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23/08/2006
-
10h56
da Folha Online
A ministra de Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni, pediu nesta quarta-feira o envio "extremamente rápido" dos efetivos que reforçarão a Força da ONU no sul do Líbano (Unifil) para solucionar a atual situação "sensível e explosiva" na região.
"É necessária uma reação extremamente rápida da comunidade internacional", disse Livni, em entrevista coletiva em Paris, após uma reunião de trabalho com o ministro de Relações Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy.
A chefe da diplomacia israelense advertiu que a situação atual no sul do Líbano, com a presença na região de efetivos do Exército israelense, é "a mais sensível e explosiva possível", por isso pediu a rápida mobilização da Unifil para ajudar o Exército libanês a recuperar "a soberania" do país.
O Exército israelense confirmou que um militar morreu e três ficaram feridos, dois deles gravemente, na explosão de uma mina no sul do Líbano, na madrugada desta quarta-feira.
Cerca de 10 mil soldados libaneses já estão no sul do Líbano para cumprir a resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que pede a substituição dos soldados israelenses que invadiram o território durante os confrontos com o grupo terrorista Hizbollah.
De acordo com uma fonte militar, que pediu anonimato, citada pela agência de notícias Efe, as tropas libanesas continuam se dirigindo ao sul do Líbano, mas de forma mais lenta. Até o último dia 14, quando teve início o cessar-fogo, a região era comandada pelo Hizbollah.
Nesta terça-feira, a Itália --que se comprometera a enviar tropas para compor o corpo multinacional que dará apoio aos soldados libaneses-- disse que suas tropas só irão para o sul do Líbano se houver garantia de que o cessar-fogo entre Israel e Hizbollah será estável.
Reconstrução
Um relatório da Anistia Internacional publicado ontem afirmou que existem "claros indícios" de que Israel executou "uma destruição deliberada" da infra-estrutura civil do Líbano durante o recente conflito com o Hizbollah. O Estado israelense pode ser acusado de "crimes de guerra".
Além de várias cidades libanesas reduzidas a escombros, os 34 dias de conflito entre Israel e o Hizbollah deixaram um saldo de mais de 1.100 mortos e 160 em Israel. Os bombardeios israelenses destruíram muito da infra-estrutura do Líbano, gerou cerca de 1 milhão de pessoas deslocados e prejuízo calculado em US$ 3,6 bilhões. Na mesma linha, o Hizbollah fez intensos ataques com foguetes contra o norte de Israel, atingindo prédios residenciais e gerando a retirada de 300 mil pessoas para abrigos ou outras cidades.
O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou nesta quarta-feira que o Líbano prepara um plano para sua reconstrução, após reiterar que os bombardeios israelenses causaram "enormes danos".
Em entrevista coletiva em Beirute, Siniora afirmou que especialistas libaneses e estrangeiros preparam um estudo sobre os danos em Beirute e em outras áreas do Líbano, e que ele entrou em contato com os "países amigos" para discutir a reconstrução.
Siniora reiterou que há localidades completamente destruídas, assim como os bairros do sul de Beirute, e pediu aos países amigos que ajudem na reconstrução, já que "toda ajuda é bem-vinda".
O primeiro-ministro disse que a reconstrução deve ser realizada com "transparência e sem esbanjar o dinheiro da ajuda".
"O que os israelenses fizeram é catastrófico. Eles abriram as portas do inferno e da destruição", disse o primeiro-ministro, que agradeceu a ajuda enviada ao Líbano por países como a Arábia Saudita e o Qatar.
Ajuda
A Arábia Saudita decidiu enviar US$ 500 milhões ao Líbano para a reconstrução, além de depositar US$ 1 bilhão no Banco Central libanês para ajudar a economia a se recuperar.
O Qatar anunciou que reconstruirá a cidade de Bint Jbeil, no sul do Líbano, que foi palco de violentos combates entre Israel e o Hizbollah antes do cessar-fogo que entrou em vigor no dia 14 de agosto.
O primeiro-ministro disse, por outro lado, que os EUA podem desempenhar um importante papel para ajudar o Líbano, não só no que se refere à ajuda financeira, mas também no plano político e para ajudar a suspender o bloqueio aéreo e marítimo imposto por Israel ao país.
