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20/07/2006
-
18h20
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O governo brasileiro já tem programados três vôos saindo de Adana, na Turquia, para resgatar brasileiros que estão Líbano --um no domingo (23), um na segunda (24) e outro na terça-feira (25). É possível que na quarta-feira seja feito um intervalo para a manutenção da aeronave e se retomem os vôos na quinta ou sexta-feira.
O transporte de brasileiros de Adana para o Brasil será feito com dois aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), um com capacidade para 150 passageiros e o outro com limite de 80.
De acordo com o embaixador Everton Vieira Vargas, coordenador do grupo que está providenciando apoio aos brasileiros no Líbano, às 8h (2h em Brasília) desta sexta-feira, dois comboios com três ônibus cada deverão partir de Beirute e de Damasco com destino a Adana para a retirada dos brasileiros do Líbano.
Até agora, o governo tem uma demanda para a retirada de 400 pessoas de Beirute, cem a 200 de Damasco, e informações de que mil pessoas desejariam deixar o vale do Beeka.
Como a logística e as condições de comunicação estão difíceis na região do conflito, o governo entrou em contato com a comunidade libanesa no Brasil para tentar com que as operações de resgate cheguem aos brasileiros que querem deixar o país.
A orientação para os brasileiros que estão no vale do Beeka é que eles se dirijam a Damasco, para que possam ser levados a Adana, e eventualmente voltar ao Brasil.
Segundo o embaixador, muitos dos brasileiros que estão no Líbano são turistas, e boa parte tem inclusive bilhetes de companhias aéreas para o retorno ao Brasil. Nestes casos, o governo deverá providenciar o endosso dos bilhetes junto às companhias aéreas para que eles voltem em vôos comerciais.
Só deverão embarcar nos aviões da FAB os brasileiros que não têm passagens adquiridas nas companhias comerciais.
Como a freqüência de vôos deve se intensificar nos próximos dias, o avião da FAB que parte amanhã deverá levar uma tripulação de reserva para agilizar o retorno ao Brasil.
Para facilitar o resgate no Líbano, o Itamaraty decidiu estabelecer em Adana um escritório de apoio a brasileiros com quatro funcionários.
O Ministério de Relações Exteriores também a valia a possibilidade de fretamento de um ferryboat para o resgate de brasileiros em Beirute. Está sendo negociado inclusive uma oferta do governo canadense, que alugou seis embarcações na região, mas não há uma definição sobre as possíveis vagas para cidadãos do Brasil.
A conveniência da operação por mar, no entanto, ainda está sendo avaliada, por conta de um bloqueio marítimo imposto por Israel ao Líbano. O Itamaraty foi informado de que um navio grego fretado para a retirada de civis estrangeiros teve dificuldades de sair de Beirute em razão do bloqueio israelense.
O diplomata reconheceu que um navio poderia retirar mais pessoas que os ônibus, mas a questão ainda está em aberto.
Apesar dos ônibus fretados, o número de pessoas que serão resgatados vai depender da confirmação dos brasileiros interessados em deixar o país e da presença deles na hora prevista para o embarque.
Também haverá comboios de ônibus partindo no sábado e no domingo. Vargas também esclareceu que o Brasil fez um comunicado à Embaixada de Israel sobre a movimentação da operação para evitar incidentes no deslocamento dos comboios, que serão identificados com bandeiras brasileiras.
O diplomata brasileiro ressaltou que está é uma operação que deve ser cercada de segurança. Ele afirmou que se trata de uma operação de grande complexidade, principalmente por causa da distância e das dificuldades em se organizar os comboios. "É um processo complexo que envolve a vida das pessoas. Não podemos brincar", disse Vargas.
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da Folha Online, em Brasília
O governo brasileiro já tem programados três vôos saindo de Adana, na Turquia, para resgatar brasileiros que estão Líbano --um no domingo (23), um na segunda (24) e outro na terça-feira (25). É possível que na quarta-feira seja feito um intervalo para a manutenção da aeronave e se retomem os vôos na quinta ou sexta-feira.
O transporte de brasileiros de Adana para o Brasil será feito com dois aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), um com capacidade para 150 passageiros e o outro com limite de 80.
De acordo com o embaixador Everton Vieira Vargas, coordenador do grupo que está providenciando apoio aos brasileiros no Líbano, às 8h (2h em Brasília) desta sexta-feira, dois comboios com três ônibus cada deverão partir de Beirute e de Damasco com destino a Adana para a retirada dos brasileiros do Líbano.
Até agora, o governo tem uma demanda para a retirada de 400 pessoas de Beirute, cem a 200 de Damasco, e informações de que mil pessoas desejariam deixar o vale do Beeka.
Como a logística e as condições de comunicação estão difíceis na região do conflito, o governo entrou em contato com a comunidade libanesa no Brasil para tentar com que as operações de resgate cheguem aos brasileiros que querem deixar o país.
A orientação para os brasileiros que estão no vale do Beeka é que eles se dirijam a Damasco, para que possam ser levados a Adana, e eventualmente voltar ao Brasil.
Segundo o embaixador, muitos dos brasileiros que estão no Líbano são turistas, e boa parte tem inclusive bilhetes de companhias aéreas para o retorno ao Brasil. Nestes casos, o governo deverá providenciar o endosso dos bilhetes junto às companhias aéreas para que eles voltem em vôos comerciais.
Só deverão embarcar nos aviões da FAB os brasileiros que não têm passagens adquiridas nas companhias comerciais.
Como a freqüência de vôos deve se intensificar nos próximos dias, o avião da FAB que parte amanhã deverá levar uma tripulação de reserva para agilizar o retorno ao Brasil.
Para facilitar o resgate no Líbano, o Itamaraty decidiu estabelecer em Adana um escritório de apoio a brasileiros com quatro funcionários.
O Ministério de Relações Exteriores também a valia a possibilidade de fretamento de um ferryboat para o resgate de brasileiros em Beirute. Está sendo negociado inclusive uma oferta do governo canadense, que alugou seis embarcações na região, mas não há uma definição sobre as possíveis vagas para cidadãos do Brasil.
A conveniência da operação por mar, no entanto, ainda está sendo avaliada, por conta de um bloqueio marítimo imposto por Israel ao Líbano. O Itamaraty foi informado de que um navio grego fretado para a retirada de civis estrangeiros teve dificuldades de sair de Beirute em razão do bloqueio israelense.
O diplomata reconheceu que um navio poderia retirar mais pessoas que os ônibus, mas a questão ainda está em aberto.
Apesar dos ônibus fretados, o número de pessoas que serão resgatados vai depender da confirmação dos brasileiros interessados em deixar o país e da presença deles na hora prevista para o embarque.
Também haverá comboios de ônibus partindo no sábado e no domingo. Vargas também esclareceu que o Brasil fez um comunicado à Embaixada de Israel sobre a movimentação da operação para evitar incidentes no deslocamento dos comboios, que serão identificados com bandeiras brasileiras.
O diplomata brasileiro ressaltou que está é uma operação que deve ser cercada de segurança. Ele afirmou que se trata de uma operação de grande complexidade, principalmente por causa da distância e das dificuldades em se organizar os comboios. "É um processo complexo que envolve a vida das pessoas. Não podemos brincar", disse Vargas.
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