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16/07/2006 - 17h35

População de Israel diz que ajuda do Exército não é suficiente

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da Efe, em Haifa

A população do norte de Israel afirmou hoje que a ajuda oferecida pelo Exército não está sendo suficiente para enfrentar os ataques realizados pelo grupo terrorista Hisbollah.

A funcionária de um hotel afirmou que não sabe como retornar para sua casa neste domingo, pois o transporte público está funcionando de forma irregular.

Os foguetes lançados pelo Hisbollah que hoje caíram em Haifa, terceira principal cidade de Israel, surpreenderam a população por sua capacidade de destruição. Além disso, oito funcionários do serviço ferroviário morreram enquanto trabalhavam por causa dos ataques.

Guiora, um dos poucos vendedores que não fecharam suas lojas no monte Carmelo, disse que "se o Exército tivesse lançado uma advertência clara sobre o perigo de foguetes os funcionários não teriam morrido".

"Ninguém nos disse que não fôssemos trabalhar e sabiam que era possível acontecer isto", declarou.

O Exército israelense tem uma força especial de Defesa Civil, responsável por dirigir as operações de proteção à população.

É esse comando que toca os alarmes antiaéreos, que se encarrega de preparar o fornecimento de alimentos e medicamentos para civis e que coordena as operações de resgate após o impacto de mísseis.

No caso dos alarmes, apenas hoje Haifa entrou no dispositivo automático, pois no modo manual os foguetes caíam antes que ele tocasse.

Menos protegido está o norte da fronteira de Israel, onde o vôo de um foguete que vem do sul do Líbano dura menos de 30 segundos. Nesta área é a polícia que patrulha as ruas e anuncia para a população quando deve buscar refúgio.

"Até recebermos o aviso do Exército, os primeiros foguetes já caíram", disse há poucos dias um agente da cidade de Nahariya que não quis revelar sua identidade.

A falta de coordenação entre o comando da Defesa Civil, a polícia e as prefeituras causou o desabastecimento progressivo da população em algumas regiões afastadas como Metula e Kiryat Shmona.

No fim de semana, o Exército israelense chegou com caminhões aos dois pequenos povoados para fornecer alimentos, porém a população de Haifa, de cerca de 250 mil habitantes, se pergunta o que deve fazer quando farmácias, supermercados e outros serviços básicos estão fechados.

Para avaliar a situação na região, o ministro da Defesa, Amir Peretz, se reuniu hoje em Haifa com o prefeito Yona Yahav e com o chefe do comando de Defesa Civil, general Itzjak Guershon.

Mais confusa ainda está a população que mora entre Haifa e Tel Aviv, que recebeu a ordem de "ficar em alerta".

A coordenadora de um dos acampamentos de verão na cidade de Kfar Saba (nordeste de Tel Aviv) disse que ainda não receberam ordens de que se devem ou não cancelar suas atividades, o que complica ainda mais a situação, pois muitas pessoas dependem deles para chegarem a seus postos de trabalho.

O Exército israelense não descarta um possível ataque contra Tel Aviv e "leva em consideração que qualquer arma do Irã ou da Síria pode estar em poder do Hisbollah", afirmam fontes militares.

A imprensa local também se juntou às denúncias dos cidadãos e pediu ao Exército que seja muito mais claro em suas instruções.

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