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24/07/2006 - 19h06

Brasil já resgatou mais de 850 cidadãos brasileiros no Líbano

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O governo do Brasil já resgatou do Líbano 854 cidadãos brasileiros, dos quais 318 foram trazidos para o país em aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).

Parte dos brasileiros retirados do Líbano voltaram ao Brasil por meios próprios, fugindo dos conflitos na região. A maior parte era de pessoas que tinham passagens de volta marcadas pela aviação comercial, mas o governo não tem um número oficial sobre esses casos.

A previsão do Itamaraty é trazer para o Brasil até o fim desta semana mais 670 brasileiros, em vôos da FAB na quarta (150 passageiros) e na quinta-feira (80), e também com o apoio da TAM e da Gol, um na quarta e outro na quinta-feira, com 225 passageiros cada.

As representações diplomáticas do Brasil no Líbano, na Turquia e na Síria estão organizando para a próxima quarta-feira novos comboios de ônibus para retirar 200 brasileiros de Beirute para Adana (Turquia) e um número ainda indefinido de pessoas da região do vale do Bekaa, onde há a maior concentração de brasileiros que querem deixar o país, que serão levadas a Damasco.

O coordenador do grupo de trabalho de apoio aos brasileiros no Líbano, embaixador Everton Vieira Vargas, disse hoje que há ainda a possibilidade de organização de dois novos vôos da FAB e um de companhias aéreas comerciais, lideradas pela TAM, para o fim de semana.

O embaixador reconheceu que os diplomatas brasileiros encontraram dificuldades no resgate do grupo de pessoas que seriam levadas do vale do Bekaa para Damasco (Síria), pois alguns brasileiros estavam com situação migratória irregular.

Segundo ele, as autoridades de imigração do Líbano cobraram para a liberação dessas pessoas uma multa equivalente a US$ 30, que acabou sendo assumida pelo governo brasileiro para que se pudesse dar andamento ao resgate do grupo, já que essas pessoas em questão não dispunham de recursos para o pagamento.

Até agora, o governo brasileiro transferiu para as suas representações diplomáticas em Beirute, Damasco e Adana cerca de US$ 440 mil, para o fretamento dos ônibus, acomodação, assistência e alimentação dos brasileiros resgatados.

Diplomacia

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, irá pessoalmente a Adana nesta quarta-feira para acompanhar o resgate dos brasileiros, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Vargas, a intervenção pessoal do ministro junto ao governo israelense, por meio da embaixadora de Israel no Brasil, foi decisiva para liberação dos dois comboios brasileiro que partiram hoje do vale do Bekaa pelo caminho mais curto --cerca de 1h30, na fronteira leste-- em direção a Damasco. A recomendação que vinha sendo feita por Israel, de forma irredutível até então, era a de que o resgate fosse feito pelo norte do país, o que fazia com que a viagem levasse cerca de 14h.

Ele explicou, no entanto, que novos resgates na região pelo caminho mais curto, em que a fronteira do Líbano com a Síria pode ser cruzada em aproximadamente 15 minutos (1h30 de viagem no total até Damasco) dependerão de novas conversas com as autoridades de Israel, para que seja garantida a segurança dos passageiros.

ONU

Questionado sobre a possibilidade de participação do Brasil em uma eventual força internacional da ONU (Organização das Nações Unidas) na região, Vargas confirmou que a proposta estaria sendo levantada, mas que dependeria de uma resolução com aprovação unânime dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, formado pelos Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

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