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05/05/2003
-
02h30
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Reino Unido
Brasileiros amam fazer compras, deixam no Reino Unido quase o dobro do que os turistas dos outros países da América e também despendem um tempo considerável no país -uma média de 19 dias por estada.
Porém toda essa diversão fica restrita, majoritariamente, a Londres, destino único de 48% dos brasileiros que viajam para o país, segundo dados de pesquisa de 2001 realizada pelo Escritório para Estatísticas Nacionais.
Pois, com tanto tempo disponível e dinheiro no bolso, é possível bater muita perna pelas lojas e pelos museus da capital, passear na London Eye, dançar na noite, refestelar-se nos parques da capital e ainda partir para os programas inimagináveis no restante desse país de apenas 243 mil quilômetros quadrados e cuja distância entre as cidades é desprezível.
Só para ter uma idéia, vai-se da capital inglesa, no sul, até a capital escocesa, Edimburgo, quase no cocuruto da ilha, em seis horas de carro ou quatro de trem.
Grande parte do percurso integra os chamados parques nacionais e áreas cênicas nacionais, que recebem proteção especial do governo britânico pela beleza natural, o que torna especial qualquer passeiozinho pelo país.
Carneirinhos e castelos
Há centenas de roteiros pelo interior e pelo litoral, com paisagens na linha cartão-postal que incluem campos e mais campos coalhados de carneirinhos, castelos medievais, catedrais majestosas, vilarejos rurais históricos e caprichosamente preservados ou minúsculas vilas de pescadores.
A sensação de quem viaja pelos cenários -seja os do tipo selvagem, com montanhas escarpadas, ou os de vales suaves e estradas cobertas de folhas- é sempre de uma tranquilidade sem fim.
O que inquieta e espanta o turista desejoso de explorar de carro o país é dirigir na mão inglesa -motorista no lado direito, câmbio na mão esquerda e direção dos carros contrária ao que se conhece em quase todo o mundo.
Mas é bobagem deixar-se intimidar com isso. A primeira sensação é de uma estranheza atroz, mas passadas algumas horas de prática, especialmente na estrada, o motorista pega a mão. Todas as vias são muito bem sinalizadas e conservadas, inclusive as menorzinhas, que costumam atravessar cidades e vilarejos.
Mas, para quem não quer desafio nas férias, há outras formas de transporte que também garantem uma viagem especial pelo Reino Unido. Trem é uma delas, apesar de um pouco mais caro.
Já ônibus não passa em qualquer estrada, em algumas é capaz até de entalar, mas há um serviço programado, que funciona nas vilas maiores, além do chamado esquema de ônibus para mochileiro, que permite ao passageiro embarcar e saltar quando quiser. Porém um dos melhores meios de conhecer o campo é a pé.
Como cada região tem suas próprias características de relevo, há opções de caminhada para todo gosto e grau de dificuldade: rotas curtas por bosques e campos de flores, trilhas ao longo de rios e lagos e por encostas irregulares do litoral, ou mais radicais, sobre montanhas e picos. No caminho, o turista se depara com castelos, destilarias ou cidades históricas, por exemplo. As empresas programam passeios para um dia, uma semana ou mais.
O país é pequeno o suficiente para ser cruzado numa semana por quem está em cima de uma magrela. A Rede Nacional de Ciclismo já tem mais de 11 mil quilômetros de rotas para bicicleta. Em um terço delas, o tráfego de carros é proibido, propiciando viagens com crianças e novos ciclistas. O restante é composto por estradas pequenas ou ruas de cidades com tráfego tranquilo.
Como as paisagens no país são variadas, o cenário muda constantemente. Há mapas que detalham vários roteiros para turistas com mais ou menos fôlego e disposto ou não a liberar adrenalina.
Para quem não tem nenhuma pressa mesmo e quer ainda mais diferencial num roteiro de viagem, a pedida é embarcar no ônibus vermelho vibrante do Royal Mail (Correio Real), um ícone na Escócia e na Inglaterra.
Ele percorre cerca de 200 trajetos, passando por remotas vilas - em muitas nem sequer passa carro- para pegar ou entregar correspondência. Se o passageiro tiver sorte, ganha um tour guiado pela região e, quem sabe, até um chá na casa do "postman".
Entre os inúmeros destinos "extra-Londres", talvez o mais surpreendente e especial seja Edimburgo, capital da Escócia, praticamente ignorada pelo turista brasileiro -um em cada dez vão à cidade.
Bell Kranz, editora do Equilíbrio, viajou a convite do VisitBritain e da British Airways.
