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21/07/2003
-
06h24
Enviada especial da Folha de S.Paulo a Campos de Jordão (SP)
Bem perto do burburinho que toma Campos do Jordão no inverno, quem se cansar da balbúrdia pode experimentar uma mistura de bucolismo e luxo no palácio da Boa Vista, localizado a 3 km da Vila Abernéssia.
O palácio começou a ser construído em 1930, pelo então interventor do Estado Adhemar de Barros, e foi concluído em 1964, quando Barros era governador. Em 1970, quando Abreu Sodré ocupava o posto, ele transformou o local em centro cultural. No mesmo ano, contratou músicos para tocar ali para seus convidados. Era o "Primeiros Concertos de Campos do Jordão", que deu origem ao Festival de Inverno, que hoje está na 34ª edição. A primeira apresentação coube à pianista Magdalena Tagliaferro.
No centro do prédio, em estilo Maria Tudor, do século 16, o visitante se depara com um jardim que desperta os mais adormecidos instintos de nobreza que possam existir dentro de cada um.
Esse sentimento aumenta ao se passear por alguns dos 105 cômodos do palácio, todos ornados com telas de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Cândido Portinari e Anita Malfatti.
A religião e o período colonial estão presentes em frontões de igrejas, armários e baús vindos de Minas Gerais e da Bahia. Um belo armário colonial pintado por Alberto Guignard é uma das mais interessantes peças. Todos esses objetos fazem parte do Acervo Artístico Cultural dos Palácios do Governo.
Até o chão do palácio é interessante. Em cada cômodo, há um mosaico diferente, feito com madeiras vermelhas, escuras e brancas. As cores aludem às da bandeira de São Paulo, na qual estão representadas as etnias que construíram o Estado: a negra, a branca e a indígena.
Se, depois de percorrer o palácio e ver louças da Companhia das Índias, móveis franceses e outras mobílias históricas, der vontade de conhecer mais locais nesse estilo na cidade, passe no Grande Hotel Campos do Jordão.
Construído em 1944 pelo governo estadual, o hotel já foi cassino e hoje abriga, além dos hóspedes, as faculdades de hotelaria, turismo e gastronomia do Senac.
Há fotos do prédio antes da reforma, que manteve boa parte dos materiais e da planta original, expostas no hall de entrada, além de peças de louça, tapeçarias e móveis que remontam ao passado da construção.
Onde encontrar - Palácio da Boa Vista - av. Dr. Adhemar de Barros, 3.001, Alto da Boa Vista. De quarta a domingo, e feriados, das 10h às 12h e das 14h às 17h; tel.: 0/xx/12/262-1122; ingressos: R$ 5. Grande Hotel - av. Frei Orestes Girardi, 3549; tel.: 0/xx/12/260-6000
Heloisa Lupinacci viajou a convite do Grande Hotel Campos do Jordão
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Palácio é refúgio em Campos do Jordão
HELOISA LUPINACCIEnviada especial da Folha de S.Paulo a Campos de Jordão (SP)
Bem perto do burburinho que toma Campos do Jordão no inverno, quem se cansar da balbúrdia pode experimentar uma mistura de bucolismo e luxo no palácio da Boa Vista, localizado a 3 km da Vila Abernéssia.
O palácio começou a ser construído em 1930, pelo então interventor do Estado Adhemar de Barros, e foi concluído em 1964, quando Barros era governador. Em 1970, quando Abreu Sodré ocupava o posto, ele transformou o local em centro cultural. No mesmo ano, contratou músicos para tocar ali para seus convidados. Era o "Primeiros Concertos de Campos do Jordão", que deu origem ao Festival de Inverno, que hoje está na 34ª edição. A primeira apresentação coube à pianista Magdalena Tagliaferro.
No centro do prédio, em estilo Maria Tudor, do século 16, o visitante se depara com um jardim que desperta os mais adormecidos instintos de nobreza que possam existir dentro de cada um.
Esse sentimento aumenta ao se passear por alguns dos 105 cômodos do palácio, todos ornados com telas de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Cândido Portinari e Anita Malfatti.
A religião e o período colonial estão presentes em frontões de igrejas, armários e baús vindos de Minas Gerais e da Bahia. Um belo armário colonial pintado por Alberto Guignard é uma das mais interessantes peças. Todos esses objetos fazem parte do Acervo Artístico Cultural dos Palácios do Governo.
Até o chão do palácio é interessante. Em cada cômodo, há um mosaico diferente, feito com madeiras vermelhas, escuras e brancas. As cores aludem às da bandeira de São Paulo, na qual estão representadas as etnias que construíram o Estado: a negra, a branca e a indígena.
Se, depois de percorrer o palácio e ver louças da Companhia das Índias, móveis franceses e outras mobílias históricas, der vontade de conhecer mais locais nesse estilo na cidade, passe no Grande Hotel Campos do Jordão.
Construído em 1944 pelo governo estadual, o hotel já foi cassino e hoje abriga, além dos hóspedes, as faculdades de hotelaria, turismo e gastronomia do Senac.
Há fotos do prédio antes da reforma, que manteve boa parte dos materiais e da planta original, expostas no hall de entrada, além de peças de louça, tapeçarias e móveis que remontam ao passado da construção.
Onde encontrar - Palácio da Boa Vista - av. Dr. Adhemar de Barros, 3.001, Alto da Boa Vista. De quarta a domingo, e feriados, das 10h às 12h e das 14h às 17h; tel.: 0/xx/12/262-1122; ingressos: R$ 5. Grande Hotel - av. Frei Orestes Girardi, 3549; tel.: 0/xx/12/260-6000
Heloisa Lupinacci viajou a convite do Grande Hotel Campos do Jordão
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