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25/05/2002 - 17h21

Japão e Coréia: As grandes disputas

ANA LUCIA BUSCH
Diretora-executiva da Folha Online
CAIO VILELA
Especial para a Folha de S.Paulo

Embora separados apenas por uma pequena faixa de mar, a Coréia do Sul e o Japão têm distâncias maiores do que se pode imaginar. Na comida, na bebida, na vestimenta e no estilo de vida nas grandes cidades, cada um dos países demonstra suas tradições particulares.

37. Seul X Yokohama
Em comum, as duas cidades têm apenas o fato de protagonizarem as cerimônias mais importantes da Copa do Mundo de 2002. Enquanto Seul, a capital da Coréia, se prepara para mostrar ao mundo um pouco da cultura coreana na abertura do mundial, em Yokohoma faixas a identificam como "a cidade da final".

Em Seul, marcos da arquitetura moderna dividem espaço com mercados de rua, que expõem produtos a preços incomparavelmente menores que no Japão. O trânsito, a poluição e o barulho lembram um pouco a atmosfera de São Paulo, não fossem os luminosos de néon que dão ao turista a impressão de estar dentro de um grande fliperama.

Yokohama se orgulha de ser conhecida como a cidade tecnologicamente mais avançada do país. Mas nem todos os seus símbolos estão ligados à tecnologia de ponta. A apenas algumas centenas de metros da torre Landmark, o edifício inteligente mais alto do país, fica um enorme parque de diversões, com uma das maiores rodas-gigantes do mundo.

38. kimchi X sushi
Os coreanos acham o sushi "meio sem gosto". Para os japoneses, o kimchi é "pura pimenta". Mas em seus respectivos países, os dois pratos são sinônimo de boa refeição a qualquer hora do dia. O kimchi, um preparado de acelga bastante apimentado, faz sua primeira aparição logo no café da manhã, dando um toque picante ao arroz com algas temperadas que vem à mesa coreana todos os dias.

No almoço e no jantar, junto de vários outros acompanhamentos, faz par com a entrada e o prato principal. No Japão, comer sushi é quase um evento social. No final da tarde, multidões se reúnem nos sushi-bars para apreciar o peixe cru sobre arroz levemente adocicado.

39. hanbok X quimono
Embora os jovens de hoje estejam absolutamente ocidentalizados nos dois países, vestimentas tradicionais ainda têm lugar em ocasiões festivas. O hanbok, vestido tradicional coreano, é uma sobreposição de várias peças, com o objetivo de dar volume ao conjunto. Sobre as roupas de baixo, uma combinação engomada com acabamento de renda ou fitas serve de base para uma saia rodada amarrada bem acima da cintura. Para completar, um casaquinho curto, fechado com um laço de pontas longas. Usar um quimono requer aprendizado que passa de mãe para filha no Japão. Sobre uma roupa de malha branca, as japonesas colocam um vestido transpassado amarrado com um cinturão largo que o ajusta ao corpo. Há quimonos especiais para cada estação do ano, para cada ocasião ou idade, com variações de comprimento das mangas, cores e estampas.

40. A arte dos bonsais
Trazida à Coréia pelos chineses há 700 anos, a tradição do cultivo de bonsais, ou a arte de criar plantas em miniatura, acabou reunindo uma legião de seguidores no país. E um dos frutos mais raros desse contágio cultural é o Punjae Artpia, considerado o maior parque de bonsais do mundo, aberto na ilha de Jeju, no litoral sul, em 1992.

O parque é um verdadeiro oásis de tranquilidade, onde se pode caminhar entre mais de 2.000 árvores miniaturizadas, de pelo menos cem espécies diferentes, algumas delas à venda. Mas uma das placas que ensinam o visitante a apreciar a arte do bonsai avisa que o trabalho não tem preço e que perguntar quanto custa é enorme falta de educação. Quem quiser levar uma plantinha para casa vai ter mesmo que arriscar.

41. mulheres mergulhadoras
Encarada como um trabalho pesado e desagradável, a caça submarina na Coréia é uma atividade de subsistência primitiva e exclusiva das mulheres. Conhecidas como haenyeo, as mulheres mergulhadoras trabalham em diversas ilhas do litoral coreano.

Com o objetivo de complementar a renda familiar, elas mergulham com um precário equipamento em busca de crustáceos, moluscos e outros frutos do mar.

As iguarias são vendidas aos turistas, na maioria coreanos, que pagam um bom preço para comê-las recém-retiradas do oceano.

No auge da atividade, em meados dos anos 50, havia mais de 30 mil haenyeo somente na ilha de Jeju, no sul do país. Hoje calcula-se que não haja mais do que 3.000 envolvidas nesta perigosa atividade. As mulheres haenyeo são, em sua maioria, idosas, e algumas delas ultrapassam os 70 anos de idade.

Exibindo grande resistência física, elas submergem por dois minutos e chegam a descer até 20 metros abaixo da superfície.
No litoral do Japão, há mulheres envolvidas em uma atividade semelhante, mas seu objetivo é buscar pérolas.

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- O que está por todo lado
- Sorte ou azar?
- O que ninguém espera
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- Sobre amor e filhos
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