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06/07/2006
-
14h22
da Folha Online
O candidato conservador à Presidência do México, Felipe Calderón, conseguiu uma reviravolta na recontagem dos votos na madrugada desta quianta-feira e ultrapassou seu rival (35,83%), López Obrador (35,78%), que prometeu levar a decisão às ruas e à Justiça.
Até o momento, foram apuradas 99,6% das seções de todo o país. Desde que foram fechados os centros de votação no último domingo (2), uma série de dúvidas a respeito da transparência do processo eleitoral passou a circular pelo país.
López Obrador disse nesta quinta-feira que impugnará as eleições do último domingo (2) e exigirá ao Tribunal Eleitoral da Federação que faça uma apuração "voto a voto".
"Decidimos impugnar o processo eleitoral e recorrer ao tribunal para uma apuração dos votos, porque não podemos aceitar os resultados fornecidos pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE).Existem muitas irregularidades", afirmou Obrador."
A imagem do IFE foi abalada depois que um repórter fotográfico mexicano encontrou atas de votação e outros materiais eleitorais em um depósito de lixo no interior do Distrito Federal.
O candidato da esquerda criticou o IFE por ter apurado "em apenas 24 horas" a votação de domingo, quando ele pediu que "levasse todo o tempo possível" para cumprir essa tarefa.
No próximo sábado (8), López Obrador liderará uma manifestação com seus seguidores na Cidade do México para exigir a revisão da apuração.
Dupla vitória
Um dia após as eleições os principais canais de televisão do país entrevistaram Calderón, que se autoproclamou presidente do país e anunciou sua proposta de "pacto nacional". Obrador também comemorou vitória.
Ontem o partido governista Ação Nacional do México (PAN) denunciou que o esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD) estava atrasando ao máximo a contagem oficial dos resultados presidenciais, sobretudo nos Estados que favorecem o candidato conservador Calderón.
O IFE ainda não determinou quanto tempo levará para finalizar a apuração. Se após a contagem das atas algum dos partidos políticos apelarem da decisão, o Tribunal Eleitoral do Poder Judicial da Federação (Trife) é quem se encarregará de legitimar a eleição.
Se assim for, a dúvida sobre quem será o próximo presidente do México se estenderá até o mês de setembro.
Com agências internacionais
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Até o momento, foram apuradas 99,6% das seções de todo o país. Desde que foram fechados os centros de votação no último domingo (2), uma série de dúvidas a respeito da transparência do processo eleitoral passou a circular pelo país.
López Obrador disse nesta quinta-feira que impugnará as eleições do último domingo (2) e exigirá ao Tribunal Eleitoral da Federação que faça uma apuração "voto a voto".
"Decidimos impugnar o processo eleitoral e recorrer ao tribunal para uma apuração dos votos, porque não podemos aceitar os resultados fornecidos pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE).Existem muitas irregularidades", afirmou Obrador."
A imagem do IFE foi abalada depois que um repórter fotográfico mexicano encontrou atas de votação e outros materiais eleitorais em um depósito de lixo no interior do Distrito Federal.
O candidato da esquerda criticou o IFE por ter apurado "em apenas 24 horas" a votação de domingo, quando ele pediu que "levasse todo o tempo possível" para cumprir essa tarefa.
No próximo sábado (8), López Obrador liderará uma manifestação com seus seguidores na Cidade do México para exigir a revisão da apuração.
Dupla vitória
Um dia após as eleições os principais canais de televisão do país entrevistaram Calderón, que se autoproclamou presidente do país e anunciou sua proposta de "pacto nacional". Obrador também comemorou vitória.
Ontem o partido governista Ação Nacional do México (PAN) denunciou que o esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD) estava atrasando ao máximo a contagem oficial dos resultados presidenciais, sobretudo nos Estados que favorecem o candidato conservador Calderón.
O IFE ainda não determinou quanto tempo levará para finalizar a apuração. Se após a contagem das atas algum dos partidos políticos apelarem da decisão, o Tribunal Eleitoral do Poder Judicial da Federação (Trife) é quem se encarregará de legitimar a eleição.
Se assim for, a dúvida sobre quem será o próximo presidente do México se estenderá até o mês de setembro.
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