Com agências internacionais
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A ministra de Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni, pediu nesta quarta-feira o envio "extremamente rápido" dos efetivos que reforçarão a Força da ONU no sul do Líbano (Unifil) para solucionar a atual situação "sensível e explosiva" na região.
"É necessária uma reação extremamente rápida da comunidade internacional", disse Livni, em entrevista coletiva em Paris, após uma reunião de trabalho com o ministro de Relações Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy.
Eric Gaillard /Reuters |
Equipes libanesas trabalham na reconstrução de bairro da capital Beirute atacado por Israel |
O Exército israelense confirmou que um militar morreu e três ficaram feridos, dois deles gravemente, na explosão de uma mina no sul do Líbano, na madrugada desta quarta-feira.
Cerca de 10 mil soldados libaneses já estão no sul do Líbano para cumprir a resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que pede a substituição dos soldados israelenses que invadiram o território durante os confrontos com o grupo terrorista Hizbollah.
De acordo com uma fonte militar, que pediu anonimato, citada pela agência de notícias Efe, as tropas libanesas continuam se dirigindo ao sul do Líbano, mas de forma mais lenta. Até o último dia 14, quando teve início o cessar-fogo, a região era comandada pelo Hizbollah.
Nesta terça-feira, a Itália --que se comprometera a enviar tropas para compor o corpo multinacional que dará apoio aos soldados libaneses-- disse que suas tropas só irão para o sul do Líbano se houver garantia de que o cessar-fogo entre Israel e Hizbollah será estável.
Reconstrução
Um relatório da Anistia Internacional publicado ontem afirmou que existem "claros indícios" de que Israel executou "uma destruição deliberada" da infra-estrutura civil do Líbano durante o recente conflito com o Hizbollah. O Estado israelense pode ser acusado de "crimes de guerra".
Além de várias cidades libanesas reduzidas a escombros, os 34 dias de conflito entre Israel e o Hizbollah deixaram um saldo de mais de 1.100 mortos e 160 em Israel. Os bombardeios israelenses destruíram muito da infra-estrutura do Líbano, gerou cerca de 1 milhão de pessoas deslocados e prejuízo calculado em US$ 3,6 bilhões. Na mesma linha, o Hizbollah fez intensos ataques com foguetes contra o norte de Israel, atingindo prédios residenciais e gerando a retirada de 300 mil pessoas para abrigos ou outras cidades.
O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou nesta quarta-feira que o Líbano prepara um plano para sua reconstrução, após reiterar que os bombardeios israelenses causaram "enormes danos".
Em entrevista coletiva em Beirute, Siniora afirmou que especialistas libaneses e estrangeiros preparam um estudo sobre os danos em Beirute e em outras áreas do Líbano, e que ele entrou em contato com os "países amigos" para discutir a reconstrução.
Siniora reiterou que há localidades completamente destruídas, assim como os bairros do sul de Beirute, e pediu aos países amigos que ajudem na reconstrução, já que "toda ajuda é bem-vinda".
O primeiro-ministro disse que a reconstrução deve ser realizada com "transparência e sem esbanjar o dinheiro da ajuda".
"O que os israelenses fizeram é catastrófico. Eles abriram as portas do inferno e da destruição", disse o primeiro-ministro, que agradeceu a ajuda enviada ao Líbano por países como a Arábia Saudita e o Qatar.
Ajuda
A Arábia Saudita decidiu enviar US$ 500 milhões ao Líbano para a reconstrução, além de depositar US$ 1 bilhão no Banco Central libanês para ajudar a economia a se recuperar.
O Qatar anunciou que reconstruirá a cidade de Bint Jbeil, no sul do Líbano, que foi palco de violentos combates entre Israel e o Hizbollah antes do cessar-fogo que entrou em vigor no dia 14 de agosto.
O primeiro-ministro disse, por outro lado, que os EUA podem desempenhar um importante papel para ajudar o Líbano, não só no que se refere à ajuda financeira, mas também no plano político e para ajudar a suspender o bloqueio aéreo e marítimo imposto por Israel ao país.
Com agências internacionais
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