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ONG ajuda cegos a desenvolver técnicas de cozinha

DE SÃO PAULO

Em São Paulo, deficientes visuais podem fazer oficinas de culinária na Fundação Dorina Nowill para Cegos.

Deficientes atendidos pela entidade podem incluir no programa de reabilitação cursos de atividades da vida diária --como varrer o chão, passar roupa e cozinhar.

"Ensinamos técnicas que se adaptem às necessidades de cada cliente", explica Patricia Otani, terapeuta ocupacional da fundação.

Mesmo sabendo cozinhar desde pequena, a musicoterapeuta Helena D'Angelo fez oficinas de culinária na ONG.

"Eu não me sentia segura para fazer frituras e tinha dificuldade para servir líquidos no copo", conta.

Nas oficinas, desenvolveu habilidade para usar os sons e o peso do copo para servir bebidas. Também aprendeu a fritar ovos: ela coloca o óleo e o ovo na frigideira, tampa e só depois acende o fogo.

Outro deficiente que passou pela cozinha da fundação foi o fotógrafo Marcos Reis --por causa de uma retinose pigmentar, ele só tem 20% de visão em um olho.

Antes de ficar quase cego, ele passava longe das panelas. Na reabilitação, encantou-se pela gastronomia. Gostou tanto da atividade que decidiu fazer um curso profissionalizante.

"Não tenho pretensão de virar chef, mas tenho certeza de que isso servirá para minha vida toda", afirma.

Marcos começou aprendendo a preparar café e macarrão. Seus próximos passos são bolinho de chuva e carne de panela --ele gosta de cozinhar para a noiva.

No ano passado, 1.392 pessoas passaram por tratamentos de reabilitação na fundação. Todo mês, 35 cegos e pessoas com baixa visão fazem as atividades que incluem a orientação culinária. (GS)


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