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18/07/2006 - 08h51

Novas ações de Israel matam 23 no Líbano; Hizbollah lança foguetes

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da Folha Online

Aviões israelenses lançaram novos ataques no sul do Líbano nesta terça-feira, matando ao menos 23 pessoas, após uma semana de conflito entre Israel e o Hizbollah na região. O Exército israelense informou hoje que a ofensiva ainda pode durar semanas.

Nesta terça-feira, nove membros da mesma família --entre eles, crianças-- morreram e quatro ficaram feridos após um ataque aéreo de Israel na vila de Aitaroun. Uma operação na região de Jamhour, ao leste de Beirute, matou dez soldados libaneses e feriu outros 30.

Quatro pessoas morreram em outras partes do sul do país. Com as novas mortes, o número de vítimas no Líbano chega a cerca de 223. Ao menos 20 israelenses foram mortos até agora.

Reuters
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Os feridos somam 600, cerca de 300 em cada país. O casal de libaneses naturalizado brasileiro Akil Merhei, 34, e Ahlam Jabir, 28, e seus dois filhos nascidos no Brasil-- um menino de oito anos e uma menina de quatro-- estão entre os mortos dos ataques israelenses.

Israel não descarta uma ofensiva terrestre na região. "Neste momento, não achamos que devemos fazer uma operação massiva com forças terrestres no Líbano, mas, se tivermos que fazê-lo, o faremos", afirmou Moshe Kaplinsky, vice-comandante do Exército israelense.

Segundo ele, a ofensiva deve ter fim "dentro de algumas semanas", já que Israel precisa de mais tempo para finalizar "objetivos claros".

Foguetes

Cerca de 20 foguetes atingiram nesta terça-feira várias localidades do norte de Israel --entre elas, a cidade de Haifa-- sem registro de vítimas até o momento, segundo os serviços de emergência. Além de Haifa, Safed, Tiberíades, Nahariya e Shlomi foram alvo de ataques.

Em Haifa, foguetes caíram perto do porto e da estação ferroviária da terceira maior cidade israelense, sem deixar feridos. Fumaça foi vista saindo da área atingida, no centro da cidade.

A mesma estação ferroviária foi alvo de ataques do Hizbollah no domingo (16), matando oito pessoas. Desde o início do confronto, há uma semana, cidades israelenses na fronteira com o Líbano e situadas no norte do país são alvo de centenas de foguetes lançados por integrantes do Hizbollah. Até o momento, ao menos 12 civis já morreram devido aos lançamentos

Trégua

Ontem, o Hizbollah rejeitou uma proposta internacional de cessar-fogo apresentada por enviados estrangeiros, alegando que a trégua apresentava "condições israelenses".

A televisão Al Manar, do Hizbollah, acusou os enviados de ir ao Líbano com um "claro objetivo de dar mais tempo para a aviação inimiga promover mais destruição e devastação, até que alguém possa erguer a bandeira da rendição". O Hizbollah defendeu um cessar-fogo incondicional.

Israel exigiu que o grupo liberte dois soldados israelenses seqüestrados e se afaste da fronteira, como condições para um cessar-fogo.

Estrangeiros

De acordo com o Itamaraty, 122 pessoas [entre elas argentinos e libaneses] embarcaram em um Boeing 707 da FAB (Força Aérea Brasileira) em Adana, na Turquia, às 21h15 (horário de Brasília) desta segunda-feira e devem chegar ao Recife na manhã de hoje.

Além do Brasil, EUA e vários países da Europa se mobilizam para agilizar a retirada de seus cidadãos do Líbano.

Com medo, vários turistas e estrangeiros que vivem no Líbano estão deixando o país. Milhares de europeus e libaneses com passaporte europeu deixaram o Líbano em vôos nesta terça-feira.

A Marinha americana enviou um navio a Beirute para retirar os cerca de 25 mil americanos que se encontram no Líbano. Um navio grego transportando cerca de 700 franceses e outros estrangeiros --em sua maioria mulheres e crianças-- chegou ao porto de Larnaca, em Chipre.

ONU

Nesta terça-feira, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmou esperar que líderes europeus elaborem uma proposta conjunta para a formação de uma força internacional de estabilização.

Annan e o premiê britânico, Tony Blair, pediram ao Conselho de Segurança da ONU que destaque uma força de segurança no Líbano, mas Israel rejeitou a proposta, dizendo que "é cedo" para pensar em adotar uma solução deste tipo.

O Líbano fez um pedido de cessar-fogo a Israel, mas o país afirmou que a campanha só terá fim quando os dois soldados seqüestrados pelo Hizbollah forem libertados e quando os ataques com foguetes contra territórios israelenses tiverem fim.

Com agências internacionais

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