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26/07/2004
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02h53
Orgulhosa por ser o berço da independência dos EUA, a Filadélfia se vangloria de ser a primeira cidade norte-americana a ter uma propaganda na TV para atrair viajantes gays e lésbicas.
A campanha da Filadélfia para abocanhar esse segmento, que gasta US$ 54,1 bilhões por ano no país, é milionária. Será investido, nos próximos três anos, US$ 1 milhão para mostrar que a Filadélfia é "gay-friendly". Para ter uma idéia, o Brasil investiu R$ 30 milhões na promoção de todo o país no exterior em 2003.
Na TV, os personagens da propaganda usam modelitos da época da colonização. Um homem escreve uma carta e marca um encontro com o seu amor em frente ao Independence Hall, um dos pontos mais turísticos da Filadélfia --prédio onde foi lida a Declaração de Independência dos EUA, em 1776, e escrita a Constituição, em 1787. Corta. Uma garota flerta com ele. Eis que surge outro rapazola, e os dois saem juntos.
"Muito sutil", comenta Jeff Guaracino, diretor de marketing Gay do Greater Philadelphia Tourism Marketing Corporation (GMTMC), agência oficial de marketing turístico.
A campanha, cujo slogan é "get your history straight and your nightlife gay" --um trocadilho com a palavra "straight" que em inglês pode significar "direito" ou "hétero"--, quer dizer algo como aprenda história direito e tenha a vida noturna gay. A idéia é capitalizar o passado histórico da Filadélfia com o espírito "friendly" encontrado em muitos hotéis, bares, clubes e restaurantes.
Pode-se fazer turismo cultural, de artes e arquitetura numa área histórica próxima ao Independence Hall e a dez minutos a pé do Sino da Liberdade, ir a bares e restaurantes gays. Poucas quadras adiante, estão os teatros e o novo Kimmel Center, lar da famosa Orquestra Filarmônica da Filadélfia (www.philorch.org), uma das grandes orquestras do mundo.
Os gastos da campanha em 2004 são para convidar viajantes gays e lésbicas. Em 2005, promovem-se viagens para eventos GLS, estimulando-os a participar de outras atividades, como assistir à orquestra. E só no terceiro ano, haverá uma promoção para viajantes lésbicas.
"É mais difícil pesquisar o que as lésbicas gostam. Queremos fazer algo específico para atingi-las. Algo que nunca ninguém fez antes", diz Guaracino.
Segundo ele, uma pesquisa apontou que os turistas homossexuais que vão à Filadélfia gastam por dia US$ 179, contra US$ 98 dos turistas em geral. Constatou-se que os gays ficam 3,6 noites na cidade, fazem reservas online e que 42% deles vão à cidade para conhecer "gayborhood", distrito gay local.
A campanha lançada em novembro de 2003 já surtiu efeito. Foram mais de 50 mil acessos no site www.gophila.com/gay. Foi criada uma brochura com um plano de viagem para os homossexuais com 30 mil exemplares, que pode ser baixada pela internet. "Não é científico, mas há mais gays vindo para cá. É difícil ter números, pois ninguém diz: "Oi, sou um turista gay", eles preferem viajar incógnitos'".
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Filadélfia gasta US$ 1 mi para ter GLS
da Folha de S.PauloOrgulhosa por ser o berço da independência dos EUA, a Filadélfia se vangloria de ser a primeira cidade norte-americana a ter uma propaganda na TV para atrair viajantes gays e lésbicas.
A campanha da Filadélfia para abocanhar esse segmento, que gasta US$ 54,1 bilhões por ano no país, é milionária. Será investido, nos próximos três anos, US$ 1 milhão para mostrar que a Filadélfia é "gay-friendly". Para ter uma idéia, o Brasil investiu R$ 30 milhões na promoção de todo o país no exterior em 2003.
Na TV, os personagens da propaganda usam modelitos da época da colonização. Um homem escreve uma carta e marca um encontro com o seu amor em frente ao Independence Hall, um dos pontos mais turísticos da Filadélfia --prédio onde foi lida a Declaração de Independência dos EUA, em 1776, e escrita a Constituição, em 1787. Corta. Uma garota flerta com ele. Eis que surge outro rapazola, e os dois saem juntos.
"Muito sutil", comenta Jeff Guaracino, diretor de marketing Gay do Greater Philadelphia Tourism Marketing Corporation (GMTMC), agência oficial de marketing turístico.
A campanha, cujo slogan é "get your history straight and your nightlife gay" --um trocadilho com a palavra "straight" que em inglês pode significar "direito" ou "hétero"--, quer dizer algo como aprenda história direito e tenha a vida noturna gay. A idéia é capitalizar o passado histórico da Filadélfia com o espírito "friendly" encontrado em muitos hotéis, bares, clubes e restaurantes.
Pode-se fazer turismo cultural, de artes e arquitetura numa área histórica próxima ao Independence Hall e a dez minutos a pé do Sino da Liberdade, ir a bares e restaurantes gays. Poucas quadras adiante, estão os teatros e o novo Kimmel Center, lar da famosa Orquestra Filarmônica da Filadélfia (www.philorch.org), uma das grandes orquestras do mundo.
Os gastos da campanha em 2004 são para convidar viajantes gays e lésbicas. Em 2005, promovem-se viagens para eventos GLS, estimulando-os a participar de outras atividades, como assistir à orquestra. E só no terceiro ano, haverá uma promoção para viajantes lésbicas.
"É mais difícil pesquisar o que as lésbicas gostam. Queremos fazer algo específico para atingi-las. Algo que nunca ninguém fez antes", diz Guaracino.
Segundo ele, uma pesquisa apontou que os turistas homossexuais que vão à Filadélfia gastam por dia US$ 179, contra US$ 98 dos turistas em geral. Constatou-se que os gays ficam 3,6 noites na cidade, fazem reservas online e que 42% deles vão à cidade para conhecer "gayborhood", distrito gay local.
A campanha lançada em novembro de 2003 já surtiu efeito. Foram mais de 50 mil acessos no site www.gophila.com/gay. Foi criada uma brochura com um plano de viagem para os homossexuais com 30 mil exemplares, que pode ser baixada pela internet. "Não é científico, mas há mais gays vindo para cá. É difícil ter números, pois ninguém diz: "Oi, sou um turista gay", eles preferem viajar incógnitos'".
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