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Opinião

Restaurantes devem aprender a tratar melhor a diversidade

JAIRO MARQUES COLUNISTA DA FOLHA

Apesar de ser a exploração de múltiplos sentidos caminho certeiro para preparar uma boa comida, restaurantes ainda têm dificuldade e alguma falta de vontade de tratar bem a diversidade. Cegos, surdos e cadeirantes também apreciam gastronomia, têm poder de compra e querem frequentar a boa mesa.

Muitas vezes, porém, o que surgem são barreiras tanto físicas como de atitudes que impedem ou causam desconforto a esses grupos para que desfrutem de seus sentidos.

E os problemas podem começar na entrada, com a falta de rampas. Uma boa recepção se inicia com a forma de dizer "bem-vindo".

Oferecer ajuda a um deficiente visual para chegar à mesa é bacana, mas não é preciso insistir e muito menos tomar uma atitude por conta própria, como sair empurrando um cadeirante que não solicitou a "mãozinha".

O espaço, por menor que seja, precisa ser pensado para a diversidade.

E nada é muito complexo: adaptar um banheiro, ter um cardápio em braile, uma mesa ligeiramente mais larga --para caber uma cadeira de rodas--, noções básicas de sinais para atender um surdo.

Chefs estão sempre aprimorando seu tato para atingir boas texturas, a visão para seduzir estômagos, o olfato para escolher os melhores vinhos e a audição para o controle exato das fervuras.

Quem entende tanto de sentidos sabe que um não se sobrepõe ao outro --por isso há cozinheiros que não veem, não ouvem...-- e que é preciso garantir que as diferenças entre as pessoas sejam contempladas e respeitadas até na hora de comer.


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