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24/07/2006 - 14h21

Rice visita o Líbano; queda de helicóptero mata dois israelenses

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da Folha Online

Dois pilotos da força aérea israelense morreram após a queda de um helicóptero Apache nesta segunda-feira na região da Alta Galiléia, no norte de Israel. Foi o segundo acidente envolvendo helicópteros de Israel em apenas uma semana.

Ao menos 384 pessoas morreram no Líbano [a maioria civis vítimas de ataques israelenses]. Ao menos 600 mil libaneses tiveram que deixar suas casas. O número de vítimas em Israel é de 36 -- das quais 19 são soldados e 17 são civis mortos por foguetes do Hizbollah.

O Apache Longbow --um modelo avançado de helicóptero de ataque-- voava alto quando caiu em circunstâncias que não foram totalmente esclarecidas. o Exército israelense não exclui a possibilidade de que o helicóptero --que estava a caminho de Bint Jbeil, para dar apoio a forças terrestres --tenha sido atingido por foguetes do Hizbollah.

Reuters
Helicóptero sobrevoa local de queda de Apache, matando 2 pilotos israelenses no norte de Israel
Na semana passada, dois helicópteros Apache colidiram no norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano, matando um membro da força aérea e ferindo outros três.

Soldados israelenses cercaram a cidade de Bint Jbeil, a cerca de 4 km da fronteira, nesta segunda-feira, mas Israel negou que o Exército tenha tomado o controle da cidade. Ao menos dez soldados ficaram feridos na ação.

Bint Jbeil é considerada um bastião do Hizbollah. Um dia depois que Israel deu fim à ocupação do sul do Líbano, e 2000, o líder do grupo, Hassan Nasrallah, realizou a primeira celebração em Bint Jbeil. Grande parte dos cerca de 200 mil moradores da cidade deixaram a região. Segundo a Cruz Vermelha, os poucos que permaneceram estão abrigados em escolas ou mesquitas.

Ataques

Durante a madrugada, os confrontos na região aparentemente se acalmaram, com um total de seis civis mortos neste domingo. Durante a madrugada, nenhum foguete foi lançado contra o norte de Israel e houve relato de poucos ataques aéreos de Israel no Líbano.

No entanto, pela manhã, os ataques foram intensificados e vários foguetes atingiram Haifa e outras cidades do norte de Israel, ferindo várias pessoas. Três pessoas ficaram feridas na cidade de Tiberias, ao norte de Israel, onde oito foguetes caíram, segundo a polícia.

Outros foguetes atingiram Acre, Safed, a Alta Galiléia e a vila drusa de Kisra. Ao menos uma pessoa ficou ferida na cidade de Shlomi, na região da fronteira.

O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, afirmou que o Exército não irá lançar uma ampla ofensiva, mas irá manter uma série de pequenas incursões no sul do país. Segundo ele, depois que membros do Hizbollah forem afastados da fronteira, forças internacionais podem ser enviadas para a região para auxiliar o Exército libanês.

O líder do Hizbollah, Hassan Nasrallah, afirmou nesta segunda-feira que uma invasão terrestre não irá proteger Israel dos foguetes lançados pelo grupo. Ele disse ainda que a prioridade é um acordo de cessar-fogo, e disse estar aberto a discussões para dar fim à crise.

Visita

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, chegou nesta segunda-feira ao Líbano, em visita que visa lançar esforços diplomáticos para dar fim aos confrontos entre Israel e o Hizbollah, que já duram 13 dias no sul do Líbano.

Reuters
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, ao lado do premiê Fuad Saniora
Logo após a chegada, Rice se reuniu com o primeiro-ministro libanês, Fuad Saniora. Sua viagem ao Oriente Médio é o primeiro esforço americano para tentar dar fim à crise, que teve início em 12 de julho, depois que o Hizbollah seqüestrou dois soldados israelenses e matou outros oito.

O presidente americano, George W. Bush, se opôs a um cessar-fogo imediato, dizendo que a origem do conflito --a dominação do Hizbollah no sul do Líbano-- precisa ser resolvida. Segundo o governo americano, a intervenção de tropas de paz internacionais pode ser necessária.

Estrangeiros

Milhares de estrangeiros continuam a deixar o Líbano por meio do porto de Beirute. A União Européia (UE) enviou uma navio para o porto de Tiro nesta segunda-feira. O Canadá também enviou um segundo navio para retirar estrangeiros detidos na região.

Grande parte das estradas e pontes do sul do Líbano foram destruídas por ataques de Israel.

Cerca de 4.500 britânicos e 12 mil americanos já deixaram a região por via marítima. Segundo autoridades britânicas, todos os cidadãos do Reino Unido já foram retirados do Líbano.

Dois comboios levando geradores de energia elétrica, alimentos e outros itens de necessidade básica foram enviados de Beirute a Tiro nesta segunda-feira, segundo o CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha). Um navio italiano chegou trazendo remédios, barracas, cobertores, água e geradores. Uma embarcação de ajuda da França também chegou à região.

Brasileiros

Um Boeing 707 da FAB (Força Aérea Brasileira) trazendo 150 brasileiros partiu do aeroporto de Adana, na Turquia, às 16h de Brasília deste domingo e chegou ao Recife nesta manhã. É o segundo vôo da FAB transportando brasileiros do Líbano que chega ao Brasil. O primeiro --trazendo 98 brasileiros-- chegou ao país na terça-feira (18).

Um segundo vôo da FAB deve partir hoje de Adana trazendo outros 70 brasileiros. Na quarta-feira (26), um outro avião da FAB trará mais 150 passageiros. Na quinta-feira (27), mais 70 brasileiros embarcam em um vôo da FAB com destino ao Brasil.

De acordo com o Itamaraty, desde o início das operações de retirada, um total de 330 brasileiros deixaram Adana por terra, em comboios de ônibus. Outros 73 brasileiros seguiram hoje de barco para a Turquia, enquanto 142 deixaram Damasco com destino a Adana.

Um airbus da companhia aérea TAM irá retirar 225 brasileiros que estavam no Líbano e agora se encontram em Damasco, na Síria, nesta quarta-feira (26). A decolagem está prevista para as 14h (8h de Brasília). O avião deve chegar ao aeroporto internacional de Guarulhos às 22h.

Com agências internacionais

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