram mais de 20 ativistas do grupo extremista Jihad Islâmico e de outras facções na Cisjordânia. Entre os detidos, está um suspeito de participação no seqüestro de Asheri.

Soldado

Seqüestrado também no domingo, durante um ataque de extremista a um posto militar em Kerem Shalom, na fronteira com Gaza, Shalit continua desaparecido.

Na terça-feira, o porta-voz do PRC, Mohammed Abdel Al, disse que o soldado está em um local seguro. Ontem, as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa --grupo armado ligado ao Fatah--- anunciaram que mantém em cativeiro um terceiro refém israelense.

Segundo fontes da segurança de Israel, os seqüestros em série podem estar sendo usados pelas facções palestinas para espalhar "medo e desinformação".

Forças israelenses lançaram mísseis na região de Khan Yunis nesta quinta-feira. Segundo fontes palestinas, um veículo foi atingido no ataque, cujo alvo seria um centro de treinamento de extremistas. Não houve registro de vítimas.

Segundo o "Haaretz", Shalit está sendo mantido em cativeiro no campo de refugiados de Khan Yunis, no sul de Gaza.

Com agências internacionais

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