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BELL KRANZEnviada especial da Folha de S.Paulo ao Reino Unido
Brasileiros amam fazer compras, deixam no Reino Unido quase o dobro do que os turistas dos outros países da América e também despendem um tempo considerável no país -uma média de 19 dias por estada.
Porém toda essa diversão fica restrita, majoritariamente, a Londres, destino único de 48% dos brasileiros que viajam para o país, segundo dados de pesquisa de 2001 realizada pelo Escritório para Estatísticas Nacionais.
Pois, com tanto tempo disponível e dinheiro no bolso, é possível bater muita perna pelas lojas e pelos museus da capital, passear na London Eye, dançar na noite, refestelar-se nos parques da capital e ainda partir para os programas inimagináveis no restante desse país de apenas 243 mil quilômetros quadrados e cuja distância entre as cidades é desprezível.
Só para ter uma idéia, vai-se da capital inglesa, no sul, até a capital escocesa, Edimburgo, quase no cocuruto da ilha, em seis horas de carro ou quatro de trem.
Grande parte do percurso integra os chamados parques nacionais e áreas cênicas nacionais, que recebem proteção especial do governo britânico pela beleza natural, o que torna especial qualquer passeiozinho pelo país.
Carneirinhos e castelos
Há centenas de roteiros pelo interior e pelo litoral, com paisagens na linha cartão-postal que incluem campos e mais campos coalhados de carneirinhos, castelos medievais, catedrais majestosas, vilarejos rurais históricos e caprichosamente preservados ou minúsculas vilas de pescadores.
A sensação de quem viaja pelos cenários -seja os do tipo selvagem, com montanhas escarpadas, ou os de vales suaves e estradas cobertas de folhas- é sempre de uma tranquilidade sem fim.
O que inquieta e espanta o turista desejoso de explorar de carro o país é dirigir na mão inglesa -motorista no lado direito, câmbio na mão esquerda e direção dos carros contrária ao que se conhece em quase todo o mundo.
Mas é bobagem deixar-se intimidar com isso. A primeira sensação é de uma estranheza atroz, mas passadas algumas horas de prática, especialmente na estrada, o motorista pega a mão. Todas as vias são muito bem sinalizadas e conservadas, inclusive as menorzinhas, que costumam atravessar cidades e vilarejos.
Mas, para quem não quer desafio nas férias, há outras formas de transporte que também garantem uma viagem especial pelo Reino Unido. Trem é uma delas, apesar de um pouco mais caro.
Já ônibus não passa em qualquer estrada, em algumas é capaz até de entalar, mas há um serviço programado, que funciona nas vilas maiores, além do chamado esquema de ônibus para mochileiro, que permite ao passageiro embarcar e saltar quando quiser. Porém um dos melhores meios de conhecer o campo é a pé.
Como cada região tem suas próprias características de relevo, há opções de caminhada para todo gosto e grau de dificuldade: rotas curtas por bosques e campos de flores, trilhas ao longo de rios e lagos e por encostas irregulares do litoral, ou mais radicais, sobre montanhas e picos. No caminho, o turista se depara com castelos, destilarias ou cidades históricas, por exemplo. As empresas programam passeios para um dia, uma semana ou mais.
O país é pequeno o suficiente para ser cruzado numa semana por quem está em cima de uma magrela. A Rede Nacional de Ciclismo já tem mais de 11 mil quilômetros de rotas para bicicleta. Em um terço delas, o tráfego de carros é proibido, propiciando viagens com crianças e novos ciclistas. O restante é composto por estradas pequenas ou ruas de cidades com tráfego tranquilo.
Como as paisagens no país são variadas, o cenário muda constantemente. Há mapas que detalham vários roteiros para turistas com mais ou menos fôlego e disposto ou não a liberar adrenalina.
Para quem não tem nenhuma pressa mesmo e quer ainda mais diferencial num roteiro de viagem, a pedida é embarcar no ônibus vermelho vibrante do Royal Mail (Correio Real), um ícone na Escócia e na Inglaterra.
Ele percorre cerca de 200 trajetos, passando por remotas vilas - em muitas nem sequer passa carro- para pegar ou entregar correspondência. Se o passageiro tiver sorte, ganha um tour guiado pela região e, quem sabe, até um chá na casa do "postman".
Entre os inúmeros destinos "extra-Londres", talvez o mais surpreendente e especial seja Edimburgo, capital da Escócia, praticamente ignorada pelo turista brasileiro -um em cada dez vão à cidade.
Bell Kranz, editora do Equilíbrio, viajou a convite do VisitBritain e da British Airways.
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