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21/07/2003 - 04h59

Finlandeses dançam com hora marcada em Penedo

Da enviada especial da Folha de S.Paulo a Itatiaia (RJ)

Andando por Penedo, o turista há de se perguntar: afinal, onde estão os finlandeses? De fato, encontrá-los não é tarefa das mais fáceis: hoje os descendentes somam 50 pessoas (em uma população de 5.000 no bairro). Mas há uma dica: eles sempre se reúnem com hora e data marcada.

Todos os sábados, a partir das 21h, o Clube Finlândia organiza um baile, com apresentação de um grupo folclórico e músicas variadas --finlandesas e brasileiras. "É preciso agradar ao gosto de todos", diz Helena Hildén de Souza, coordenadora do clube. A festa, que reúne descendentes dos imigrantes, habitantes do bairro e turistas, acontece desde 1943, data da fundação da entidade pelos primeiros imigrantes.

No cantinho do salão, balançando a cabeça para acompanhar a música, Anneli Turunen, 70, olha a dança do neto Martti, 19, que agora também faz parte do grupo de dança que ela ensaia há 30 anos --formado por jovens da região, descendentes ou não dos imigrantes finlandeses.

Nascida na Finlândia, dona Anneli veio para o Brasil logo após se casar, em 1958. "Lá, o verão é lindo demais, tem claridade a noite inteira. Mas dura tão pouco. Aqui, se planta e se colhe o ano inteiro."

Como não sabe todas as danças folclóricas --cada uma de uma região diferente da Finlândia e que remontam aos séculos 18 e 19--, dona Anneli aprende os passos em livros e depois monta a coreografia. Os ensaios acontecem horas antes do baile.

Depois de se apresentarem, os jovens do grupo chamam todos os convidados para dançar, em uma grande roda. Deixe a vergonha de lado e caia na folia: você só irá errar os passos umas cinco vezes antes de decorar a coreografia.

Museologia pelo correio

O Clube Finlândia também abriga um museu, criado em 1982 por Eva Hildén, que veio ao Brasil ainda criança, com os primeiros imigrantes.

O acervo, com mais de mil objetos, foi formado por doações de famílias de Penedo e de finlandeses (que mandam peças pelo correio). Além de trajes típicos e livros, há trabalhos artesanais, sobretudo em vidro e em casca de bétula. As pastas que guardam centenas de fotos dos primeiros habitantes da cidade também são de encher os olhos.

Clube Finlândia e Museu Finlandês da Dona Eva - av. das Mangueiras, 2.601; tel. 0/xx/24/3351-1374. Museu: de quarta a sábado, das 10h às 17; aos domingos, das 9h às 15h. Entradas: R$ 3 (museu) e R$ 8 (baile).


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