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13/07/2006 - 12h25

Governo do Líbano pede cessar-fogo e fim de ataques de Israel

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da Folha Online

O ministro da Informação libanês, Ghazi al Aridi, afirmou hoje que seu país deseja um cessar-fogo e o fim da ação de Israel no sul do país. Até o momento, Israel não se manifestou sobre a proposta.

A recente onda de violência entre Israel e Líbano, iniciada após a morte de oito soldados israelenses e o seqüestro de outros dois ontem, pelo grupo terrorista libanês Hizbollah, já deixou várias vítimas de ambos os lados: um morto e 90 feridos em Israel contra 47 mortos e 103 feridos no Líbano.

"O Líbano pede um cessar-fogo compreensivo e o fim da agressão israelense", afirmou Aridi, após uma reunião de emergência no gabinete libanês. Segundo ele, o governo deve se reunir novamente nesta quinta-feira para elaborar um comunicado.

O ministro libanês de Assuntos Sociais, Mila Mawad, afirmou hoje que o governo se prepara para anunciar uma proposta de cessar-fogo ao Hizbollah e a Israel, que deve requerer a libertação dos soldados israelenses seqüestrados nesta quarta-feira pelo grupo extremista.

Questionado por que o governo libanês não desarma o Hizbollah, Mawad disse que o grupo foi convidado a fazer parte do governo para que seus membros se "integrem" ao país.

Aparentemente, a ação do Hizbollah tem a intenção de pressionar pela libertação do extremista Samir al Quntar, que cumpre 542 anos de prisão por um seqüestro ocorrido em 1979, no qual o israelense Danny Haran, 28, e sua filha de quatro anos foram mortos.

O Hizbollah exige a libertação de Al Quntar e de outros prisioneiros libaneses detidos em Israel em troca da libertação dos soldados. Autoridades israelenses rejeitaram a exigência.

Ataques

Israel intensificou a ofensiva na região nesta quinta-feira. Um bloqueio naval foi imposto e uma rede de TV ligada ao Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano] foi bombardeada.

Mísseis israelenses foram lançados contra o aeroporto internacional de Beirute, forçando seu fechamento e o desvio dos vôos para Chipre.

Foi a primeira vez desde a invasão israelense do Líbano, em 1982, que o aeroporto foi atingido por Israel. Em 1968, Israel explodiu 13 aviões de passageiros em Beirute, em retaliação ao ataque de militantes libaneses contra um avião israelense em Atenas.

Ontem, várias estradas e pontes da região foram bombardeadas. A crise teve início nesta quarta-feira, depois que o Hizbollah anunciou o seqüestro de dois soldados israelenses.

Brasileiros

O casal de libaneses naturalizado brasileiro Akil Merhei e Ahlam Jabir e seus dois filhos nascidos no Brasil-- um menino de oito anos e uma menina de quatro-- morreram na noite desta quarta-feira em um ataque aéreo de Israel contra Srifa, no sul do Líbano.

De acordo com o Itamaraty, não houve pedido de assistência consular por parte de parentes dos quatro brasileiros mortos, mas o Ministério acompanha o caso.

Em março deste ano, um ataque suicida na Cisjordânia causou a morte de quatro pessoas, entre elas a brasileira Helena Halevy, 59, [ou Illana Halevy, como era chamada em Israel] e seu marido, o israelense Rafi Halevy, 63. O casal morreu na explosão do veículo em que viajavam após terem oferecido carona a um terrorista palestino disfarçado de judeu ortodoxo.

Com agências internacionais

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